quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Incompetência, incúria e desprezo pelos contribuintes na Serra do Bouro (24): "embelezamento" zero

Dizem-nos que existe uma tradição de cerâmica neste concelho e eu acredito, pelo pouco que tenho visto e pela recordação do que se podia ver do trabalho de artesãos e da herança das grandes fábricas. 

O que não vejo, à excepção da piroseira em que está transformada a "rota bordaliana" é qualquer intervenção das entidades públicas locais a divulgarem esse potencial criativo. E, às vezes, desde que haja inteligência e bom gosto, não é preciso muito. Nem, sequer, gastar muito.

Ficando-nos, como é a intenção destes apontamentos, pela Serra do Bouro, reparem no que é possível encontrar aqui, em casas desta freguesia.






São obras de arte? Ganharão prémios? Serão de artistas famosos. Não parece ser o caso. Mas são exemplos de criatividade e de arte popular que registam aspectos da vida quotidiana, neste caso associada às actividades agrícolas.

Um destes painéis parece estar salvaguardado num muro que talvez não vá abaixo, mas os outros fazem parte de uma construção (que talvez fosse uma adega) que não me parece vir a ter vida muito longa.

Neste mesmo local existe um chafariz público. Degradado e feio.





Porque é que a pomposa União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro não contrata um painel de azulejos a um dos artesãos da cerâmica para dar a este chafariz um aspecto condigno e, com ele, evocar a tal tradição cerâmica? E "embelezar" o local? 

Não se sabe. O que se sabe é que a criatividade desta gente anda, como sempre andou, muito por baixo, muito rasteirinha. E que o "embelezamento" defendido pelo ainda presidente da coisa não passa disto...



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