1 - No editorial do "Jornal das Caldas" ("JC"), a directora, Clara Bernardino, põe o dedo na ferida relativamente ao desgraçado período dos quatro anos que, na tradição portuguesa, impede qualquer órgão eleito de começar a funcionar em pleno assim que toma posse. É verdade para o governo central e para os municípios. Mas não é pior do que aqueles que querem fazer de conta que estão a entrar em cena pela primeira vez, como é o caso dos sucessores atirados para a ribalta pelos presidentes camarários cessantes com ar de virgens absolutas.
2 - O mesmo jornal dá conta da apresentação dos candidatos do PS nas freguesias. Mas Rui Correia, o extraordinário candidato do PS à Câmara Municipal, não fala das freguesias mas da cidade. Não admira, porque não parece mesmo querer conhecer o concelho,
3 - Luís Braz Gil, candidato do CDS à Assembleia Municipal, defende, e bem, um relacionamento mais rigoroso entre a Câmara Municipal e as juntas de freguesia em artigo pequeno mas certeiro também no "JC" com o título "O princípio da freguesia".
4 - O BE espraia-se em demagogia no mesmo jornal ("A porca da política é a política fácil"), dando destaque ao seu dirigente nacional João Semedo que, por estar a falar fora de Lisboa e talvez a pensar que tem por alvo uma população de gente inculta, exagera no disparate.
5 - Mas depois, surpresa das surpresas, o candidato do BE à Câmara, Carlos Corujo, diz algumas coisas bastante acertadas no que se refere à ligação entre a Caldas da Rainha urbana e a Caldas da Rainha rural, alinhando menos na demagogia política e mais numa perspectiva correcta de desenvolvimento. Só é pena que não seja mais claro quanto ao preço da água e não se refira ao mistério do empreendimento turístico do Plano de Pormenor da Estrada Atlântica.
6 - O Movimento Viver o Concelho (da candidata independente à Câmara, Maria Teresa Serrenho) começou com energia mas é um mau sinal que não consiga manter o site actualizado, deixando exclusivamente para o Facebook alguns apontamentos sobre o que anda a fazer.