sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Cenas da vida covidiana IV

 1. Os defensores (e praticantes) do "body count" mediático das mortes ditas "de covid" serão tão insensíveis que não percebam que, deste modo, ignorar os outros mortos todos (ataques cardíacos, cancros, etc.) é um verdadeiro ultraje à memória destes mortos e ao luto dos seus familiares?

2. Pensa, leitor, em todas as epidemias grandes e pequenas da História, dos vários surtos de peste (entre a Idade Média... e o século XX) ao Zyka no Brasil, passando pela sida e pelas várias gripes de origem animal: fazendo vítimas na proporção inversa da capacidade clínica e medicamentosa da civilização humana, elas foram sendo "absorvidas" pela espécie humana, que lhes sobreviveu. A imunidade de grupo é isto e nunca esteve dependente de vacinas de fabrico consolidado e de efeitos indiscutivelmente positivos (como foi o caso da bem-sucedida e útil vacina contra a varíola, por exemplo). Os "especialistas" de uma imprensa que se especializou em vender medo e os que prometem o Apocalipse de três em três meses, ajavardaram por completo o conceito da imunidade de grupo e desferiram golpes graves na ciência verdadeira.

3. Impressionam-me o modo convicto como as pessoas usam as máscaras quando as podem dispensar (ao ar livre, por exemplo) e como as impõem às crianças e a maneira resignada como as usam aquelas que, por motivos profissionais, as estão obrigadas a usar durante horas a fio. Acreditei que poderiam ser úteis, mas depois de ver como eram usadas e não usadas... desisti. Aliás, se as máscaras fossem tão importantes, não teria havido "2.ª vaga" e "3.ª vaga" e etc.

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