O PCP não me convenceu. Entalado entre a verborreia do "pacto de agressão" e do "governo de direita", que nunca deixou de invocar, o PCP parece ter tido pouco tempo para se ocupar a tempo inteiro dos problemas reais e concretos do concelho.
O turismo (que gera mais emprego e mais receitas)? Nada.
O aumento brutal do custo da água e os desperdícios das rupturas? Não vêem.
O empreendimento gigantesco do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica (que iria gerar centenas de novos empregos)? Não sabem o que é.
As termas caldenses que trariam receitas ao concelho e que foram ultrapassadas pelas Termas da Gaeiras? Ficam longe.
A sujidade do concelho? Não os incomoda.
O isolamento dos idosos nas povoações do interior? Não os preocupa.
O gasóleo camarário? Pois, pelos vistos...
O PCP está, como o PS, prisioneiro da tentativa de afirmar uma política de oposição ao Governo e sobra-lhe pouco tempo para dedicar toda a sua atenção às eleições autárquicas, em especial nos concelhos onde sabe que nunca ganhará. É o caso de Caldas da Rainha onde pensam que fazer prova de vida é o suficiente e onde duas ou três ideias interessantes se perdem no caldeirão da política nacional..
Pode acontecer que o PCP ganhe mais alguns votos em Caldas da Rainha na lógica do "voto de protesto". Mas serão sempre votos perdidos, sem impacto a nível da melhoria da vida no concelho.
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Não considero a CDU do PCP um acto politicamente honesto. A organização que se intitula "Os Verdes" e que tem a sigla PEV já se devia ter sujeitado ao escrutínio do eleitorado há muito tempo. É uma organização que só tem chegado ao Parlamento pela mão do PCP e que não se sabe que representatividade tem. A democracia não deve alimentar estas coisas tão pouco transparentes que só a complacência da imprensa deixa medrar.
Amanhã: o BE
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