Desde muito cedo que percebi que não havia no actual panorama partidário de Caldas da Rainha uma opção credível para dirigir a Câmara Municipal, depois de Fernando Costa ter chegado ao ponto em que já não podia recandidatar-se a outro mandato (embora pudesse ter ficado, encabeçando com dignidade a lista do seu partido para a Assembleia Municipal), e já aqui disse dos meus motivos, que a campanha eleitoral tem confirmado, para não conseguir acreditar nas cinco candidaturas partidárias.
O anúncio da possibilidade de uma candidatura de cidadãos independentes deu-me alguma esperança de poder haver uma via concreta para o desenvolvimento do concelho fora das limitações partidárias que, em especial numa época de crise, fazem contas de ganho e perda de votos à escala nacional sem atenderem aos problemas reais e concretos das populações.
Quando o Movimento Viver o Concelho (MVC) se constituiu, fui eu que me dirigi pessoalmente à sua candidata à presidência da Câmara, Teresa Serrenho, saudando-a, elogiando a sua iniciativa e expressando a minha convicção de que poderia ser o MVC a fazer alguma coisa pelo concelho de Caldas da Rainha.
Fui à sua sede assinar as propostas de candidatura e dar-lhe conta, em pessoa, da minha opinião.
Quando foi apresentada a lista candidata à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, fui convidado pelo MVC a intervir nessa sessão pública, para transmitir o meu ponto de vista sobre o que devia ser feito a nível das freguesias do interior.
Foi a única acção do MVC em que participei e, acreditando no que estavam, e estão, a fazer, declarei nessa altura o meu apoio a essa candidatura.
O MVC não me convidou para lugar nenhum e não me prometeu nada para eu expressar o meu apoio à candidatura dos independentes.
O que me apresentou foi a vontade, a preparação técnica e uma excelente carta de intenções para todo o concelho (e, em especial, para a desprezada freguesia de Serra do Bouro), num programa realista, exequível, bem estruturado e bem concreto.
Não defendo a pureza química das listas de independentes por oposição às listas dos partidos. Não sei o que se passa por esses concelhos fora, onde intervêm independentes que realmente o são e "independentes" que o dizem ser porque os seus partidos os preteriram. Mas percebi que os independentes de Caldas da Rainha têm uma capacidade de intervenção diferente e pela positiva por não estarem sujeitos à disciplina dos partidos.
Penso que o MVC está bem posicionado para obter um bom resultado no domingo e acredito que a dispersão de votos e a participação de mais eleitores abre a possibilidade de o MVC ganhar a presidência da Câmara Municipal de Caldas da Rainha.
Mas se o resultado, imprevisível dada a absoluta novidade desta candidatura e a debilidade política das outras, ficar abaixo deste objectivo, espero que os vereadores e os deputados municipais e os eleitos nas freguesias que o eleja se preparem para quatro anos duros de combate político nos órgãos autárquicos. O futuro não termina no dia 29 e a expectativa e a vontade de mudar dos seus apoiantes também não.
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No próximo domingo, dia 29, votarei em Teresa Serrenho para a presidência da Câmara Municipal, em Edgar Ximenes para a presidência da Assembleia Municipal e em Carlos Fernandes para a Assembleia de Freguesia e para a Junta de Freguesia de Santo Onofre e Serra do Bouro.
Acredito que os candidatos do MVC eleitos para os órgãos autárquicos se esforçarão por levar à prática aquilo que anunciaram e proporão as medidas que, desde muito cedo, apresentaram aos caldenses. E se não o fizerem estou perfeitamente à vontade para os criticar.
Uma nota para aqueles que detestam a minha intervenção: Façam o favor de estar à vontade para me atacarem, mas tenham a honradez e a hombridade de batalharem com argumentos e não com ataques pessoais. Quanto mais não seja para isso não os diminuir aos olhos de terceiros. E, já agora, porque só conseguem que eu faça pior...
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