Carlos Cipriano regista na "Gazeta das Caldas", com algum desagrado, que Caldas da Rainha aparece na mais recente edição do "Guide du Routard" localizada nos arredores de Óbidos, com uma página contra quatro de Óbidos.
Se as entidades caldenses e as suas elites nada fazem para promover o concelho (onde a cidade é privilegiada relativamente ao interior e ao magnífico litoral atlântico), quem é que há-de fazê-lo?!
A posição secundaríssima que Caldas da Rainha ocupa no mapa turístico do Oeste está bem patente na lista de 29 eventos de 2013 que a Região de Turismo do Oeste anuncia (em papel, remetendo para um link que não funciona).
Nela, Caldas da Rainha apresenta apenas um evento (a feira das "tasquinhas" na Expoeste), muito atrás de Torre Vedras (seis eventos), Óbidos e Arruda dos Vinhos (com quatro), Alcobaça e Peniche (três) e Nazaré (dois).
Perante isto, só é de admirar que alguém ainda se admire...
5 comentários:
Meu caro Pedro
Eu, que vou até às Caldas da Rainha sempre que o tempo e o dinheiro mo permitem (agora menos, quer tempo, quer dinheiro...) acho que será então altura de a «sociedade civil» tomar algumas iniciativas. Ou já não há sociedade civil.
E, já agora, não sei se os eventos que refere nos outros concelhos são dignos de nota.
Mas aqui por Lisboa não saberei certamente avaliar aquilo a que se refere.
Presumo que não se dedicou à agricultura mas nas suas observações reconheço o estilo Vale de Lobos do velho mestre.
Vá lá, não se zangue.
Um abraço recordando os tempos de colocar o negrito nas frases certas.
ac
A "sociedade civil" local, caro ac, é uma versão pequenina do pior elitismo urbano, ignorando a realidade fora dos "muros" da cidade. Nos eventos registados há de tudo, do mais genuíno ao mais "naif". No caso de Caldas da Rainha, a coisa fica reduzida a uma espécie de tasca (nada a opor ao conceito!) colectiva em recinto de feiras e exposições parcialmente fechado e de onde saímos a cheirar a fritos se lá ficarmos mais de uma hora.
O concelho tem um património variado que pode, até, ser extraordinariamente rentável em termos turísticos. Mas as elites locais não o percebem ou têm horror ao ar livre.
Agradeço, curioso, as suas referências...
P.
Quem também cá tenho visto é o seu amigo César, que ainda no outro dia me falou em si :-)
Sempre me saiu um bom malandro esse César.
Penso que deixou o roseiral espanhol e o trocou pelos ares da serra e do mar.
ac
Pois, parece que se reformou...
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