A opinião do blogue Menina dos Policiais sobre "Vermelho da Cor do Sangue" (o segundo "Não Matarás"), que publico na íntegra:
Depois de ter lido "A Cidade do Medo", no ano passado (caramba, como o tempo
passa!) e ter sido um livro que adorei, "Vermelho da Cor do Sangue", protagonizado
por Joel Franco, inquestionavelmente era uma obra a ler embora deva confessar
que estava com algumas reservas em iniciar a leitura da mesma.
Passo a explicar: embora com um título
apelativo, o símbolo do comunismo, aliado à sinopse, eram factores suficientes
para que adiasse esta leitura. Não sou fã de enredos que tenham como fundo
ideologias políticas. O que me apraz dizer agora é que os meus receios eram
infundados.
Apesar deste ser o segundo livro protagonizado por Joel Franco, a trama é completamente independente de "A Cidade do Medo", não sendo mencionado qualquer elemento relativo ao livro antecessor. Apenas em comum são as personagens principais. O autor contextualiza os leitores não familiarizados com as personagens, incluindo no inicio do livro, uma pequena lista onde figuram os intervenientes da história, sintetizando o seu papel na trama.
Ainda sobre as personagens, um aspecto que denotei deveras curioso foi a participação de personagens concebidas pelo autor ainda antes do aparecimento desta colecção Não Matarás. Falo mais concretamente de Ulianov, cabeça de cartaz do livro "Ulianov e o Diabo", obra esta que infelizmente ainda não tive oportunidade de ler. Fiquei, de facto, muito curiosa com a leitura dos primeiros livros do autor!
Joel Franco, volta com um caso altamente misterioso. Se há algo que gostaria de ver tratado é a investigação da morte de Augusto, amigo de infância de Joel e que deixou marcas profundas. Pois ainda vou ter que aguardar, uma vez que "Vermelho da Cor do Sangue" não revela pitada desse enigma que se começou a desenhar no livro antecessor.
Denotei que nesta trama, a componente pessoal de Joel Franco está reduzida ao máximo, concentrando-se nos acontecimentos de índole do thriller.
Apesar deste ser o segundo livro protagonizado por Joel Franco, a trama é completamente independente de "A Cidade do Medo", não sendo mencionado qualquer elemento relativo ao livro antecessor. Apenas em comum são as personagens principais. O autor contextualiza os leitores não familiarizados com as personagens, incluindo no inicio do livro, uma pequena lista onde figuram os intervenientes da história, sintetizando o seu papel na trama.
Ainda sobre as personagens, um aspecto que denotei deveras curioso foi a participação de personagens concebidas pelo autor ainda antes do aparecimento desta colecção Não Matarás. Falo mais concretamente de Ulianov, cabeça de cartaz do livro "Ulianov e o Diabo", obra esta que infelizmente ainda não tive oportunidade de ler. Fiquei, de facto, muito curiosa com a leitura dos primeiros livros do autor!
Joel Franco, volta com um caso altamente misterioso. Se há algo que gostaria de ver tratado é a investigação da morte de Augusto, amigo de infância de Joel e que deixou marcas profundas. Pois ainda vou ter que aguardar, uma vez que "Vermelho da Cor do Sangue" não revela pitada desse enigma que se começou a desenhar no livro antecessor.
Denotei que nesta trama, a componente pessoal de Joel Franco está reduzida ao máximo, concentrando-se nos acontecimentos de índole do thriller.
Constatei que a estrutura está bastante
semelhante à de "A Cidade do Medo", capítulos curtos, formatados sob a sequência
de acontecimentos em cada dia da semana, fomentando uma rápida e empolgante
leitura.
Não só a curiosidade natural aliada ao mistério
relevante deste caso, como a sobriedade da expressão de temas como o PREC e a
sociedade portuguesa nos anos 70, que se constataram ser extremamente didácticas
no decorrer desta leitura.
O autor disserta sobre a livre circulação de pessoas estrangeiras e bens, sem imposição de fronteiras, fomentando a facilidade de difusão de núcleos mafiosos. Tema este, que confesso, não aprecio quando tratado em literatura mas a abordagem de Pedro Garcia Rosado tornou-o muito interessante e nada maçudo.
Além disso, o autor volta a recorrer à carismática personagem Eunice Neves, que como me expressei no livro "A Cidade do Medo", volta a ser notório o paralelismo ficção/realidade no que concerne ao tornar as notícias de foro criminal em quase notícias sensacionalistas, por parte da imprensa portuguesa.
O autor disserta sobre a livre circulação de pessoas estrangeiras e bens, sem imposição de fronteiras, fomentando a facilidade de difusão de núcleos mafiosos. Tema este, que confesso, não aprecio quando tratado em literatura mas a abordagem de Pedro Garcia Rosado tornou-o muito interessante e nada maçudo.
Além disso, o autor volta a recorrer à carismática personagem Eunice Neves, que como me expressei no livro "A Cidade do Medo", volta a ser notório o paralelismo ficção/realidade no que concerne ao tornar as notícias de foro criminal em quase notícias sensacionalistas, por parte da imprensa portuguesa.
Em suma, embora tenha gostado deste "Vermelho da
Cor do Sangue", devo confessar que apreciei mais "A Cidade do Medo", apenas por uma
questão de subjectividade de gostos literários, que vós sabeis, está mais em
conformidade com as investidas de um serial killer, do que propriamente
métodos de actuação de máfias russas.
Ainda assim, a avaliar pelo segundo volume da colecção Não Matarás, esta promete abordar temas variados, constituindo thrillers diferentes e independentes entre si, que farão as delícias dos amantes do género. Recomendo!
Ainda assim, a avaliar pelo segundo volume da colecção Não Matarás, esta promete abordar temas variados, constituindo thrillers diferentes e independentes entre si, que farão as delícias dos amantes do género. Recomendo!
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