sexta-feira, 29 de novembro de 2013

60 dias depois

Dois meses passados, em Caldas da Rainha, sobre as eleições autárquicas, é interessante verificar como a realidade começa a confirmar os efeitos daninhos do PSD de Tinta Ferreira, como os partidos da oposição tradicional regressaram aos seus casulos e como, finalmente, os independentes do MVC dão os primeiros passos numa intervenção que tem de ser menos uma prova de vida e mais um estágio para 2017.

*

Será interessante reflectir um pouco sobre o que poderá acontecer no PSD caldense e na sua versão muito própria do "Triângulo das Bermudas" que é o triângulo Fernando Costa - Tinta Ferreira - Hugo Oliveira. Mas vamos deixar isso para um dia destes...
 

Porque não gosto dos CTT (64): os sindicalistas e a "esquerda" contra o serviço público

Os sindicalistas e a "esquerda" perderam a guerra da privatização dos CTT.
À conta dessa guerra e de  greves infinitas, ficámos todos prejudicados porque o "serviço público", capturado pelos interesses privados dos agora derrotados, deixou sempre de ser serviço e de servir o público por causa dessas greves.
Em estilo "perpetuum mobile" tem de haver no dia de hoje outra greve. Porquê? Porque sim.
A animação começou à meia-noite na Estação Central de Correios de Cabo Ruivo (em Lisboa) com sindicalistas (vários, mais o chefe Carlos) e dois deputados (PCP e BE) a tentarem forçar os funcionários dos CTT à greve.
Talvez não tenham tido muita sorte mas conseguiram um modesto êxito mediático: o ainda revolucionário "Diário de Notícias" dá como grande notícia que o patrão da CGTP e os dois deputados foram "empurrados" (o "Jornal de Notícias" é mais comedido na notícia).
A consequência directa desta animação sindical é, depois, a do costume: o público castigado, à espera da regularização do "serviço público" da distribuição de correio. É mais um brilhante exemplo de como este tipo de sindicalismo castiga sempre os mesmos: o público, cliente à força e alvo preferencial das raivas sindicais.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

É uma pena...

... que uma paisagem tão sugestiva seja deixada estragar por um objecto tão feio.
Mas há gente que gosta, obviamente.









O sofá à espera de um cu

Dizem-me que a "instalação" do sofá que está há mais de um mês na margem caldense da Lagoa de Óbidos tem por objectivo uma "performance" de um determinado artista (e até me deram o nome). Atendendo ao estado nojento em que se encontra esta peça de mobiliário, custa-me a crer. E, por isso, nem digo o nome do artista.
Outra pessoa diz-me que o sofá é uma manifestação da elite urbana das Caldas da Rainha, que não quer "estrangeiros": não quer "estrangeiros" estrangeiros, não quer os que vêm para cá viver, não quer turistas; quer é continuar a viver na sua pequena mesquinhice, de costas voltadas ao mundo.
Pode ser que as duas coisas sejam verdade.
E o sofá, onde algum rabo elitista se sentará com toda a convicção, será decerto o sítio de eleição para juntar a fome com a vontade de comer.
 
 
 

Obrar

Às vezes há obras, outras vezes não. Nunca se sabe quando prosseguem, nunca se sabe quando terminam, o ritmo é "não é para fazer, é para se ir fazendo".
Em Abril começaram a substituir uma conduta de água, as interrupções foram mais do que muitas, andaram a tapar buracos com terra em zonas íngremes quando chovia, agora que não chove parece que não é necessário fazer mais.
Não é imprevidência, nem incompetência, nem desprezo por quem aqui mora nem ausência de planeamento nem nada que se pareça. É dinamismo, é a "nova dinâmica" com que o PSD caldense se apresentou às eleições de há dois meses - uma treta.
Talvez isto devesse ficar assim durante os próximos três anos e dez meses, até às próximas eleições. E se calhar é o que vai acontecer...


Isto já faz parte da paisagem... e parece que não é necessário em mais lado nenhum



Artes plásticas...
 
 


O cano assim erecto deve ser alusivo à tradição satírica dos falos das Caldas
 
 


Uma das máquinas ficou para trás, estacionada em local público.
Esqueceram-se dela? Ou estará para venda, tipo "Informa..."?


A "repavimentação" foi prometida em 22 de Junho deste ano, a ser feita no "final do Verão".
Já o Outono vai adiantado...


... e o que estragam não arranjam.


Mas eles acham graça a isto.



terça-feira, 26 de novembro de 2013

40 horas

Toda a gente, da função pública ou "privada", já se deparou com os serviços públicos que não abrem cedo nem diligentemente, que fecham à hora do almoço, que fecham às quatro ou cinco da tarde e onde, mesmo que andem a trabalhar com afã, os seus funcionários se dão ares de quem se está completamente nas tintas para os seus "clientes" ou de quem está no intervalo das pausas para o café ou para o cigarro.
Pode não ser assim... mas é o que nós vemos, do lado de cá dos balcões e dos guichês. E apesar de a situação, nomeadamente quanto aos horários, se ter alterado um pouco nos últimos anos.
Quando os funcionários públicos recusam, por motivos que são só deles, as 40 horas de trabalho por semana e defendem os seus sacrossantos "direitos adquiridos" estão a dizer-nos, a todos nós, que é assim que querem que continue a ser.
Há um regime de trabalho na administração pública, consentido, bem defendido e melhor aproveitado. E, ninguém parece negá-lo, comparativamente bem remunerado.
E há outro cá fora, nas empresas, nas lojas, nos serviços do sector privado.
Digamos que é pena que os defensores da "igualdade" não reparem na diferença...

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O "meu" 25 de Novembro

Não é bem o meu 25 de Novembro de 1975, propriamente dito (o meu envolvimento nas peripécias dessa data foi mínimo), mas o modo como utilizei a data para uma história.
Em "Vermelho da Cor do Sangue" (a segunda história do inspector Joel Franco e a segunda, também, em que intervém o ex-KGB Ulianov), imaginei um golpe criminoso dado por três militares "revolucionários" para se apoderarem da pequena fortuna que a então União Soviética lhes quis dar para os ajudar a fazer "a revolução", à margem do PCP, que não era o destinatário exclusivo dos apoios soviético.
"Vermelho da Cor do Sangue" (ed. Asa, 2011, número 2 da mini-série "Não Matarás") ainda está à venda.



domingo, 24 de novembro de 2013

O duplo homicídio quase perfeito... ligeiramente imperfeito

A morte de uma mulher em Telheiras, à porta de casa, e de um homem em Oeiras, no estacionamento de um centro comercial, ambos a tiro e com a mesma pistola e na mesma noite de Fevereiro de 2008, podia ter sido o homicídio perfeito - nada havia que ligasse as duas vítimas, nada havia de comum entre elas a não ser as balas, seria quase impossível encontrar o autor... se é que era a mesma pessoa. E a investigação, na prática, deve ter mesmo parado.
Foi quando o homicida agora se entregou, a braços com os remorsos e com a arma utilizada nos dois crimes, que o caso ficou explicado: matou num lado, foi matar no outro e, pelo caminho, ainda andou aos tiros na rua.
As duas vítimas estavam, como se costuma dizer, nos locais errados nos momentos errados. Foram aquelas como podiam ter sido outras.
Estas circunstâncias e a quase impossibilidade de os crimes serem explicados sem suspeito e sem a arma foram suficientemente interessantes para eu utilizar este duplo homicídio na "vida anterior" (às duas histórias) de duas personagens dos meus livros "Morte com Vista para o Mar" e "Morte na Arena". 
Na vida real, os homicídios raramente parecem depender das maquinações muito complexas que ainda fazem as delícias de alguns autores de "thrillers".
Acontecem num momento e os culpados, até então pessoas normalíssimas, acabam muitas vezes por se entregar. É menos aliciante mas... é a vida. E até pode ser um crime perfeito. Este duplo homicídio tê-lo-ia sido se o criminoso, um homem aparentemente normal com algumas perturbações psicológias não fosse, como dizer?, um homicida pouco convicto. 
Este tipo de crime não deixa, no entanto, de ser um dos domínios onde o "thriller" contemporâneo tem avançado: as motivações, a transformação individual, o que leva alguém a infringir o mandamento social, religioso e político que decreta o "não matarás", a passar essa "linha vermelha", porque é mesmo necessário para a sua sobrevivência, porque houve qualquer outra coisa que lhe limitou as inibições, porque é um risco que se justifica quando os fins podem ser tão aliciantes.
É uma vertente da ficção "policial" que hoje se vai afirmando cada vez mais, o que também só demonstra a vitalidade do género, tanto na literatura como na televisão e no cinema.



sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Promessas...

 
A Câmara Municipal de Caldas da Rainha, já então dirigida pelo actual presidente, Tinta Ferreira, prometeu repavimentar totalmente esta rua há cinco (5) meses (150 dias).
A obra seria feita ... "no final do verão de 2013".
O Verão acabou há dois (2) meses (60 dias).
Faltam 40 dias para acabar o ano de 2013.
 


 
Recordando:
 
No que concerne à reposição total de pavimentos, a mesma ocorrerá na sequência do concurso aberto pela Câmara Municipal em 22/04/2013, denominado “Reparação de Vias na Zona Poente/2013 – Salir do Porto, Serra do Bouro, Tornada, Nadadouro e Foz do Arelho”, que se encontra em fase de apreciação de propostas, sendo previsível o início das obras de pavimentação no final do verão de 2013. - Esclarecimento da Câmara Municipal de Caldas da Rainha, 22 de Junho de 2013.




Eles riem-se... de nós?












quarta-feira, 20 de novembro de 2013

O meu "ranking" das melhores séries de TV (desde 2000)


Sofie Gråbøl em "Forbrydelsen/The Killing"

A ausência de um cinema de jeito no concelho para onde me mudei há alguns anos levou-me a prestar mais atenção às séries televisivas, beneficiando também de uma verdadeira época de ouro da produção de televisão (que não se reflecte, aliás, na ficção portuguesa).
Directamente dos canais por cabo ou por DVD (todos eles comprados, nunca nenhum oferecido) e nunca sem ter feito o respectivo "download", por questões de princípio e de viabilidade prática (até há pouco tempo a irrelevância do serviço de internet de "banda larga" estreita).
Ao cabo de algum tempo, já dá para fazer esta lista muito pessoal, que aqui deixo aos meus leitores, incluindo nelas séries produzidas depois de 2000 ou iniciadas antes e terminadas já neste século, com uma valorização que, no caso das séries ainda em exibição, pode vir a alterar-se.
Dividi-as por três categorias: as melhores de todas, as que já atingiram um nível de qualidade muito elevado e as outras que, não se enquadrando nesses dois patamares são, mesmo assim, muito interessantes, ordenando-as alfabeticamente.
Para quem preferir o sistema de estrelas, o equivalente poderá ser este: 5 estrelas, 4 estrelas e... 3 estrelas e meia (seguindo um critério norte-americano que também foi adoptado pelo falecido Roger Ebert).
 
 
As melhores
 
Breaking Bad (EUA, 2008)
Deadwood (EUA, 2004)
Forbrydelsen/The Killing (Dinamarca, 2007)
Game of Thrones (EUA, 2011)
The Sopranos (EUA, 1999)
Treme (EUA, 2010)
The Wire (EUA, 2002)
 
 
Quase tão boas como as melhores
 
Boardwalk Empire (EUA, 2010)
Damages (Sem Escrúpulos, EUA, 2007)
Engrenages (França, 2005)
ER (Serviço de Urgência, EUA, 1994)
House M.D. (EUA, 2004)
House of Cards (EUA, 2013)
Rome (Roma, EUA - Reino Unido, 2005)
Six Feet Under (Sete Palmos de Terra,EUA, 2001)
 
 
Muito boas
 
Borgen (Dinamarca, 2010)
Bron/Broen (Dinamarca-Suécia, 2011) 
Downton Abbey (Reino Unido, 2010)
The Good Wife (EUA, 2009)
Justified (EUA, 2010)
Mad Men (EUA, 2007)
NCIS (Investigação Criminal, EUA, 2003)
Sherlock (Reino Unido, 2010)
Southland (EUA, 2009)
The Walking Dead (EUA, 2010)
 
 
Os anos indicados referem-se aos anos de início de cada série.
Quase todas foram exibidas, ou ainda estão a ser, nos canais portugueses. Só um número muito restrito é que teve títulos em português.
No canto superior esquerdo deste blogue há um pequeno espaço em branco com uma lupa estilizada onde o leitor poderá inscrever o título da série e ver o que escrevi sobre ela.
O site International Movie Database (www.imdb.com) fornece (quase) todos os pormenores sobre cada uma delas. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Incúria criminosa: a sinalização horizontal... que não existe mesmo

O vereador Hugo Oliveira, da Câmara Municipal de Caldas da Rainha (que, pelos vistos, deve sair pouco da cidade), escreveu num fórum do Facebook (aqui, para quem tiver conta) o seguinte: "Mais ainda aceito e convivo muito bem com a crítica mas já não sou tolerante com a falta de dignidade e desrespeito como vi há pouco tempo com um post referindo um traço continuo. Não posso aceitar tamanha falta de sensibilidade e de respeito". E, antes destas palavras, decidiu ir por aqui: "a falta de chá e de verdade do senhor em causa..."
O vereador não gostou, parece, deste meu comentário sobre um acidente na via entre a Zona Industrial, que provocou um morto:

Na estrada que vai da cidade para a Zona Industrial e que depois continua para a via rápida que segue para a Foz do Arelho não há, praticamente, traço contínuo nem traço descontínuo.
Há zonas (e o local onde precisamente ocorreu o acidente permite essa dúvida) onde a sinalização desapareceu. E nunca, que me lembre, vi quaisquer trabalhos de repintura da sinalização.
Não há "requalificação" que ali chegue, não há a menor preocupação com a segurança de quem anda na estrada.

E, não tendo gostado (porque ele punha em causa directamente a Câmara Municipal), o vereador parece ter querido negar o evidente.
O evidente, neste caso, é a sinalização horizontal.
Em geral, ela quase não se vê por a tinta ter praticamente desaparecido sem que nenhuma entidade pública tenha ido fazer o óbvio: pintar outra vez a sinalização. Deve haver regras para o tipo de visibilidade que a sinalização horizontal deve ter.
Mas há uma situação mais grave. Numa zona de atravessamento com três espaços comerciais (nos dois lados da via), a sinalização inexiste e o motivo está bem à vista: houve uma obra qualquer na via que terá sido feita, foi acrescentado alcatrão... e o traço central (contínuo? descontínuo?) ficou por pintar. Os serviços da Câmara Municipal de Caldas da Rainha fazem isto por todo o concelho. Mas aqui... é excepcionalmente perigoso.
Está aqui tudo bem à vista e só não vê quem não quer (ou quem não passa por esta via):
 
 
Feita a obra, a sinalização ficou por pintar.
 Deve ter sido mais uma inteligente intervenção dos Serviços Municipalizados.


Será que o vereador pensa que quem circula nesta via vai parar
 para se certificar do tipo de sinalização que existe
e só depois seguir viagem?
 
 
De quem será a falta de sensibilidade e de dignidade e o desrespeito senão da entidade que tem a obrigação de zelar pela sinalização horizontal que talvez, para já, poderia ter salvo uma vida?
Já agora, o acidente foi este, como o "Jornal das Caldas" noticiou na primeira página no passado dia 6 de Novembro:
 
 
 
 
À entidade responsável pela manutenção desta via poderão ser pedidas responsabilidades pelos lesados? Espero que sim...
 
 
 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Pôr lá é giro mas tirar já dá muito trabalho...

Na chamada "Rotunda da Greenhill", em Caldas da Rainha, mantém-se em local bem visível esta faixa de plástico amarelo que ocupou indevidamente a via pública para publicitar uma coisa que, entretanto, já passou.
Deve dar muito trabalho a retirar.
 



Ou, então, inspiraram-se no belo exemplo que o Bloco de Esquerda deu, nas eleições autárquicas deste ano, colocando uma faixa noutra rotunda mais abaixo... sem depois a tirar.
E onde ainda se encontra.




É uma verdadeira competição de falta de civismo entre os que põem e os poderes públicos que se estão alegremente nas tintas para tudo isto e que, por omissão, parecem ser defensores entusiasmados da valorização do lixo.






Obras públicas com segredos?

Cinco (5) meses depois de ter sido concluída a instalação de uma conduta nova nesta espécie de rua da freguesia da Serra do Bouro, dois (2) meses depois da data prometida para a repavimentação do que há dez (10) anos chegou a ser uma rua asfaltada e depois de cinco (5) tentativas de taparem buracos com terra numa rua em declive em época de chuva em quatro (4) semanas, estão agora a ser feitas estas caleiras, para a água da chuva não ter de invadir a estrada.


 
 
Se esta obra não estava prevista inicialmente houve, pelo absoluto desconhecimento do local, incompetência grosseira.
Se ela estava prevista e só agora foi feita, seria interessante saber porque é que demorou cinco meses a concretizar-se.
E, já agora, se está terminada, porque há dois que não se verifica qualquer actividade embora tenham ficado para trás mais sinais de obras.
Aliás, também seria conveniente saber quanto é que custaram as tentativas de tapar os buracos com terra e quanto é que custa a obra das caleiras.
A prática da Câmara Municipal de Caldas da Rainha faz pensar que se não divulga estes elementos é porque despreza a população. Mas também será legítimo pensar que pode haver alguma coisa a esconder...

domingo, 17 de novembro de 2013

"Assim se vê a força... de quê?"


É este o título do meu artigo no número 9 do e-magazine "Tomate", que pode ser encontrado aqui.
Um excerto do meu texto, sobre o declínio dos protestos da "esquerda", que pode ser lido aqui na íntegra:
 
(...) O que tudo indica é que há uma quebra na contestação e na mobilização popular contra a austeridade.
E a “esquerda” da berraria tem responsabilidades nesta degeneração.
A oito meses da saída da “troika”, perante as dificuldades que continuarão durante os próximos anos e a perspectiva de um governo, mesmo do PS, que a partir de 2014 ou de 2015 vai ter de manter as medidas de austeridade, já se pode perguntar: com o esgotamento da contestação e das greves gerais, resta o quê? A insurreição armada? Os motins nas ruas? Carros e casas a arder e pedras contra a Polícia, como na Grécia?
Talvez se consiga ter uma resposta a partir de Janeiro, quando começar o “estágio” para o 25 de Abril e o 1.º de Maio.
 

"Divergente" - o filme-anúncio

Já está disponível o filme-anúncio de "Divergente", o filme baseado na trilogia da jovem americana Verónica Roth.
 
 
São dois minutos e meio que ilustram muito bem o ambiente da história, que começou a ser editada em Portugal pela Porto Editora, com "Divergente", "Insurgente" (ambos traduzidos por mim) e, no próximo ano, "Allegiant".
Os pormenores sobre o filme podem ser encontrados aqui.
Com estreia já marcada para Março de 2014, não parece, no entanto, garantida a sua exibição em cinema em Portugal.

sábado, 16 de novembro de 2013

Regresso a Os Queridos

Gosto do restaurante Os Queridos (um dos dois que frequento com alguma regularidade na Tornada) mas deixei de lá ir há seis meses.
Fiz aqui uma referência à minguada lista de vinhos e ao aumento dos preços da lista e disse que lá voltaria.
E foi o que fiz ontem. A situação mudou, felizmente: a carta dos vinhos aumentou, e parece ter voltado o desejo de promover o vinho, com garrafas à vista (essencial para a escolha) e preços muito mais razoáveis e o bem escolhido, em geral, "vinho da semana".
Triunfou o bom senso, no que é um bom exemplo que bem podia ser seguido por muitos outros restaurantes.
Portanto, regresso aos Queridos.

O meu helicóptero e o "Sempre Fixe" das Caldas

Eu gostava de ter um helicóptero para me deslocar a Lisboa com mais facilidade e, já agora, um iate na futura marina de Óbidos. A "Gazeta das Caldas" gostava de ser o "Sempre Fixe" da Lisboa de 1974-75 nas Caldas da Rainha de 2013.
A diferença é que eu sobrevivo sem o helicóptero e o iate.

Independentes: pequenos triunfos, grandes derrotas...

Os pequenos triunfos dos movimentos independentes nas eleições autárquicas podem transformar-se em grandes derrotas se os seus activistas não perceberem que têm de manter uma intervenção mais permanente, mais atenta, mais rigorosa e, sobretudo, muito mais visível, sem darem uma única oportunidade que seja aos seus adversários políticos (o adversário principal é o partido que ganhou as eleições e o adversário secundário são os outros partidos e os seus representantes).
O período da campanha eleitoral foi sem dúvida exaltante mas esse grau de intervenção tem de ser mantido, e aprofundado, custe o que custar.
De outro modo, o esforço terá sido inútil e os eleitores que os apoiaram também darão os seus votos por inúteis.

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Paga e não bufes...

Num pequeno papel A5 e estranhamente sem data, "Fernando Manuel Tinta Ferreira, Dr" (é assim mesmo que está no papel e respeito a coisa), também conhecido por presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha fez saber aos residentes e comerciantes da esventrada Avenida 1.º de Maio, que não conseguem estacionar nem chegar às garagens dos seus prédios, que podem ir alojar-se para o estacionamento do Centro Cultural ao preço de 20€.
Preço que é, no tom magnânimo como é apresentado, quase uma esmola porque, salienta "Fernando Manuel Tinta Ferreira, Dr", é "equivalente a 50% do valor previsto em Regulamento Municipal".
Não diz, claro, se os 20€ são por dia, semana, mês... ou durante o período de duração das obras de esventramento.
Este pronunciamento em jeito de paga-e-não-bufes, como se tivessem sido os interessados no estacionamento a quererem as obras, não surpreende.
Ganhas as eleições, "Fernando Manuel Tinta Ferreira, Dr" não precisa de ganhar votos e pode impor o que quiser.
Não surpreende, também, que não se ouça qualquer protesto das oposições. Por agora não precisam de votos.
O que realmente surpreende é a mansidão com que as obras, cuja utilidade se não compreende, e os seus muitos incómodos são aceites, sem um pio de revolta ou desagrado, por parte dos caldenses afectados.
Aceitam isto, aceitam tudo... e depois votam, felizes da vida, no "Fernando Manuel Tinta Ferreira, Dr". É bem feito...


"Fernando Manuel Tinta Ferreira, Dr" lá ao fundo no seu castelo - a cidade é dele

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

A Lagoa do Lixo, a porcaria e a falta de vergonha



É assim que nascem as lixeiras: primeiro despeja-se uma porcaria, depois vai-se paulatinamente despejando o resto.
Ao sofá, na margem caldense da Lagoa de Óbidos (que fotografei e aqui divulguei pela primeira vez em 21 de Outubro - há 24 dias, portanto), juntaram-se uns garrafões de água vazios. Agora há uma colecção de destroços de ferro e de madeira. A seguir virá mais qualquer coisa e a Lagoa de Óbidos ganhará uma lixeira.
Mas, pelos visto, ninguém se importa.
A Câmara Municipal está-se completamente nas tintas... e a recolha dos lixos volumosos é da sua (in)competência.
A Junta de Freguesia local (Foz do Arelho? Nadadouro?) também faz que não vê.
Os políticos, que antes das eleições de 29 de Setembro andaram em acções populistas na Lagoa e noutros locais, andam desaparecidos em parte incerta.
Há, nisto tudo, uma falta de vergonha que é de assombrar.
E uma completa inconsciência. Ninguém percebe que, com estes e outros exemplos, as entidades que podem determinar e pagar o desassoreamento da Lagoa têm os melhores argumentos para nada fazerem?
Perante um concelho onde o lixo se transforma, diariamente, numa espécie de bandeira das "dinâmicas" novas e velhas, quem é que vai importar-se com as porcarias de todo o género se não forem os caldenses?

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Revelação exclusiva: o sofá é para os políticos de Caldas da Rainha

Segundo revelou a este blogue uma fonte próxima do Sofá da Lagoa de Óbidos e Foz do Arelho, o propósito deste elemento de mobiliário urbano é servir os políticos caldenses.
Em vez de irem andar de barco para a Lagoa de Óbidos ou de escolherem locais de terra mais ou menos firme sem vista para a água, podem utilizar o sofá para os seus encontros com os jornalistas.
 
 
 
 
O Sofá da Lagoa de Óbidos e Foz do Arelho, segundo a mesma fonte, apresenta quatro vantagens excepcionais: serve só para uma pessoa se sentar, permitindo que fique bem claro quem é o chefe; dada a posição em que o móvel se encontra, o chefe ficará sempre iluminado pelo sol, o que é ideal para as fotografias; os jornalistas ficarão de costas para a Lagoa e continuarão a não ver a porcaria que nela existe nem a reparar no seu assoreamento; o serviço do sofá é prestado com abastecimento de água potável (como, aliás, se pode ver).

Como se promove o turismo em Caldas da Rainha





Projecto de folheto de promoção turística, de autoria desconhecida, na perspectiva de que a Lagoa de Óbidos (como o nome indica) é de Óbidos mas de que os turistas que, com sorte, se deslocarem a Caldas da Rainha poderão ver a Lagoa... não por um canudo mas confortavelmente sentados neste sofá na margem caldense, de utilização inteiramente gratuita. O aspecto "naif" da coisa tem por base a ideia de que Óbidos (graças ao chocolate, ao castelo, ao Mercado Medieval e ao golfe) consegue atrair todo o tipo de turistas e de que a Caldas da Rainha só lhe resta o "turismo de pé descalço".

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Sofia Teixeira (Morrighan) gostou de "Morte com Vista para o Mar"

 
Sofia Teixeira, a autora e dinamizadora do popular blogue Morrighan, gostou de "Morte com Vista para o Mar". Um excerto da sua opinião, que pode ser lida aqui na íntegra:
 
As componentes política e social, com abordagem ao crime capital, ao papel de blogues anónimos e ao perigo que existe em tentar contrariar magnatas sem escrúpulos, estão muito bem exploradas. Ler um policial escrito por um português em terras lusas foi sem dúvida uma experiência diferente e que quero voltar a repetir. As personagens são reais, bem caracterizadas e exploradas.
A escrita de Pedro Garcia Rosado é simples, fluida, visual e sem qualquer tipo de amortecimento no que toca a descrever cenários de violência. Um autor que conta já com nove romances publicados, tendo sido este o seu oitavo, e que deixou em mim a indelével vontade de ler Morte na Arena, o seu nono romance. Gostei.
 
 
 
 
 

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

O melhor símbolo para o turismo nas Caldas da Rainha: lixo

 
Isto ainda continua na Lagoa de Óbidos, na margem que pertence ao concelho de Caldas da Rainha e à freguesia do Nadadouro.



Deve ser difícil encontrar um símbolo mais apropriado para a perspectiva que esta gente tem do turismo.
As elites de Caldas da Rainha querem que o turismo se faça em termas fechadas, por via de uma via férrea que já não conta para a ligação à capital (e ao aeroporto mais próximo), com obras milionárias e sem sentido numa cidade sem capacidade de atracção, na atmosfera de cheiro a fritos das tasquinhas - o resto não existe, pode ficar transformado em lixeira.
Estas tristes criaturas não querem é turistas, não querem o dinheiro que eles podem trazer, não querem os empregos que a expansão do turismo cria. Um dia vão arrepender-se.
Só é pena que nessa altura Caldas da Rainha esteja irremediavelmente deixada para trás.

domingo, 10 de novembro de 2013

A transparência nas obras públicas e onze perguntas à Câmara Municipal de Caldas da Rainha

José Rafael Nascimento, no seu blogue De Tanto Estarem, faz oito perguntas sobre as actuais obras da Câmara Municipal de Caldas da Rainha:

- Para que serve cada uma das obras - designadamente as da Av. 1º de Maio - e como foram decididas?
- Que problemas resolvem e com base em que necessidades?
- Em que medida irão melhorar a vida dos cidadãos?
- O dinheiro gasto justifica os eventuais benefícios?
- Não havia outras obras mais prioritárias (porventura mais económicas)?
- As escolhas feitas foram correctas? Por exemplo, a melhor opção para a Av. da Independência Nacional era um parque infantil, com aqueles equipamentos e peças decorativas? Outro exemplo: A justificarem-se obras na Av. 1° de Maio, não teria sido preferível fazer um passeio largo ao meio com ruas laterais?
- Relativamente à adjudicação e execução das obras, prevaleceu e foi rigorosamente preservado o superior interesse público (p.e. nos prazos contratados e na calendarização das intervenções, de forma a reduzir os impactos negativos no trânsito e no estacionamento)?
- No que diz respeito às obras ainda não iniciadas, é possível rever os respectivos projectos?


Não são aspectos que preocupem muito as oposições instaladas "no status quo" caldense (PS, CDS e PCP) mas o seu esclarecimento, como anota José Rafael Nascimento, serviria para tornar mais transparente a gestão camarária - que, no caso do PSD caldense, é tudo menos transparente.
É de esperar que o MVC, agora com presença na Assembleia Municipal, comece a lutar por essa transparência.
A estas oito perguntas há entretanto que juntar outras três, que se referem a obras entretanto iniciadas em vários locais (como no Campo e na Serra do Bouro):

- Os respectivos concursos públicos ou ajustes directos foram feitos nos 180 dias anteriores ao dia 29 de Setembro (dia das eleições autárquicas) ou depois dessa data?
- Quais as empresas que concorreram e/ou que foram selecionadas/ou directamente contactadas?
- Qual o valor destas empreitadas, por obra e empresa?


A transparência também deve abranger o relacionamento entre os partidos (nomeadamente o PSD do actual presidente da Câmara, Tinta Ferreira), o poder local e os cidadãos, independentemente (ou não...) das áreas económicas em que exercem a sua actividade profissional e/ou empresarial.

 

 

sábado, 9 de novembro de 2013

Mais TOCs do que menos IVA...

Parece-me que, mais do que a baixa do IVA, aquilo de que o sector da restauração precisa é de técnicos oficiais de contas que sejam competentes.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

A dinâmica da incompetência: às mijinhas




A construção da caleira, a que ontem me referi, e que foi uma empreitada não prevista (é por estas e por outras que as despesas com as obras públicas derrapam), não resolve o problema.
Esta estrutura ajuda a água da chuva a escorrer mas não tem a dimensão adequada para escoar a enxurrada que vem do nível mais elevado sempre que chove durante mais tempo ou com mais força. A uma situação de declive extraordinária foi aplicada uma solução padrão e o que parece ganhar-se na visibilidade perde-se na eficácia.
A terra acumulada (resultante das numerosas tentativas de bloquear com terra a passagem descendente da água da chuva) e a que vem de cima vai continuar a deslizar pela rua, que é sempre a descer.
Por outro lado, os buracos abertos no alcatrão tendem a alargar-se.
A "repavimentação" prometida há cinco meses pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha do "dinâmico" Tinta Ferreira para o "fim do Verão" de 2013 é que teria resolvido o problema, pelo menos por alguns anos.
Só com esta pequena intervenção, a cargo de uma segunda empresa contratada para o efeito, o problema não fica resolvido.
Enquanto estas coisas forem feitas assim, às mijinhas, pouco muda. E disso iremos dando notícia.

A Polícia do pensamento ao ataque

Nunca li nada de Margarida Rebelo Pinto e não aprecio o género. Muito menos sei quem é Bruno Nogueira. 
Se bem percebi, a primeira disse qualquer coisa na televisão sobre os críticos da austeridade financeira e isso bastou para que o segundo lhe chamasse "merda" e muito boa gente que repreenderia filhos e/ou alunos se dissessem "merda" em casa ou na aula desatou logo a bater palmas com as mãos todas.
Esta gente que se acha "de esquerda" não consegue mesmo alijar a sua intolerante mentalidade de polícia. De polícia do pensamento, por enquanto...

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A dinâmica da incompetência: a incúria do desperdício

Depois de meia-dúzia de tentativas idiotas feitas em pouco mais de um mês de suster água da chuva numa rua de inclinação muito acentuada com terra solta, a Câmara Municipal de Caldas da Rainha acabou por ceder à realidade e mandar fazer uma via de escoamento da água ao longo do declive.





Isto aconteceu hoje, cinco meses depois de esta rua da Serra do Bouro ter ficado ainda mais esburacada e com menos alcatrão para ser substituída a apodrecida canalização da rede pública de água.
Em Junho, depois de terminada a instalação da conduta, a câmara prometeu a "repavimentação" no fim do Verão.
O que fez foi mandar atirar terra para os buracos, por várias vezes, desperdiçando o dinheiro público e enchendo esta rua quase destruída numa estrada que acabou por ficar coberta de lama grossa.





Não se sabe se isto terminou, se é desta que avança a tal "repavimentação", se fica assim e depois logo de vê. Mas percebe-se como a arrogante e pouco verdadeira Câmara Municipal de Tinta Ferreira acabou por ter de ser obrigada a perceber que a água da chuva cai mesmo para baixo e que a terra empurrada pela chuva também desliza para baixo. Aparentemente nunca tinha percebido.


(Neste blogue fiz numerosas referências a esta situação, documentando-a com abundantes fotografias que deviam fazer corar de vergonha os "responsáveis" da Câmara Municipal de Caldas da Rainha e os seus amigos das empresas de construção civil. O que publiquei, e que foi muito lido no edifício da câmara, contribuiu para que a situação começasse a ser resolvida, para bem de quem mora na povoação que a rua atravessa.)








A dinâmica da incompetência: a incúria da porcaria




Este sofá encontra-se na margem do Nadadouro da Lagoa de Óbidos desde pelo menos 21 de Outubro. Ou seja, há dezassete dias.
Nunca lá devia ter sido posto, claro, mas a atitude de pura e simples negligência que permite a alegre distribuição de lixo por todo o concelho de Caldas da Rainha permite (e estimula) isto e muito mais.
Depois não há Câmara Municipal nem junta de freguesia nem um qualquer grupo de voluntários dos que andaram em limpezas públicas durante a campanha eleitoral que se ocupem da simples remoção deste destroço.
É uma atitude de incúria que confirma o triste futuro desta terra: só a cidade, também ela desprezada e maltratada, é que conta; o turismo é uma coisa que nem se quer por perto; e a Lagoa de Óbidos não é mesmo para salvar, para reabilitar ou para "requalificar" (o palavrão mágico que serve para embelezar toda a espécie de incompetências).

A dinâmica da incompetência: incúria assassina

 
"Jornal das Caldas", 6.11.13

O acidente que no passado domingo matou um motociclista e feriu a condutora do automóvel em que a mota embateu, na Zona Industrial de Caldas da Rainha, podia ter sido evitado.
Ou, pelo menos, podiam ter sido criadas as melhores condições que a lei prevê para que ele fosse evitado.
Na estrada que vai da cidade para a Zona Industrial e que depois continua para a via rápida que segue para a Foz do Arelho não há, praticamente, traço contínuo nem traço descontínuo.
Há zonas (e o local onde precisamente ocorreu o acidente permite essa dúvida) onde a sinalização desapareceu. E nunca, que me lembre, vi quaisquer trabalhos de repintura da sinalização.
Não há "requalificação" que ali chegue, não há a menor preocupação com a segurança de quem anda na estrada.
Não sei se a competência para repor a sinalização é da Câmara Municipal ou de qualquer outra entidade administrativa mas sei, porque ali passo com grande frequência, que a zona é de alto risco e só é de estranhar que, nesta como noutras matérias, não haja órgão de poder local ou qualquer outra entidade que, voluntariamente ou porque é o seu dever, se chegue à frente.
Pode haver manobras imprudentes mas a incúria consegue, neste caso, ser mais assassina do que qualquer manobra imprudente.




Uma bizarra dualidade de critérios

O Zé diz ao António que não deve tomar a decisão A e diz que se ele o fizer será negativo. A Maria acha que o António deve tomar a decisão A e diz que será negativo se ele não o fizer.
O Zé e a Maria têm o direito de dizer o que pensam e o António tem o direito de tomar a decisão A, ou de não a tomar.
Qualquer pessoa minimamente inteligente dirá que isto é natural e, concordando com a posição da Maria, não dirá, numa postura de honestidade intelectual, que a opinião do Zé é ilegítima.
A polémica por antecipação sobre o que poderá decidir o Tribunal Constitucional (TC) sobre a futura lei do Orçamento de Estado para 2014 é isto: o Governo é criticado por pessoas que parecem ser minimamente inteligentes e intelectualmente honestas por dizer o que pensa; a "esquerda", a imprensa e os comentadores espontâneos e não espontâneos dizem que a opinião do Governo é ilegítima por ser uma "pressão" sobre o TC mas acham que as oposições já têm todo o direito de dizer ao TC que não deve aprovar a futura lei do Orçamento de Estado para 2014.
Há aqui uma dualidade de critérios que devia pôr muita gente a corar de vergonha...

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Parvoíces sem terceira roda


Relação entre automobilista e ciclista? "É a mesma de um serial-killer com a sua vítima"

A "dinâmica" do PSD das Caldas: uma diarreia de terra

 
A colocação teimosa de terra em buracos de uma rua em plano inclinado (cuja "repavimentação" foi prometida pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha para o fim do Verão... que já passou) deu também a este fenómeno: o imparável deslizamento dessa terra pela rua abaixo.
Por uma rua que já o foi, com alcatrão, e que é agora uma estrada de terra batida... e de lama.
O resultado, adubado pela chuva miudinha que tem caído, é uma pasta uniforme de lama, onde se afundam e deslizam pneus e sapatos, que já nada consegue limpar.
Parece uma vaga de diarreia, espessa e... com uma dinâmica própria.
Mas talvez não se possa esperar outra coisa da câmara que foi ganha por um PSD que, tendo anunciado uma "nova dinâmica", só consegue obrar isto...



Para pôr o lixo no lixo é necessário passar pela lama. 
O melhor, portanto, talvez seja atirá-lo de longe para o contentor.
Ou largá-lo no chão



É evidente que se a rua tivesse sido "repavimentada" logo a seguir às obras em Junho
deste ano, mostrando a Câmara de Tinta Ferreira algum respeito por quem aqui mora,
isto já não teria acontecido

terça-feira, 5 de novembro de 2013

À distância é mais... seguro

Gostava de ver as pessoas que são tão lestas a comentar a política nacional (muitas vezes em termos que fazem pensar que elas nunca aprenderam a comer à mesa) a fazer o mesmo quanto à política local.
Mas à distância é que é bom.
Ou melhor: é mais... seguro.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A obra dele...


Lá ao fundo, talvez a dizer: "a cidade sou eu"
 
O edifício que se vê ao fundo é o da Câmara Municipal de Caldas da Rainha e é no seu último andar, devidamente assinalado, que mora um homem feliz.
Chama-se Tinta Ferreira e é presidente da câmara, cargo para o qual foi designado herdeiro de Fernando Costa e de que depois se apossou nas eleições de há um mês.
Calculo que, do seu sítio, Tinta Ferreira se derrama de felicidade por poder ver os passeios mais largos da avenida principal da cidade, a Avenida 1.º de Maio.
Iniciada ainda no Verão, a obra vai prolongar-se (oficialmente) até Janeiro. Com as chuvas deve ser até muito depois disso. E vai custar 10 milhões de euros. Ou seja: 10 000 000 de euros.
Não se fazem obras noutros pontos do concelho (já nem falo na ex-rua onde vivo, que ia ser repavimentada até ao fim do Verão e que agora é um caminho largo de terra batida, quando não de lama) mas há dinheiro para estas obras.
O seu propósito, porém, é indefinido.
Percebe-se apenas que os passeios ficam mais largos.
É uma tentação que excita os presidentes das câmaras. Como não precisam de utilizar carro próprio, as dificuldades de circulação do trânsito e do estacionamento são-lhes alheias. Não percebem que as pessoas não precisam de mais um metro de passeio. Precisam é de ter boas condições de mobilidade. E de estacionamento. Claro que, assim, não há. Mas tranquilizem-se os visitantes, os que querem fazer compras e os moradores que haverá um estacionamento subterrâneo ali perto... em Dezembro de 2014.
De costas voltadas ao resto do concelho, a elite citadina de que Tinta Ferreira é um extraordinário exemplo dedica-se a estas obras inúteis em tempo de austeridade e esquece o resto.
Que interessa captar turistas, atrair compradores para o comércio local, limpar a cidade e o resto do concelho, assinalar os locais de interesse se o que é essencial é o que fica à vista e aquilo que o actual presidente da câmara irá deliciar-se a contemplar pelos próximos quatro anos?
É pena é que depois fiquem aqueles pormenores que nunca se resolvem.
Por falta de rigor, de dinheiro ou por esse "estar-se nas tintas" que tão bem caracteriza os burocratas camarários, ou por simples desleixo. 
Houve outras obras nas proximidades, que roubaram espaço às vias de circulação e que também não parecem ter tido grande utilidade, onde se pode ver um pormenor como este que aqui se mostra.
Só que esta pequena miséria já não se vê do alto da Câmara Municipal...
 
 
Desleixo: caixas (de electricidade?) sem nada lá dentro,
tijolo nu e um tubo que não serve para nada