É revelador do estado de confusão mental de muito boa gente, que se calhar nem sabe o que os filhos andam a fazer na escola (quando lá vão), a polémica que se estabeleceu sobre o de o Inglês parecer ter sido obrigatório no 1.º ciclo do ensino básico, quando nunca foi, e agora aparentemente não ser.
A polémica alastrou a partir de um dos vários títulos idiotas que a matéria suscitou e pôs aos pulos pessoas que deviam ter melhor discernimento.
O Inglês era obrigatório... mas como disciplina opcional numa área não obrigatória do 1.º ciclo designada por "Actividades de Enriquecimento Curricular".
Agora passou a não ser obrigatório... mas apenas na mesma área. O Inglês nunca fez parte obrigatória do currículo do 1.º ciclo e até é discutível se deveria fazer.
A notícia do "Público" de hoje ("Inglês no 1.º ciclo confunde oposição e é agora nova frente de guerra contra Crato") é suficientemente esclarecedora e vale a pena citá-la na parte onde o próprio ministro da Educação é citado sobre a matéria: "'O inglês nunca foi obrigatório no 1.º ciclo, foi de oferta obrigatória nas actividades de enriquecimento curricular, que não eram obrigatórias. Havia actividades que ofereciam inglês, neste momento essas actividades podem também oferecer o inglês, tal como no próprio currículo do primeiro ciclo pode estar englobado o inglês', explicou Crato, citado pela Lusa, [acrescentando:] 'Nós não mexemos no inglês, damos liberdade às escolas para fazerem o que quiserem'".´
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