terça-feira, 24 de setembro de 2013

Porque não votarei no CDS no dia 29

Suponho que o CDS poderá ter tido, a certa altura, uma oportunidade de ganhar as eleições de dia 29 nas Caldas da Rainha.
Se a candidatura do PSD gera de facto a falta de entusiasmo que parece tão evidente, seria natural numa perspectiva pura e simplesmente política que parte significativa do seu eleitorado. Não parece, no entanto, que seja isso que vá acontecer.
A candidatura do CDS caldense é débil.
Manuel Isaac é um candidato ausente, mais interessado na Assembleia da República (onde é deputado) do que nas Caldas da Rainha. O programa também não entusiasma e parece ter sido feito à pressa.
O CDS dá relevo à agricultura, o que é positivo, mas ignora o turismo, o que é desastroso.
Ergue a bandeira do termalismo mas passa ao lado das Termas das Gaeiras, que não vão deixar grande espaço de manobra às termas de Caldas da Rainha.
Destaca a revisão do Plano Director Municipal para a Serra do Bouro mas apenas para defender mais construção (ou seja, mais negócio), ignorando o discutível Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.
É, no seu todo, um programa pensado para umas Caldas da Rainhas vistas a cem quilómetros de distância no conforto do Parlamento.
Apesar de Manuel Isaac já ser uma presença habitual nas eleições autárquicas, esta sua candidatura parece ser apenas uma prova de vida. Talvez devesse ser só candidato à presidência da Assembleia Municipal, o que também lhe daria a notoriedade que deseja ter.
Não parece possível que o CDS, podendo ir buscar votos ao PSD, consiga ganhar a Câmara Municipal. Ficava-lhe melhor começar a pensar numa alternativa para 2017.
 
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Gostaria de ter visto o CDS caldense abordar o elevado preço da água, tornada muito cara pelas absurdas taxas (que deviam ser revistas). Mas, como no caso dos restantes partidos, aos candidatos não lhes deve custar pagar uma água tão cara. Também gostaria de saber o que têm a dizer sobre o caso do gasóleo municipal. Mas não têm nada a dizer.
Amanhã: o PCP

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