Houve tempos em que as primeiras páginas dos jornais eram feitas com especial cuidado. Por brio, pelas preocupações de qualidade dos jornalistas que faziam os jornais, pela capacidade de usar a escrita, porque se pensava nos potenciais compradores do jornal em banca (quando havia pessoas a comprar jornais...) a quem convinha tentar conquistar com exercícios de criatividade.
Em nenhum dos jornais onde trabalhei como redactor ("o diário", "O Jornal" e o "Diário de Notícias"), e a quem coube por várias vezes ter de ver a primeira página antes de ela entrar na impressão, sairia uma coisa destas, que aqui se reproduz.
Já não falo na deprimente banalidade da utilização do verbo "disparar", mas na repetição da coisa em três notícias distintas na mesma primeira página como nesta edição do "Expresso". Quais serão as qualificações, e as qualidades, de quem deixa passar uma coisa destas?
E há mais, entretanto. Como sempre.
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