A expressão diz tudo: Vítor Marques, o presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, pode ter capitaneado uma excursão de protesto a Lisboa com 50 autocarros (pagos por nós todos), mas o resultado é uma derrota profunda, que o devia envergonhar e a quem o segue nesta sua campanha pessoal, bem visível nesta sua postura à porta da residência oficial do primeiro-ministro, onde, naturalmente, não encontrou quem o recebesse.
Vítor Marques já sabe que perdeu o que quis transformar numa guerra pessoal: o novo hospital do Oeste não será mesmo edificado no concelho que, em má hora, lhe ofereceu a Câmara Municipal.
Não quis criar consensos com outros municípios, isolou-se (e à população) relativamente aos outros concelhos, que poderia ter tentado arrastar para o seu protesto. Anunciou "luto" em Junho e ficou tudo na mesma. E neste sábado bateu com o nariz na porta de um governo fechado ao fim de semana.
Nem conseguiu que algum grupo parlamentar da oposição o recebesse: o PSD, que poderia ter caído na asneira de lhe dar cobertura, não lhe passou cartão.
Derrotado, Vítor Marques conseguiu derrotar também Caldas da Rainha, o que é uma mudança de vulto (para quem anunciava "Vamos Mudar"...) nestas coisas. A derrota política e pessoal de um presidente de câmara não causa, necessariamente, a derrota do seu concelho. Neste caso, foi o que aconteceu. É obra.
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