sexta-feira, 26 de abril de 2024

Triste imprensa

 



Esta é a manchete, digamos assim por aproximação à imprensa escrita, de hoje do site da CNN tuga (que, sendo de acesso livre, acaba por ter as preferências de acesso de muita gente que não está para pagar conteúdos dos órgãos de comunicação social on line).

Repare-se no seu alinhamento.

A agenda da imprensa hoje é esta: a mitificação quase religiosa e vagamente poética do 25 de Abril, que rapidamente perderá o seu destaque ao sabor das notícias mais excitantes (para eles) do dia, a ideologia "de género" ("todos, todas, todes"!) e a convocação de uma ideóloga da coisa ("vagas wokistas") como objecto mágico para exorcizar o eterno bicho-papão que é o Chega, o "coloca" como padrão linguístico único (seria mais simples, mais acessível e mais imediato "põe em causa" do que "coloca em causa", mas dá ideia de que já não há formas de vida capazes de raciocinarem quando fazem estas coisas) e a meteorologia transformada em notícia de primeiro plano... só porque em Abril ("em Abril, águas mil") vai chover.

É por tudo isto que me enoja a imprensa, comprometida e dependente e incapaz de raciocinar, destes dias em que vamos vivendo. 

E já nem falo na censura quotidiana, claro, de tão banal que se tornou.




quarta-feira, 24 de abril de 2024

O avental do sr. comentador


O major-general comentador Isidro de Morais Pereira, que não esconde o seu apego pela narrativa dos EUA relativamente à crise ucraniana, foi a esse mesmo país paramentar-se com as vestes maçónicas, segundo descobriu o inestimável "Tal&Qual" (reproduzindo a imagem na sua edição de 17.04.24).

Era giro se também se apresentasse assim na CNN tuga, com um avental que não deve ser o que talvez costume usar na cozinha...


segunda-feira, 22 de abril de 2024

domingo, 21 de abril de 2024

Merda

Esta é daquelas notícias (?!) de esterco perante as quais todos os "f***-se!" que se possam dizer são insuficientes: é uma coisa feita sobre aquilo em que algumas pessoas "acreditam", sendo essas pessoas os "especialistas" que previam o fim do mundo com o SARS-CoV-2/covid e a morte de milhões de pessoas em todo o mundo, sendo essas pessoas os comediantes que transformaram a ciência num artifício infame ao serviço dos políticos cobardes.

Com o picante das indispensáveis máscaras que os companheiros de viagem desses "especialistas", os jornalistas do jornalixo, tanto adoram...

Esterco, esterco absoluto!




sábado, 20 de abril de 2024

Ler jornais já não é saber mais (212): das duas, uma...

... Ou estes títulos, com a repetição mecânica e doentia do verbo "disparar", são feitos por mecanismos de inteligência artificial (IA) sem qualquer capacidade criativa ou as pessoas que os fazem não são naturalmente inteligentes.















































quinta-feira, 18 de abril de 2024

A crueldade da Câmara Municipal do Cadaval


Esta imagem não é de um cão tranquilo ou feliz. É de um cão em sofrimento.





Esta imagem é um plano de pormenor do cartaz com que a Câmara Municipal do Cadaval, com uma assinalável falta de sensibilidade e de bons sentimentos, anuncia uma "corrida de galgos" a realizar neste sábado, ao sol, entre as 9 e as 17 horas.




A Câmara Municipal do Cadaval é uma entidade pública que devia dar o exemplo no que se refere ao tratamento (ou aos maus-tratos) dos animais, em geral, e dos animais domésticos, em particular. E não usar dinheiros públicos para pôr de pé um exercício absurdo de crueldade.


*


Como exemplo de má consciência, má educação e pouco juízo político, a Câmara Municipal do Cadaval (que devo concluir, por aqui, não ser gerida por gente de boas intenções) não me respondeu ao contacto que fiz, por e-mail e por um formulário no seu site. Mostram bem o que são.





Branqueamento (2)


Há, de forma muito clara, uma tentativa de branquear todos os disparates (muitos deles objectivamente criminosos) postos em prática pelos políticos, e pelos médicos e alegados cientistas que os serviram nesse propósito, durante os anos de 2020 e 2021.

Este exemplo de hoje, dessa fábrica de falácias que é a CNN tuga, confirma-o:




O SARS-CoV-2, o vírus da covid-19, tem as costas largas. 

Os "estudos", que servem para tudo e para o seu contrário, são sempre úteis, em especial se forem apoiados pelos delegados de propaganda médica das farmacêuticas. 

Servem para tentar esquecer as vacinas tipo "fast food", impostas pela pressão social e política e sem ensaios e testes suficientes, o desaparecimento de rastreios e de exames durante largos períodos de dois anos seguidos, o bloqueio dos mecanismos de imunidade natural ao nível mais básico... e tantas outras causas que contribuíram para a debilidade humana generalizada.

Além disso, os políticos podem ser sempre chamados a tribunal. Os vírus é que não.





quarta-feira, 17 de abril de 2024

Ler jornais já não é saber mais (211): "cherchez la femme"

Jornalismo em circuito fechado do tipo "só entendedores entenderão": o "Jornal de Notícias" afirma isto na primeira página, mas não diz quem é a beneficiária de movimentações (as "saídas"... para onde?) que, neste título tão desastrado, sugere que são concertadas...








domingo, 14 de abril de 2024

A guerra santa da imprensa do querido líder Pedro Nuno


O que até talvez fosse fácil de prever, se o resultado das eleições legislativas de Março não fosse tão incerto, confirmou-se com o episódio da representação do ovo estrelado, com o coro de idiotices a respeito de Pedro Passos Coelho e com a estreia do novo Governo: a imprensa que medrou à sombra do PS e dos seus favores, e que se aninhou no regaço do novo chefe do PS, a quem carinhosamente tratou sempre por "Pedro Nuno", tipo parceiro de cama, lançou-se na guerra santa contra o Governo da AD.

O PS transformou a Bandeira Nacional num travesti: uma reprodução da bandeira nacional italiana com um ovo estrelado no meio. O travesti custou cerca de 70 mil euros, dados para o efeito a um "designer" da moda que se apressou a anunciar que recebera "ameaças de morte" quando o ovo estrelado foi para o lixo.

A motivação do PS, para fazer a coisa, não é compreensível. Se a representação gráfica estava, nesta circunstância, em branco, podia tê-lo feito com alguma legitimidade. Não estava, teria sido preferível não mexer. 

Note-se que foi o PS que, em 1996, era António Guterres primeiro-ministro de um seu governo, promoveu a divulgação dos símbolos nacionais (a Bandeira Nacional e o Hino) nas escolas. Se fosse hoje, Guterres, o seu ministro da Educação (Eduardo Marçal Grilo) e o seu comissário político para a educação (Guilherme d'Oliveira Martins) seriam rapidamente considerados fascistas.


Uma magnífica criação artística: um ovo estrelado em bandeira alheia




De cima para baixo: a representação visual que o PS herdou, a que agora vigora e o ovo estrelado




O livro que acompanhou, em 1996, a divulgação dos símbolos nacionais nas escolas
feita por um governo do PS


A substituição do ovo estrelado por uma representação da Bandeira Nacional foi uma das primeiras medidas do novo governo, de Luís Montenegro. Foi interessante ver como a imprensa do querido Pedro Nuno, a começar pela CNN tuga, se atirou à medida, menosprezando-a e, na prática, declarando-a como ridícula por ter sido uma prioridade.

A guerra santa ficou lançada com este episódio e agora já se sabe como tudo o que aparece no campo político da AD e do actual governo é mau, é negativo, é talvez maligno, é uma expressão de fascismo e uma "cedência" ao Chega, será tudo isto, mais alguma coisa e um par de botas.

Veja-se o que aconteceu com a anunciada redução do IRS, relativamente à qual circula tanta informação que é difícil perceber como vai ser. Estes títulos da CNN tuga (a vanguarda do querido líder Pedro Nuno) dizem tudo:


Na prática, como será? Não se sabe.




O cidadão-eleitor-contribuinte quer, como é natural, pagar menos impostos. Mas terá dificuldade em saber se terá essa sorte quando lhe atiram reduções traduzidas globalmente em milhões de euros e embrulhadas em acusações. Na guerra, no entanto, vale tudo.

A guerra santa, como seria inevitável, visou também o antigo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho (e uma sua intervenção pública). A imprensa do querido líder atacou-o em força e o que o "Expresso", esse outro bastião da coisa, faz é o melhor exemplo:   


Pedro Passos Coelho: têm-lhe medo...

As criaturas que no "Expresso" escrevem sobre o assunto oscilam entre a esquerda... e a esquerda. Nem é preciso ler o que escrevem para se perceber ao que vêm. Com uma excepção: o jornalista Henrique Monteiro tem, no seu comentário, um momento de lucidez e de inteligência. É raro, assinale-se. 

Para reforçar a tónica do ataque, o "Expresso" destaca, coladinho ao assunto, uma expressão muito resumida (o texto, no interior, é menos taxativo) sobre o que será uma interpretação conservadora do modelo tradicional da "dona de casa" por parte de um distinto jurista abertamente conservador, cujas ideias nem sequer podem ser consideradas inovadoras. É como se Pedro Passos Coelho nunca tivesse passado pela experiência de ser ele próprio, como tantos homens, "dona de casa". Mas, para o "Expresso", só pode perfilhar o que diz o jurista.

Dependendo dos favores do Estado do PS, e ansiosa pelos dinheiros que esses favores lhe rendem, esta imprensa não parará enquanto não conseguir ter o seu querido Pedro Nuno de novo em São Bento e poder regressar à cama do poder.



quarta-feira, 10 de abril de 2024

Pedro Passos Coelho

 


Não li o livro que está agora no centro da polémica ateada pelo pensamento único da "esquerda" da imprensa, e que se intitula  "Identidade e Família – Entre a consistência da tradição e as exigências da Modernidade", e que reúne ensaios de vários autores. 

Mas registo (e saúdo) o que é, para todos os efeitos, o regresso de Pedro Passos Coelho à intervenção política. 

É uma intervenção serena e responsável, como não podia deixar de ser, convicta e digna. E é aquela que se esperaria de um dos políticos mais destacados dos nossos anos e que eu, como muitas outras pessoas, gostaria de ver regressado à cena política e como Presidente da República a partir das eleições de 2026.

A sua intervenção, que merece ser lida e com atenção, está toda aqui. Mas há uma passagem que me parece especialmente significativa e que aqui registo, remetendo quem me lê para o respectivo link:

«(...) há rótulos que são colocados com uma intenção clara de desqualificar aqueles que lançam as discussões, de os diminuir e de os condicionar. E, desse ponto de vista, Portugal, apesar de algum atraso nesta abordagem, também vem conhecendo este vício que diminui o espaço público e procura, de certa maneira, reconduzir certas discussões, que são discussões que interessam a toda a sociedade, a uma espécie de gente que é ultramontana, ultraconservadora, e outras coisas que normalmente se seguem a estas, dependendo daquilo que estamos a falar. Quando estamos a falar de economia, ultraliberais, pelo menos ultraliberais, neoliberais e por aí fora. Quando estamos a falar de aspetos mais politizados, é fácil descambar a linguagem para rótulos de extrema-direita, radical, fascista - eu fui fascista imensas vezes olhando às classificações que me foram atribuídas.

Evidentemente que as pessoas, quando estão razoavelmente seguras do que pensam, do que são, não se incomodam muito com essas coisas. E eu nunca me incomodei muito com isso. Para ser sincero, nunca me incomodou. Mas incomoda-me um bocadinho, como cidadão, como português, que estas caricaturas excessivas sejam utilizadas no espaço público por quem tem proeminência no espaço público. Porque isso, evidentemente, torna o nosso debate muito mais estreito, muito mais pobre e eventualmente um debate radicalizado, que não deixa espaço nem para a propalada tolerância que nós precisamos de ter, não deixa espaço para compromissos, não deixa espaço para um desígnio comum, coletivo, que possa representar, pelo menos de acordo com o método democrático, uma escolha que seja feita pelo conjunto das pessoas. (...)»





segunda-feira, 8 de abril de 2024

sexta-feira, 5 de abril de 2024

Será verdade?

 



Em resumo e com link no jornal "Boston Times": o governo da Ucrânia está a aplicar um programa de fertilização forçada e selectiva das mulheres ucranianas para conseguir chegar à "raça superior" ucraniana, com inspiração no programa vagamente metafísico dos nazis alemães intitulado "Lebensborn".

Será verdade?




quinta-feira, 4 de abril de 2024

Uma história de escuridão

Até ao passado domingo, já começava a ver-se a claridade do amanhecer depois das seis horas. A partir desse dia, e com a aplicação de uma das coisas mais estúpidas com que temos sido obrigados a viver (e a morrer) que é a "mudança da hora", passou a ser noite outra vez. É preciso agora esperar quase pelas sete e meia para voltarmos a ver a claridade do dia. 

É um retrocesso. É uma "mudança" boa para mandriões e delinquentes, juvenis e outros. É a expressão de um país calaceiro, que se sente bem na cama, que rejeita a actividade. 

A manutenção da "mudança da hora" pelo regime do pior primeiro-ministro que nos calhou num momento de azarento oportunismo não é uma obrigatoriedade da melancólica União Europeia em que vivemos. Não tem fundamento racional nenhum. 

No nosso caso, é apenas, ainda, a expressão do absolutismo desse chefe de Governo, o do "habituem-se" por mais quatro anos que saiu ao fim de um ano, por claríssimas indecência e má figura.

Espero que o actual Governo, que parece mais racional do que aquele que fomos obrigados a sofrer durante oito anos, possa reverter esta imbecilidade. Que é um símbolo medonho do obscurantismo totalitário do PS desta horrenda criatura.








terça-feira, 2 de abril de 2024

Uma engenhosa originalidade: as bem apresentadas "pirâmides" do Recanto


Carnes grelhadas, ananás grelhado, arroz branco, feijão preto com bacon e batatas fritas - a combinação destes ingredientes é sempre saborosa, em especial se a matéria-prima é boa, mas servi-los pode ser uma tarefa delicada, porque a tendência será para que tudo se misture na travessa. 

Mas há uma alternativa e o restaurante Recanto, em Caldas da Rainha, já a pôs em prática com as suas "pirâmides". 

A ideia é de génio: um pequeno escadote, com três níveis que servem de tabuleiros, onde a comida é servida sem que os vários componentes e sabores se misturem. No primeiro nível, que podemos definir como rés-do-chão, estão três recipientes onde são servidos o arroz, o feijão e as batatas fritas. No segundo, o primeiro andar, estão as carnes e, no terceiro, o segundo andar, estão os enchidos e as salsichas e as rodelas de ananás.

As "pirâmides" (Pirâmide de Carnes, que é esta, e Pirâmide Premium, com camarões) ocupam menos espaço na mesa do que as várias travessas em que os vários ingredientes teriam de ser servidos, ficam ao lado dos clientes sem impedir que as pessoas que estão à mesa se vejam e, visualmente, permitem o destaque de todos os ingredientes, mantendo ainda a temperatura a que os alimentos usados são cozinhados.

Marco Roque, que gere o Recanto e que criou as "pirâmides", diz que não conhece mais nenhum restaurante onde estes dispositivos existam e, pela minha parte, também nunca os vi. 

Ontem, dia de estreia de uma carta renovada no Recanto (que inclui, por este mês, um sugestivo bife com molho de francesinha), fiquei conquistado por esta engenhosa ideia. Que, aliás, não se cingirá às carnes e à combinação das carnes com os camarões. Marco Roque garante que já tem outras ideias para as suas "pirâmides" e eu espero que sim, porque elas são uma verdadeira... pirâmide de oportunidades para a cozinha do Recanto poder brilhar. 



Curiosidades

Coincidências noticiosas jeitosas: a compra apressada das duvidosas vacinas "fast food" levanta suspeitas suficientes para justificar uma investigação criminal à "Führerin" europeia; por cá, continuam a emergir episodicamente dos seus covis alguns dos que assumem, objectivamente, o papel de delegados de propaganda médica das vacinas "fast food".








segunda-feira, 1 de abril de 2024

Analfabetismo


Este também escreve mal como o raio que o parta: Marques Mendes no "Jornal de Negócios" põe "á esquerda e á direita" quando devia pôr "à esquerda e à direita".

Se mete assim os pés pelas mãos na escrita, como será no raciocínio?











domingo, 31 de março de 2024

Branqueamento (1)


Esta notícia insere-se no que parece ser uma tentativa de branqueamento de todos os disparates orgulhosamente praticados pelo Governo ainda em funções, por políticos sortidos, por híbridos de bruxos e médicos e por avençados das grandes farmacêuticas e pela imprensa que ficou famosa pelo jornalixo em que se transformou e que ficou a receber dinheiro do Estado.

Ou seja: os confinamentos, os estrangulamentos do SNS (com as famosas coreografias dos profissionais com pouco trabalho) e as restrições tiveram efeitos positivos... porque morreu menos gente. Naturalmente: imobilizadas, presas em casa, sem diagnósticos nem tratamentos, as pessoas em risco morreram depois.

Mas isso já não conta...












sábado, 30 de março de 2024

Analfabetismo





A imprensa dos nossos dias é isto: o inexistente verbo "tar" (em vez do verbo "estar") na moderníssima CNN tuga.

Porra, que são analfabetos!


*


Menos de uma hora depois de publicada esta nota, com registo também no Facebook, a notícia (ou será "nutíssia"?...) estava corrigida, com o "tiver" correctamente transformado em "estiver". Ignoro se o que publiquei serviu para perceberem a asneira.



quinta-feira, 28 de março de 2024

Coisas (muito) boas

 


Queixadas de porco no forno com couve lombarda estufada (no restaurante Vale Velho, em Caldas da Rainha).

Irresponsabilidade e imaturidade


O Chega, o CDS, a Iniciativa Liberal e o PSD (por ordem alfabética) representam, com os seus 138 deputados, uma parte substancial do eleitorado que, ao votar, teve uma mesma opção: oposição absoluta ao PS no poder. Havendo diferenças, talvez não muito significativas, entre o que esses partidos propõem, une-os a mesma perspectiva: oposição absoluta ao PS no poder. A vitória colectiva daquilo a que se designa por "direita" exige uma posturas de responsabilidade por parte de todos.

O PSD fez, irreflectidamente, uma asneira com o seu "não é não" no que se refere ao seu relacionamento com o Chega. Devia ter remetido essa parte do que deve ser a sua política de alianças para os resultados das eleições de 10 de Março (em vez de ceder apressadamente às investidas do PS), porque uma coisa é negar uma aliança com um partido de 5 deputados e outra é fazê-lo com um partido de 50 deputados, com mais de um milhão de eleitores. 

Esta situação, que obviamente não favorece o Chega, nem o PSD, e que pode prejudicar politicamente o País, não deveria ter sido um obstáculo para o momento de irresponsabilidade e de imaturidade vivido nos primeiros dois dias do novo Parlamento.

O Chega recusou-se a votar no deputado indicado pelo PSD para a presidência do Parlamento. E o presidente do Parlamento é a segunda figura do Estado. Ou seja, a pessoa que substitui o Presidente da República se este estiver impedido de exercer as suas funções.

Para ser eleito, o presidente do Parlamento tem de obter 116 votos, ou seja, mais de metade do conjunto dos deputados. Feitas várias tentativas, o que não prestigiou a Assembleia da República, o nome proposto pelo PSD não teve votos suficientes. Os deputados do PS votaram no seu próprio candidato e os do Chega votaram em branco.

Perante isto, o PS propôs ao PSD (que aceitou, claro) dividirem o previsível período de quatro anos da legislatura em duas partes: nos primeiros dois anos, o presidente é do PSD, nos dois anos finais será do PS. E o resultado foi o previsível: o presidente da Assembleia da República é, agora, do PSD. Daqui por dois anos, a segunda figura do Estado será do PS. Do PS que foi derrotado nestas eleições.

O Chega ficou de fora deste acordo. Estupidamente. Pode ter tido mil razões para querer punir o PSD, mas não o devia ter feito. O que estava em causa era a respeitabilidade institucional da Assembleia da República e a importância política e institucional do presidente da Assembleia. 

Se quisesse mostrar que é um partido responsável e com maturidade política, teria, pelo menos e ostensivamente, dado ao PSD apenas os 36 votos de que o candidato do PSD precisava para ser eleito (sem contar com a IL). Haveria tempo, mais tarde, para todos os ajustes de contas. 

A birra do Chega fez com que o PS, o partido derrotado e que quis apoderar-se do Estado, ganhasse uma posição imerecida. 

Não me assustam as acusações de "extrema-direita" que às vezes são lançadas contra o Chega. Quem conhece a História, sabe que não é do partido de André Ventura que vem qualquer ameaça de vulto para a democracia. Mas esta demonstração de irresponsabilidade e de imaturidade do Chega, este desconhecimento da importância de definir o inimigo principal e de agir em conformidade, é inquietante. E é um obstáculo ao progresso. 


Conseguirá André Ventura perceber o que está realmente em causa?





terça-feira, 26 de março de 2024

Coisas (muito) boas

 



Costeletas de borrego grelhadas ("Bandarilhas") no restaurante Solar dos Amigos (Caldas da Rainha).




Terrorismo meteorológico



O terrorismo meteorológico (?!) é a nova descoberta do jornalixo, que propagandeou o Apocalipse da covid e proclama que há o risco da conquista da ribeira de Cheleiros por Putin.

Agora são "ondas gigantes" (12 metros no máximo, no Cabo Carvoeiro, segundo o IPMA...) e o extraordinário "regresso do Inverno"... na Primavera.

Os idiotas que escrevem todos estes disparates serão pagos para o fazerem ou acreditam mesmo nas parvoíces que redigem?



sexta-feira, 22 de março de 2024

Ridículo a dobrar


As eleições legislativas realizaram-se há 12 dias. Os votos dos residentes no continente, na Madeira e nos Açores foram apurados no própria dia 10. Os votos dos emigrantes, ronceiramente enviados pelo correio, ficaram apurados hoje ou ontem. 

O sistema é absurdo e ao "dia da reflexão", que é uma estupidez obsoleta, junta-se mais um elemento ridículo num processo eleitoral que mantém tiques de meio século. 

Impostos, segurança social, revalidação de documentos oficiais, assuntos bancários, pagamentos, compras de tudo e mais alguma coisa: tudo isto, e muito mais, se faz hoje pela Internet, por intermédio de um computador ou de um simples telefone (dos já banais, à data de hoje, "smartphones").

Não há um único motivo que justifique a ausência da opção do voto electrónico. Tal como nada existe que justifique o "dia da reflexão".

Infelizmente, os nossos políticos, sempre tão lestos nas suas legítimas tentativas de chegarem ao poder, não compreendem que a democracia a passo de caracol é ridícula. A dobrar. 


quinta-feira, 21 de março de 2024

Um inimigo, um dever





A realidade é esta: a AD, o Chega e a IL têm, em conjunto, 138 deputados.

E têm, em conjunto, o dever de se entenderem contra o inimigo principal, que é o PS.

O PS, o BE, o PCP e o L têm 91 deputados.

É simples.






quarta-feira, 20 de março de 2024

Notas de prova (Douro e Trás-os-Montes)

 



Bafarela — Tinto 
 Grande Reserva 2021 — Douro DOC
Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Brites Aguiar, Lda., São João da Pesqueira
14,5% vol.



Colinas do Douro Superior — Tinto 2020 — Douro DOC
Touriga Nacional (50%), Touriga Franca (35%) e Tinto Cão (15%)
Colinas do Douro Sociedade Agrícola, Lda., Figueira de Castelo Rodrigo
13,5% vol.




Seixedo — Tinto 2020 — Vinho Regional Transmontano
Trincadeira, Tinta Roriz e Bastardo
Adega Cooperativa do Rabaçal, Vinhais
14,5% vol.



Três Tourigas — Tinto Reserva 2018 — Douro DOC
Touriga Franca, Touriga Nacional e Touriga Fêmea
Symington Family Estates, Vinhos, S.A., Vila Nova de Gaia/Pingo Doce
13,5% vol.





Vinhas Improváveis — Tinto Reserva 2019 — Douro DOC
Touriga Nacional, Touriga Franca e Tinta Roriz
Direct Wine, Lda., Porto
15% vol.





Vinho dos Mortos — Tinto 2020 — Vinho Regional Transmontano
Sem indicação de castas
António de Sousa Pereira, Boticas
12,5% vol.






Costa Boal — Tinto 2021 Blend Tradicional — DOC Douro/Cima Corgo
Touriga Franca, Touriga Nacional, Tinta Roriz, Tinto Cão e Tinta Barroca
Costa Boal Family Estates, Lda., Alijó
14% vol.




Montalegre — Tinto 2020 Vinhas Velhas — DOC Trás-os-Montes
Sem indicação de castas
Francisco A. Gomes Gonçalvez, Lda., Montalegre
14% vol.



Terras de Mogadouro — Tinto 2019 Blend Tradicional — DOC Trás-os-Montes
Sem indicação de castas
Wine Indigenus, Mogadouro
14,5% vol.







Roboredo — Signature Tinto 2020 — Douro DOC
Touriga Nacional, Touriga Franca e Sousão
Rui Roboredo Madeira, Vinhos, S.A., São João da Pesqueira
14% vol.




Socalco Dourado — Tinto Reserva 2017 — Douro DOC
Touriga Franca, Tinta Roriz e Touriga Nacional
Parras Wines, Maiorga
13% vol.