sábado, 30 de junho de 2018

As belezas do Varela

O concelho de Caldas da Rainha tem uma mancha florestal perto da sua costa atlântica que é geralmente ignorado pela pirosa elite local. 
É um "habitat" de aves em estado selvagem e de alguns mamíferos, que mais se pressentem do que se vêem, usado para um pastoreio discreto e como zona de caça e ainda palco de passeios a pé e de bicicleta, nomeadamente no tempo quente, atraindo muitos turistas estrangeiros que encontram alojamento na área em redor.
Para as entidades oficiais, no entanto, esta zona florestal, situada na freguesia da Serra do Bouro, serviu apenas para um enigmático pacto de silêncio entre todos os políticos locais que souberam alterar o Plano Director Municipal para um empreendimento turístico de muitos milhões de euros que nunca saiu do papel e que devia ter sido investigado pelas instâncias judiciais.
Com isso, a tradicional aversão da elite urbana do concelho a tudo o que fica fora da capital e a integração inexplicável e injustificável da Junta de Freguesia da Serra do Bouro numa junta de freguesia citadina deu, ao longo de vários anos e depois do citado "negócio", este resultado: a degradação mais acentuada destas terras e o seu completo abandono. 
Ameaçada pelos incêndios de 15 de Outubro do ano passado, esta extensão de terreno não foi sequer limpa para prevenir uma nova catástrofe.
O actual presidente da junta de freguesia que, formalmente, abrange esta área defendeu (quando fingiu fazer campanha para uma eleição infelizmente garantida) o embelezamento da Serra do Bouro.
Nove meses depois das eleições, o resultado do "embelezamento" está bem à vista, todos os dias e em qualquer local, como estes exemplos demonstram. 

Isto é uma rua.

Isto é outra rua.

Isto é um caminho na "selva" da Serra do Bouro.

Isto é outro caminho, na mesma "selva".

sábado, 23 de junho de 2018

Notas de prova



4.ª Geração — Tinto 2014 — D.O.C. Palmela
Castelão e Syrah
Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo
14% vol.
Muito bom

Pimenta não, piri-piri!...


O tempero é um poema
Comprador, e apreciador, dos produtos Paladin, escrevi no Portugal Digital sobre a bem-humorada opção desta empresa da Golegã em apresentá-los com versos. Não é poesia erudita, não é poesia popular, são versos divertidos. 
Houve alguém que gostou do meu comentário e da Paladin enviaram-me não pimenta para a língua mas a admirável colecção de piri-piris que a imagem documenta, com mais alguns molhos. 
Os piri-piris da colecção são sete e, entre eles, veio o "Ai Ai". Apreciador que sou de piri-piri, foi este o único que encontrei até hoje que me derrotou por completo. Vai esperar por melhores dias e os outros, sobretudo os que não conheço, serão devidamente apreciados.

terça-feira, 19 de junho de 2018

As belezas do Varela

Isto é uma rua. Tem uma casa e tem nome: Rua da Botigueira.



Fica na freguesia (ou ex-freguesia, ou semi-freguesia, ou sei lá o quê) da Serra do Bouro, no concelho de Caldas da Rainha. 
A Serra do Bouro não é uma região inexplorada, nem inacessível. Fica a cerca de onze quilómetros da capital do concelho, a cidade de Caldas da Rainha. Está paredes-meias com o Oceano Atlântico.
Nas eleições locais de Outubro do ano passado, já passam oito meses, o candidato do PSD local que foi eleito para a presidência da junta de freguesia (transferida para a capital do concelho), proclamou que queria "embelezar" a região. Região onde existe um património florestal digno de nota e que é zona de passeio (com caminhos assim, quase intransponíveis) de muita gente, em especial de estrangeiros. 
E onde se vêem todos os dias, as belezas que por aqui proliferam… e a beleza das promessas do então candidato e agora, ai que bom!, presidente de junta.





domingo, 17 de junho de 2018

Ler jornais já não é saber mais (38): RIP



Primeiro, foram-se os anéis (o edifício) e ficaram os dedos (a edição em papel).
Agora, vão-se os dedos e o "Diário de Notícias" é reconvertido em semanário (um diário semanário…) e reduzido apenas à edição "on line".
É um momento exemplar no agonizante processo de extinção do jornalismo português, para o qual não vale a pena arranjar alibis patetas nem desculpas patéticas. 
O "DN" quis ser sempre o jornal do "regime", com Salazar, com Marcelo Caetano, com a "Aliança Povo-MFA" e o PCP, com o PS, com o PSD, com J. Sócrates, com o PSD dos "barões", com o "bloco central". Descaracterizou-se várias vezes, perdeu o rumo outras tantas vezes, burocratizou-se, deixou que nele se instalasse um regime de clãs. E agora morre, na ironia de, sendo diário, passar a semanário.
Qual é o próximo a fechar?

*

Fui, enquanto jornalista, redactor de "o diário", de "O Jornal" e do "Diário de Notícias". Os três jornais estão mortos, mas eu estou vivo.





Notas de prova

Cabeço do Mocho — Tinto 2012 — D.O.C. Dão
Touriga Nacional, Alfrocheiro, Jaen e Tinta Roriz
Quinta das Camélias, Sabugosa (Tondela)
14% vol.
Muito bom.

Notas de prova


100 Hectares — Tinto 2015 — D.O.C. Douro
Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca
100 Hectares Sociedade Agrícola – Peso da Régua
14% vol.
Bom!
(Bebido no restaurante O Melro, Senhora da Luz, Óbidos)

"É salsa ou coentros?"

… Esta é uma pergunta infelizmente habitual nas caixas de supermercados onde me abasteço: com as frutas e vegetais a serem pesados na caixa, o saco com as ditas ervas (se por acaso não estão embaladas) suscita muitas vezes a pergunta.
É uma situação que pode ter milhentas explicações (e poucas serão abonatórias) mas que se torna extremamente irritante.

quarta-feira, 13 de junho de 2018

Não há limites para a asneira e para a incompetência...

… nos Serviços Municipalizados da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.









aqui me referi às tentativas deste serviço de transformarem a conta da água em "estimativas". 
Sucederam-se os protestos, garantiram que não haveria mais casos, que tomariam nota da leitura comunicada dos contadores e hoje volta a aparecer a "estimativa".
Como é que é possível que isto funcione assim?!


segunda-feira, 11 de junho de 2018

Obra recente




As minhas mais recentes traduções para a Temas e Debates/Círculo de Leitores já publicadas: "Lamentável Mundo Novo" ("Grave New World"), de Stephen D. King; "Tempo de Raiva" ("Age of Anger"), de Pankaj Mishra; "A História dos Judeus" ("The Story of the Jews", volume 2, "Pertença"), de Simon Schama; e mais dois volumes da coleção "Património Mundial da Humanidade".
A elas juntar-se-á em breve a tradução de "The Square and the Tower", de Niall Ferguson. E depois "Age of Discovery", de Ian Goldin e Chris Kutarna.
Boas obras, boa gente, cá e lá.

Ao que isto chegou



Desconhecimento da História e a ignorância absoluta que daí decorre. Proto-fascismo e/ou social-fascismo. Estupidez pura e simples. Demagogia populista. Não há muitas outras palavras que sirvam para classificar opiniões deste calibre.
Se esta gente pudesse mandar (e não estamos tão longe disso como se poderia supor), a História seria reescrita, todas as obras de maior ou menor qualidade que negassem este revisionismo idiota seriam provavelmente queimadas e quem ousasse ter opiniões discordantes (como esta, que aqui escrevo, e muitas outras) já não seria só preso mas - porque a esse ponto chegaríamos - executado ou preso em campos de concentração de novo tipo. 

domingo, 10 de junho de 2018

"A História dos Judeus", de Simon Schama: o segundo volume




Ei-lo: "A História dos Judeus - Pertença (1492 - 1900)", do historiador Simon Schama. 
Com o primeiro volume ("Encontrar as Palavras - 1000 a.C. - 1492 d.C."), "The Story of the Jews", no original, forma mais do que uma simples história dos judeus e do judaísmo.
É um tratado histórico monumental, uma viagem ao longo da História com tantos judeus por protagonistas, percorrendo praticamente o mundo inteiro. 
Literariamente, é um portento, uma sinfonia de palavras, escrito com emoção, humor e melancolia mas também com uma alegria muito grande de quem celebra a vida de um povo que, contra os preconceitos e os caloteiros (incluindo os da Corte portuguesa), sobreviveram e ainda sobrevivem, e vivem. É um livro de História mas lê-se como um romance, uma peça de teatro e uma ópera.
Haverá, pelo menos, um terceiro volume, ou mais, arriscaria, já que o período entre 1900 e os nossos dias é rico em acontecimentos fundamentais para a história do povo judeu.
Traduzi os dois volumes (em edição Temas e Debates/Círculo de Leitores) e foi um dos trabalhos mais interessantes e fascinantes que fiz como tradutor. 

As belezas do Varela



Há, parece-me, uma divisão da Câmara Municipal de Caldas da Rainha que recolhe objectos de maiores dimensões que vão para o lixo; quem largou (há várias semanas) este colchão aqui, junto do caixote de lixo, devia ter contactado esse serviço. 
O pessoal  da recolha do lixo, que o ignora, devia ter transmitido a informação na própria câmara para que o recolhessem.
Estes pormenores não desculpam uma atitude de grosseira negligência: a Junta de Freguesia (infelizmente longe demais, e interessada mais nos assuntos da capital do concelho) ignora o que se passa no interior e o seu presidente (que até anunciou querer "embelezar" a Serra do Bouro) está-se completamente nas tintas para a freguesia onde teve votos para chegar ao que deve ser a grande ambição da sua vida.
Ou então, quem sabe?, talvez encare o colchão como uma peça de equipamento social para descanso dos viajantes por esta região, que se cansam mais a abrir caminho pelo mato dos caminhos ainda existentes do que, verdadeiramente, a passear pela natureza.

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Caça à multa: a armadilha da Avenida Infante D. Henrique (Caldas da Rainha) (1)


É muito bonita a decisão da prestimosa PSP de divulgar a localização de alguns dos seus radares. Atenua-se aquela imagem tão tradicional da "caça à multa" por armadilha. 
O problema é quando, na prática, a armadilha persiste e está convenientemente dissimulada. Porque dá jeito, porque não importa, porque o que vale é a incúria, porque as autoridades (policiais e civis) só olham para o cidadão na perspetiva da "matança do porco": ele há de render.
Em Caldas da Rainha há uma situação dessas: uma armadilha na Avenida Infante Dom Henrique. E, como em todas as armadilhas, nada sobre ela se explica porque de outro modo não poderia ser uma armadilha.
Acompanhe-me, leitor, numa viagem que até é curta.




Esta é a Avenida Infante Dom Henrique (que "nasce" cerca de um quilómetro antes, na "Rotunda da Expoeste"), na zona de saída da cidade de Caldas da Rainha para Oeste (ou seja, em direção à costa atlântica e à Foz do Arelho). 
Para trás ficaram zonas urbanizadas e o grande edifício do AKI. Ao fundo vê-se uma rotunda. Logo a seguir, há um posto de combustível da Repsol.
Não há aqui prédios mas apenas pequenas casas rurais, ou quintas, e terrenos cultivados.
Não se pode dizer, em bom rigor, que seja uma zona urbana.
Não há um único sinal a indicar a velocidade máxima.
Nem, aliás, que a seguir se vai encontrar a Zona Industrial e, depois dela, uma via rápida (ou com traçado disso, a Variante Atlântica) e o caminho para a costa.





Mais à frente: à direita está o posto da Repsol, na mesma direção nascente-poente.
A paisagem continua a ser rural e a estrada (que é ainda a Avenida Infante Dom Henrique, embora sem nenhuma placa toponímica) está em boas condições, dispõe de grande visibilidade e... de nenhum sinal de velocidade.




Quem, estando parado no ponto que é também aquele de onde foi tirada a fotografia de cima, olhar para a sua esquerda (para Sul), vê mais uma paisagem rural e, ao fundo, prédios da cidade de Caldas da Rainha, que ficaram para trás.






Se, no mesmo ponto, olhar para o seu lado direito, vê… uma plantação de produtos agrícolas. 
A paisagem urbana desapareceu por completo. Onde é que estamos? Na cidade ou no campo?
De passagem por aqui, atento aos outros veículos, às manobras que faz, o que lhe dirão, leitor, as "regras de experiência comum"? Isto é campo ou cidade?




Prosseguindo: depois do posto da Repsol há uma extensão de cerca de um quilómetro, por cima da autoestrada (A8), em direcção ao que é habitualmente designado por Zona Industrial.
Mas, aqui, já estaremos na Zona Industrial? Ou não? Ou numa zona urbana? Ou?...





Não há sinais que o indiquem nem, como sempre, qual a velocidade máxima a que se pode circular.
É, no entanto, um elemento de que as autoridades de trânsito devem ter conhecimento. 



A Avenida Infante Dom Henrique termina nesta rotunda? Talvez.
Em frente abre-se a via rápida (sempre sem qualquer tipo de sinalética), à direita há uma estrada para o interior rural, à esquerda fica uma das ruas da Zona Industrial.
Mas repare-se bem…



… no sinal e na sua localização equívoca.




E no próprio sinal…


Para que não subsistam dúvidas: esta fotografia foi tirada às 12h58 do dia 9 de Junho de 2018, sábado. 
No entanto, a placa toponímica está ausente daqui há, pelo menos, várias semanas.

Reparem bem: não há placa toponímica. 
Nada se consegue ler na placa onde devia ser indicado o nome da via. 
Ninguém aqui se orienta nos sentidos.
Ninguém aqui se orienta nas velocidades.
Ninguém aqui se orienta quanto ao sítio onde está.
Ninguém sabe se não estará um radar da PSP à espreita, pronto a disparar.


*


Inquiri, a este respeito, a PSP de Caldas da Rainha, perguntando muito em concreto quais os limites de velocidade aplicáveis a esta via que tanto é urbana como rural.
A resposta foi rápida mas não esclarecedora. Ou melhor: esclarecedora por omissão.
A primeira linha da carta que recebi é, em todos os sentidos, reveladora: "Como o exponente não faz referência à infracção, não nos é possível pronunciar" (sic).
Ou seja: o que é relevante é "a infracção"?! O esclarecimento não interessa?!
Só tem direito a ser esclarecido quem tiver cometido "a infracção"?!
Poderá inferir-se daqui que quem não tiver cometido "a infracção" não tem o direito de ser esclarecido? 
Aliás, o único esclarecimento digno desse nome da mesma fonte, ou que passa por tal, é este: "Respeitante aos limites máximos de velocidade aplicáveis, é aplicada sem prejuízo do disposto nos artigos 24.º e 25.º do C. E. [Código da Estrada, respectivamente os artigos que se referem a 'Princípios gerais' e 'Velocidade moderada'], os limites gerais de velocidade que poderá consultar através do seu artigo 27.º do C.E." (sic). 
Mas é um esclarecimento que, em concreto, é zero.
Porque é absurdo responder com generalidades a perguntas concretas. 
Se a via é, como a Avenida Infante Dom Henrique de Caldas da Rainha, indefinida (urbana? rural? industrial? residencial?...), como é que se podem aplicar "princípios gerais"? 
Porque a questão fundamental neste caso da Avenida Infante Dom Henrique é mesmo esta: a sua indefinição
De uma ponta à outra da Avenida Infante Dom Henrique, quais são os troços urbanos e os rurais? 
Pode-se circular, por exemplo, a 90 km/hora na Zona Industrial? 
Ou no troço entre o fim da zona urbana e a orla da Zona Industrial? 
E o inexistente sinal assinala o quê? O fim ou o princípio de um troço? Urbano ou extra-urbano?
Poderá argumentar-se, por hipótese, que, ao ser designada por "avenida", a Avenida Infante Dom Henrique, é toda ela "urbana". Porque não haverá "avenidas" no meio do campo. Mas o certo é que aqui, mesmo ao pé da porta, eu vejo "ruas" com nome de rua que não passam de caminhos rurais cobertos de ervas… e onde até há casas com número de polícia.
A falta de esclarecimento pode ter uma multidão de explicações todas elas bondosas e humanamente compreensíveis (talvez dê muito trabalho estabelecer estes pormenores rodoviários, ninguém ainda reparou que a placa toponímica não existe, talvez tenha sido arrancada só esta madrugada, a responsabilidade da placa é de outra entidade, etc). 
Mas, na prática, a questão é simples: não se encontrando claramente definidas as situações, a autoridade policial está perfeitamente à vontade para multar (e lucrar) porque o que impera é a arbitrariedade
É por isso que, na prática da sua inexistente sinalização, a Avenida Infante Dom Henrique é uma armadilha.
Quem por aqui conduz é uma presa nesta caça à multa. 

terça-feira, 5 de junho de 2018

A nova "guerra" dos professores: traídos, desconsiderados e humilhados (1)



Manchetes do "Correio da Manhã" e do "Público" de hoje

Das muitas coisas que ilustram o desconchavo da lamentável solução (?) governativa PS-BE-PCP, a questão da subida de escalão dos professores dos ensinos básico e secundário é uma das mais exemplares.
Os sindicatos dos professores, recorde-se, andaram com o impreparado ministro da Educação ao colo, devidamente comandados pelas obediências partidárias de grande parte dos seus dirigentes. Como os professores que o são há dezenas de anos já pouco ligam aos sindicatos, estes passaram a prestar todas as atenções aos "contratados", que poderiam retribuir o interesse sindical com novas sindicalizações. 
Entretanto, todos os outros sectores da Função Pública foram sendo beneficiados, em termos muito específicos, com as várias benesses obtidas nos arranjos políticos da tríade governamental.
Os professores dos escalões superiores, que viram "congeladas" as suas carreiras ainda antes da Troika e pela mão do PS de José Sócrates e de Teixeira dos Santos, foram ficando para trás.
O que, olhando para os números, tem uma explicação simples: são mais 600 milhões de euros todos os anos, porque são quadros da administração pública já razoavelmente bem pagos. Ou eram, melhor dito, até 2010.
E o momento havia de chegar: aquele em que o Governo, como agora acontece, diz que não tem dinheiro (mas soube abrir mão de 350 milhões de euros anuais do IVA da restauração e distribuir muitas outras benesses ao seu eleitorado certo e seguro), assumindo uma atitude de desconsideração e de humilhação dos professores como raras vezes se tem visto.
E que é esta: como as organizações sindicais não aceitam levar apenas uma parte da contagem do tempo de serviço "perdido", como pretendia o Governo, e querem todo aquele que remonta a 2010, o Governo diz que então já não levam nada.
Esta situação de chantagem absoluta tem, aliás, outra vertente: quem já está a receber na perspectiva da contagem restrita do tempo de serviço, vai ter de devolver o que recebeu?!
Os sindicatos, o Governo e os seus partidos mostram, nesta "guerra", a sua verdadeira face: só os "seus" é que contam. 
Os professores, os agora já prejudicados e os que virão a sê-lo, já o deviam ter percebido há mais tempo. Mas ainda podem fazer alguma coisa. Se ainda "os" tiveram no sítio, claro. E se perceberem que os sindicatos, objectivamente, os traíram.




Não me fui embora...

… e já cá estou outra vez. 
Uma sequência apertada de livros que traduzi, todos eles complexos à sua maneira, tirou-me tempo para outras coisas e deixei o blogue desguarnecido.
Um agradecimento muito especial aos leitores fiéis que perguntaram por mim.