O "Jornal das Caldas", que está a fazer uma melhor cobertura das eleições autárquicas do que a "Gazeta", dedica hoje várias páginas aos debates entre as candidaturas locais.
Mas a leitura é deprimente, e não por culpa do jornal.
As intervenções (e com uma excepção) são manifestações de quem está contentinho da silva consigo próprio, de quem não conhece mais do que a sua rua e a rua do lado.
Acham-se os melhores e prometem tudo e um par de botas. Enchem a boca com a cidade isto, a cidade aquilo... como se a cidade de Caldas da Rainha fosse, na realidade, o concelho todo de Caldas da Rainha.
É, numa escala muito mais tristonha, o princípio provinciano de que "Lisboa é Lisboa e o resto é paisagem".
Não percebem, sequer, que deste modo não chegam a segmentos significativos do eleitorado, dentro e fora da cidade, e que ainda menos chegam a quem vive fora das muralhas da cidade.
Estão orgulhosamente sós e orgulhosamente sós querem ficar.
E era bom que ficassem, mas longe dos órgão de poder autárquico.
Tenho visto muitas manifestações deste elitismo pacóvio mas nunca, e tão concentradamente, como neste caso.
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É isto, por contraste, que torna mais saliente a candidatura do MVC, cuja designação (Movimento Viver o Concelho) e intervenções revelam uma perspectiva mais abrangente e mais realista. E com ideias, coisa de que os outros andam tão carecidos.
E gostei de ver a candidata do MVC, Maria Teresa Serrenho, a defender a atenção que deve ser dada ao turismo e ao turismo económico (boa ideia, aliás!).
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