terça-feira, 31 de outubro de 2023

Não há hospital, mas há pão e circo...

 


Perdida a luta pela construção do novo hospital do Oeste neste concelho, Caldas da Rainha, o presidente da Câmara Municipal, Vítor Marques, atira para o lixo o "luto" prometido e dedica-se agora a fazer de Pai Natal, organizando um programa animado de "pão e circo" para a época de Dezembro.

O que dirão os que foram na conversa dele, que foram manifestar-se a Lisboa nos tais autocarros pagos por todos nós para se alimentar uma ilusão? E, sobretudo, o que dirão quando o "velho" hospital do Oeste desaparecer?

Mas, por enquanto, não pensem nisso. É o que ele quer, que se esqueçam da sua desastrada derrota, sem honra nem glória. E que o reelejam, para compensar...



segunda-feira, 30 de outubro de 2023

A Proteção Civil mentiu-me

 



Passam agora 72 horas desde que recebi este aviso no telemóvel às 19h20 da passada sexta-feira. 

Choveu, esporadicamente, na "minha" região (Serra do Bouro, Caldas da Rainha, Leiria). Não houve "vento forte" nenhum. Não vi, em função do tempo real, qualquer "risco" de "cheias e inundações".

Ou seja: a Autoridade Nacional da Protecção Civil mentiu-me.

domingo, 29 de outubro de 2023

Uma previsão é sempre uma previsão e uma certeza pode ser uma estupidez (3): 3 dias?!


Não sei, verdadeiramente, para que serve a Autoridade Nacional da Protecção Civil. 

E não me refiro aos seus propósitos, que hão de estar explanados em qualquer legislação que lhe diga respeito, mas à sua acção prática.

Por aqui, onde moro, entre incêndios e vespas asiáticas, o registo de intervenções úteis desta entidade é zero. A avaliar pelo que aqui se passa e pelo que não acontece, a Protecção Civil tem um propósito apenas alimentar: é o de dar emprego a quem lá está. 

Se, por curiosidade, formos à procura no Google, juntando como palavras de pesquisa "Proteção Civil" e "falhou", o resultado geral não contradiz as minhas conclusões. Ou seja, as taxas de êxito da coisa devem andar mesmo muito por baixo.

E deve ser porque os seus "responsáveis" sabem que não dão conta do recado que, volta não volta, emitem "avisos" em formato de SMS, de forma abusiva e intrusiva, que são, no mínimo, despropositados, estúpidos e absolutamente irrealistas. Já aqui me insurgi contra um desses casos, contra uma previsão de 36 horas (dia e meio) de inundações e cheias que deu... nada. 

Na sexta-feira passada, precisamente há 36 horas, a mesma entidade invadiu-me o telemóvel com esta mensagem: "chuva e vento forte" "nas próximas 72 horas". Ou seja: três dias! 

Quando nem o melancólico IPMA, onde devem ter orgasmos a cada "alerta" colorido que ejaculam, tem certezas, mas apenas previsões, para três dias, a dita entidade garante três dias de "chuva e vento forte". 




E o resultado?... Aqui, nesta região onde moro (onde já assisti a chuvadas e ventanias realmente "fortes"), nas últimas 36 horas tem havido mais aguaceiros do que chuva e o vento quase não se nota.

Os defensores, ou dependentes, da coisa poderão argumentar que o aviso é a nível distrital. Só que não é possível, racionalmente, generalizar isto. 

Uma previsão meteorológica para o distrito de Leiria (que é onde se insere esta região do concelho de Caldas da Rainha) não é automaticamente aplicável, em bom rigor, a zonas do litoral atlântico onde, por vezes, parecem suceder-se efeitos próprios de microclimas. 

Este tipo de histeria da Protecção Civil (que ainda há de recomendar, um dia destes, que as pessoas não se esqueçam de andar com chapéus de chuva ou que fiquem fechadas em casa em caso de chuvisco...) tem, depois, o curioso efeito de provocar vagas de alarmismo histérico na imprensa.


Por exemplo: 



É como se a imprensa, e quem nelas escreve e até assina notícias, não soubesse, não quisesse ou não pudesse abordar outros assuntos. Ou tivesse desistido de penssr.

Ou talvez queiram apenas assustar as pessoas. Será isso?

 




sábado, 28 de outubro de 2023

Estou farto desta merda!

 




Não há motivo razoável nenhum  científico, social, económico, psicológico, etc.  que justifique a insistência na "mudança da hora", salvo a teimosia arrogante do pior e mais autoritário primeiro-ministro da História portuguesa. 




E que interessa a opinião do director?

Tive uma curiosidade que, estranhamente, não pude satisfazer: qual é a opinião do director da "Gazeta das Caldas" sobre a fracassada "manif" do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha? 

As notícias dos dois jornais regionais sobre o assunto têm seguido caninamente o mote dado pelo presidente (sempre os inverificáveis 2000 manifestantes), sem qualquer tipo de dúvida, de interrogação sobre o beco sem saída em que tudo isto se transformou. 

O "Jornal das Caldas", em cujas páginas se vai construindo uma desavergonhada hagiografia de Vítor Marques, não dá opinião. Mas a "Gazeta" dá. E qual será a sua opinião? 

Não sabemos, porque abrimos o respectivo link e dá isto:




Ou seja: nenhum leitor ocasional, ou esporádico, pode saber o que pensa o director da "Gazeta das Caldas".

É natural que qualquer órgão de informação queira manter conteúdos limitados e de acesso pago. Mas já não é muito natural que vede assim o acesso à opinião de quem, afinal, define a linha de rumo desse órgão de informação. E escrevo isto como princípio geral, salientando que, no que me diz respeito, nunca fui fã, enquanto assinante e leitor regular da "Gazeta", das opções e dos escritos do seu director vitalício. E decerto que agora também não seria.

 



quinta-feira, 26 de outubro de 2023

Uma previsão é sempre uma previsão e uma certeza pode ser uma estupidez (2): esta paranoia tem de acabar


É um exagero o volume de "notícias" sobre as previsões, normalmente alarmistas, de ocorrências meteorológicas que não divergem das ocorrências meteorológicas normais ao longo de décadas. 

Não haverá, nas redacções, um mínimo de bom senso que ponha fim a esta paranoia (que é alimentada pelos "avisos" coloridos do IPMA)?!


































terça-feira, 24 de outubro de 2023

EDP/e-Redes - A Crónica das Trevas (105): apagões tipo assaltos de esticão



Às 17h00 dois apagões. Às 18h52 mais um.

De segundos, tipo assalto de esticão. Parecem pensados, como todas as manifestações deste género da abominável EDP/e-Redes, para lixar os electrodomésticos.

Só porque está a chover... e nem sequer é muito.


 


Actualização (25.10.2023, 18h20): Depois de um quarto apagão, às 19h52, liguei para a EDP/e-Redes. Fui informado de que haveria uma equipa que se deslocaria para ver o que se passava. Nada de novo... com uma novidade: às 20h54 telefonou-me um dos técnicos destacados para a avaria, informando-me de que o problema era numa linha de média tensão e de que estavam a tentar localizar o ponto da avaria; e oito minutos depois voltou a telefonar-me, para me perguntar se tinha luz (tinha) porque alguém, afectado pelo mesmo mal, se queixara de estar às escuras. Este gesto (o de contactar directamente com o cliente que se queixou) foi inédito e foi simpático. Fica aqui o registo e a esperança de que seja uma prática, nova, da EDP/e-Redes.



Vítor Marques derrotou-se a si próprio... e ao concelho a que ainda preside

 


A expressão diz tudo: Vítor Marques, o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, pode ter capitaneado uma excursão de protesto a Lisboa com 50 autocarros (pagos por nós todos), mas o resultado é uma derrota profunda, que o devia envergonhar e a quem o segue nesta sua campanha pessoal, bem visível nesta sua postura à porta da residência oficial do primeiro-ministro, onde, naturalmente, não encontrou quem o recebesse.

Vítor Marques já sabe que perdeu o que quis transformar numa guerra pessoal: o novo hospital do Oeste não será mesmo edificado no concelho que, em má hora, lhe ofereceu a Câmara Municipal. 

Não quis criar consensos com outros municípios, isolou-se (e à população) relativamente aos outros concelhos, que poderia ter tentado arrastar para o seu protesto. Anunciou "luto" em Junho e ficou tudo na mesma. E neste sábado bateu com o nariz na porta de um governo fechado ao fim de semana. 

Nem conseguiu que algum grupo parlamentar da oposição o recebesse: o PSD, que poderia ter caído na asneira de lhe dar cobertura, não lhe passou cartão.

Derrotado, Vítor Marques conseguiu derrotar também Caldas da Rainha, o que é uma mudança de vulto (para quem anunciava "Vamos Mudar"...) nestas coisas. A derrota política e pessoal de um presidente de câmara não causa, necessariamente, a derrota do seu concelho. Neste caso, foi o que aconteceu. É obra.




domingo, 22 de outubro de 2023

Uma previsão é sempre uma previsão e uma certeza pode ser uma estupidez (1)

 

Às 16h47 de ontem, há cerca de 25 horas, recebi da entidade conhecida por Protecção Civil esta mensagem no meu telemóvel:






Como se pode ler, anunciava inundações e cheias na "minha" região (Serra do Bouro, concelho de Caldas da Rainha, distrito de Leiria) nas 36 horas que se seguiriam.

Havia, efectivamente, previsões de chuva para a noite e hoje. Mas, repito, como não podia deixar de ser, não passavam de previsões. Não é de agora, mas de sempre: os "especialistas" da meteorologia não conseguem produzir certezas sobre o que vai acontecer nas horas ou dias ou semanas seguintes. O que prevêem pode realmente acontecer, mas é natural que isso também não aconteça.

O certo é que desde que recebi esta mensagem (e por que raio é que a Protecção Civil há de ter o meu número de telemóvel e usá-lo desta maneira?!) não choveu. É possível que tenha chuviscado durante a noite mas, às 6h30, não havia sinais de chuva recente. E até este momento (e são, precisamente, 18h20), não choveu, não houve "inundações" nem "cheias" na "minha" região, não soprou vento que pudesse considerar-se "forte". 

Nesta altura, até já se vê o céu azul por entre algumas nuvens e, com base na experiência que aqui tenho tido, acredito que a chuva até dará lugar a temperaturas mais baixas, naturais nesta época, mas com tempo seco... e em breve.

Houve manifestações de mau tempo noutros pontos do País, pelo que percebi. Mas isso não justifica a generalização de avisos tendentes a meter medo por parte de uma entidade estatal que afirma ser um serviço de protecção da população. 

Uma coisa são as previsões, outra estas expressões estúpidas, imorais e incompetentes de um serviço que talvez só o faça por saber que é incapaz de proteger pessoas e bens, não querendo que depois alguém lhe peça responsabilidades pelas consequências da sua gritante incompetência.





Ler jornais já não é saber mais (195): "disparar" (mais uma vez)


Houve tempos em que as primeiras páginas dos jornais eram feitas com especial cuidado. Por brio, pelas preocupações de qualidade dos jornalistas que faziam os jornais, pela capacidade de usar a escrita, porque se pensava nos potenciais compradores do jornal em banca (quando havia pessoas a comprar jornais...) a quem convinha tentar conquistar com exercícios de criatividade.

Em nenhum dos jornais onde trabalhei como redactor ("o diário", "O Jornal" e o "Diário de Notícias"), e a quem coube por várias vezes ter de ver a primeira página antes de ela entrar na impressão, sairia uma coisa destas, que aqui se reproduz. 









Já não falo na deprimente banalidade da utilização do verbo "disparar", mas na repetição da coisa em três notícias distintas na mesma primeira página como nesta edição do "Expresso". Quais serão as qualificações, e as qualidades, de quem deixa passar uma coisa destas?

E há mais, entretanto. Como sempre.






































quinta-feira, 19 de outubro de 2023

"Vamos Mudar" ... e desistir de qualquer vestígio de inteligência que ainda possa restar




Esta manilha, parcialmente enterrada e entupida, foi posta neste sítio em Março deste ano para escoar as águas da chuva que, em 1 de Janeiro de 2023, escorreram por uma encosta abundante em pedras e terra solta.

Quem o explicou, como aqui escrevi, foi o ícone raro da organização "Vamos Mudar" que, infelizmente, chegou à função de presidente da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro (Caldas da Rainha).

Hoje, terça-feira, choveu durante bastante tempo, embora não com a intensidade pesada das chuvas de 1 de Janeiro. O solo de diversas zonas desta região é argiloso e a água não se infiltra com facilidade. O resultado, num desnível acentuado de pedras soltas e de terra, foi o seu deslizamento. E se, por acaso, houve água que decidiu acompanhar o raciocínio da criatura e meter-se pela manilha, as pedras e a terra meteram-se... e lá ficaram, como a imagem bem documenta.

A mudança deles, do "Vamos Mudar", do partido unipessoal de Vítor Marques, é isto: sempre para pior!







Nostalgia: Katey Sagal & the Forest Rangers, "Greensleeves", em "Sons Of Anarchy"

 



It seems, my love, you do me wrong
You fooled me with your cunning wild
Green sleeves stirred my heart anew

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Pessoas de boca calada


A imposição, à força ou por recomendações estribadas no medo induzido, das máscaras faciais como instrumento milagroso para evitar a contaminação com o vírus SARS-CoV-2 foi uma das determinação estúpidas e mais traiçoeiras decorrentes da pandemia mais sobrevalorizada de toda a história da Humanidade.

Por isso, é preocupante ver como as máscaras agora ressurgem. Esporadicamente, é certo, e de modo voluntário ou dominado pelo medo. E sempre a inspirarem o receio de uma nova deriva para o fascismo sanitário.

E quando, significativamente, chega o Outono e se generalizam as doenças do aparelho respiratório e regressa a campanha de uma vacinação que (ao contrário das vacinas normais) assentou sempre em procedimentos demasiado céleres, e sempre experimentais, e que nunca deixou de ser acompanhada por suspeitas não esclarecidas de que faz mais mal do que bem e de que a respectiva compra por parte dos Estados implicou procedimentos menos legais.

Mas talvez as máscaras também sirvam para isso, e literalmente: para calar a boca às pessoas, dificultar-lhes o raciocínio por falta de ar e limitarem-lhes a capacidade de fazerem perguntas. 








 
Da cara ao chão, convergem a estupidez e a porcaria



EDP/e-Redes - A Crónica das Trevas (104): apagão tipo prova de vida


 

Talvez para mostrar que está viva, a EDP/e-Redes brindou-nos às 9h08 com mais um apagão, daqueles que parecem ter sido concebidos, deliberadamente, para matar os aparelhos eléctricos domésticos. 










quinta-feira, 12 de outubro de 2023

Se fosse num dia de semana é que era de homem

Nem a Câmara Municipal deixou de funcionar, nem houve prantos e protestos nem manifestações de luto e o demagógico trinta-e-um-de-boca do presidente da câmara em matéria de indignação foi o que se viu: finou-se. O dito cujo e os que o rodeiam devem ter andado ocupadíssimos a pensar como é que haviam, ainda, de capitalizar o desaire estúpido que sofreram com a polémica do hospital que há de ir parar ao Bombarral.

E o resultado foi este: uma excursão a Lisboa num sábado com quatro horas de estadia na capital, tempo suficiente para umas compritas no Colombo ou uma fodinha no Parque Eduardo VII, com transporte à borla (mas pago por todos nós). 




Mas seria de homem se a coisa fosse à semana. 

Ver-se-ia quem é que estaria disposto a deixar os seus empregos para irem passear a Lisboa, paralisando empresas e serviços para dar força a uma causa que foi, toda ela, desastrosamente conduzida. 

Não sendo assim, esta coisa ao sábado é uma falcatrua política. Mais uma.