domingo, 22 de outubro de 2023

Uma previsão é sempre uma previsão e uma certeza pode ser uma estupidez (1)

 

Às 16h47 de ontem, há cerca de 25 horas, recebi da entidade conhecida por Protecção Civil esta mensagem no meu telemóvel:






Como se pode ler, anunciava inundações e cheias na "minha" região (Serra do Bouro, concelho de Caldas da Rainha, distrito de Leiria) nas 36 horas que se seguiriam.

Havia, efectivamente, previsões de chuva para a noite e hoje. Mas, repito, como não podia deixar de ser, não passavam de previsões. Não é de agora, mas de sempre: os "especialistas" da meteorologia não conseguem produzir certezas sobre o que vai acontecer nas horas ou dias ou semanas seguintes. O que prevêem pode realmente acontecer, mas é natural que isso também não aconteça.

O certo é que desde que recebi esta mensagem (e por que raio é que a Protecção Civil há de ter o meu número de telemóvel e usá-lo desta maneira?!) não choveu. É possível que tenha chuviscado durante a noite mas, às 6h30, não havia sinais de chuva recente. E até este momento (e são, precisamente, 18h20), não choveu, não houve "inundações" nem "cheias" na "minha" região, não soprou vento que pudesse considerar-se "forte". 

Nesta altura, até já se vê o céu azul por entre algumas nuvens e, com base na experiência que aqui tenho tido, acredito que a chuva até dará lugar a temperaturas mais baixas, naturais nesta época, mas com tempo seco... e em breve.

Houve manifestações de mau tempo noutros pontos do País, pelo que percebi. Mas isso não justifica a generalização de avisos tendentes a meter medo por parte de uma entidade estatal que afirma ser um serviço de protecção da população. 

Uma coisa são as previsões, outra estas expressões estúpidas, imorais e incompetentes de um serviço que talvez só o faça por saber que é incapaz de proteger pessoas e bens, não querendo que depois alguém lhe peça responsabilidades pelas consequências da sua gritante incompetência.





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