Desta vez cabem os prémios ao programa do PCP (que concorre sob a bandeira de uma coligação com um partido que nunca se submeteu ao escrutínio do eleitorado), que me chegou em papel de qualidade, e bem impresso, à caixa do correio.
Neste programa cheio de barbas grisalhas não há uma única referência ao turismo como elemento capaz de fomentar o desenvolvimento da região e a criação de emprego.
Ficamos, no entanto, a saber que os 21 candidatos à Assembleia Municipal (cuja média de idades é de 58,6 anos, idade igual à do candidato à presidência da Câmara) têm entre os 33 e os 71 anos, o que parece transformar esta candidatura na de idade mais avançada.
De qualquer modo, e só por curiosidade, registe-se que o candidato de 33 anos poderia, na ex-União Soviética, pertencer ainda à Juventude Comunista, o Komsomol Leninista, cuja idade limite eram os 35 anos.
Quanto aos prémios para as promessas do PCP:
- A promessa mais realista: "Alargar a rede de centros de dia que dêem cobertura a todo o concelho e criar outros espaços de convívio sénior"
- A promessa mais eleitoralista: "Assegurar o funcionamento público do Hospital Termal, vinculando-o ao Serviço Nacional de Saúde"
- A promessa mais irrealista: "Lançamento das bases de um Museu de Arte Contemporânea e do Museu Nacional de Cerâmica, angariando obras por doações, depósitos e aquisições orientadas"
- A promessa mais demagógica: Linha do Oeste - "É fundamental a sua electrificação, renovação do material circulante, servindo os fluxos turísticos e as populações com horários adequados"
- A promessa mais inteligente: "Descentralizar novas competências para as freguesias"
- A promessa mais idiota: "Deslocar a Central Rodoviária do centro da cidade"
- A promessa mais vaga: "Defesa firme da escola pública, ameaçada".
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