sábado, 6 de outubro de 2012

A perversão dos jovens adultos

A pensar no público dos “jovens adultos”, dos que já deixaram formalmente a adolescência aos que ainda se acham sem idade para a literatura e o cinema dos “crescidos”, o imortal Sherlock Holmes foi rejuvenescido num recente assalto da televisão britânica à criação de Sir Arthur Conan Doyle (com uma interpretação vagamente adequada de Benedict Cumberbatch). A série teve êxito, pelo menos em Inglaterra, e continua.
Nos EUA fizeram, de certa forma, pior: rejuvenesceram o adorável Hannibal Lecter e o seu primeiro adversário do FBI, Will Graham, e fizeram uma série televisiva que se estreia em 2013 com o título "Hannibal".
O escritor Thomas Harris, que explorou "ad nauseam" a personagem que criou com tanta originalidade, não se deve ter importado com este acto de perversão criativa, depois do pântano que foi a história (com o modesto título de "Hannibal") com que quis explicar as origens do Dr. Lecter.
Enfim, já lá vão os tempos de Michael Mann, Jonathan Demme, Brian Cox, Anthony Hopkins, Jodie Foster e, até, Ridley Scott.
 
 

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