As eleições autárquicas estão marcadas para dentro de 48 dias. Este ano, pelo que se vai percebendo, haverá, pelo menos, sete listas de candidatos à Câmara Municipal e à Assembleia Municipal de Caldas de Rainha e muitas outras para algumas ou todas das freguesias ou dos seus sucedâneos.
Aqui, à Serra do Bouro, nada chegou. Há um ou dois placards num cruzamento próximo, mas nada se sabe, por aqui, de minudências como programas, intenções, promessas, compromissos ou outras coisas que, na realidade, de pouco servem. Não é que isso sirva para levar a votar os que não votam.
Nos jornais já vai aflorando alguma coisa e a edição da semana passada do "Jornal das Caldas" trazia um apanhado de noticiário e de fotografias, relativamente à coisa, que também não era motivador.
Do que aparece no texto, nada há que, verdadeiramente, mereça atenção.
Os programas vão-se copiando e todos sabem que quem vai ganhar (quem ainda vai ganhar, convém dizer) não precisa de programa porque nunca o cumpriria, limitando-se à gestão idiota e desinteressada das suas várias agendas. Quanto aos outros, batem sempre nas mesmas teclas, como neste caso se verifica na notícia relativa a uma das candidaturas.
Quanto às fotografias, a lógica é incompreensível.
Se a ideia é que os eleitores conheçam os candidatos, salvo se se presumir que todos nós temos de conhecê-los a todos, a ideia de apresentá-los com a estúpida focinheira é... de estúpidos. Há outros que são, felizmente, mais desempoeirados. Esses, pelo menos, e em teoria, deveriam ser bafejados pelos votos, só por esta atitude.
Nesta campanha, pré-campanha, ou seja lá o que for, há uma bizarria extraordinária: o candidato do PCP garante que o concelho "precisa de uma nova dinâmica".
Acontece que o slogan da "nova dinâmica" já tinha sido usado pelo PSD em 2013 e rapidamente deitado fora porque, na realidade, a gestão municipal do sucessor de Fernando Costa era, e é, tudo menos "dinâmica".
Ninguém percebeu o anacronismo, calcula-se.
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