Urbanisticamente, a regra é a balda. A Câmara Municipal de Caldas da Rainha, que, mesmo que só para fins propagandísticos, se mostra embevecida pelas artes e pela criatividade, deixa que campeie o desordenamento urbanístico.
Nem é só aqui. É pelo concelho todo. Não há um conceito arquitectónico. Não há uma ideia de identidade arquitectónica e/ou visual. Cada um faz como quer e pode. E o que fica é um concelho onde o respeito (que nem é obrigatório) pelos estilos tradicionais só existe por capricho individual e onde tudo se pode fazer à balda, sem qualquer penalização.
Tomemos estes exemplos, na Serra do Bouro.
Perdida numa zona mais recôndita, esta casa parece estar a ser reconstruída, e ampliada, com aparente respeito pelo estilo "clássico".
Não será, seguramente, um mamarracho.
Isto é um mamarracho, uma aberração, uma obra que nem parece ter fim à vista. Depois da falência da empresa original, tem sido agora o comprador a fazer a gestão da obra, que parece querer transformar em monumento ao dinheiro de que dispõe, fazendo acrescentos caprichosos.
O fim será um amontoado de caixotes inestéticos e chocante.
Não se sabe é quando.
Este caixote de madeira continua onde o puseram, montado numa elevação de terreno, depois de obras não autorizadas que terminaram em Outubro do ano passado.
É um símbolo da balda urbanística e um símbolo de impunidade.
Percebe-se, perante estes e outros casos, que bom gosto é coisas que não condiz com estas figuras...
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