Parei ontem por instantes na TVI24, num programa de debate (?) político onde, a certa altura, Constança Cunha e Sá (jornalista), Francisco de Assis (deputado, PS) e Fernando Rosas (ex-deputado, BE, ex-MRPP) contestavam todos ao mesmo um solitário Paulo Rangel (eurodeputado, PSD) que ia tentando dizer com alguma paciência o que pensava.
Não consegui ouvi-lo nem, tão pouco, ouvir o que poderiam ser as objecções dos outros três e desisti.
Isto que vi não é caso único, infelizmente. Os deputados e ex-deputados, dirigentes e ex-dirigentes, jornalistas e "especialistas" e uma tribo imensa de "tudólogos" parecem ter posto de parte qualquer tipo de interesse em permitir que os espectadores (que mal sabem quem eles são porque as televisões até já dispensam a identificação de quem fala) consigam perceber o que eles dizem.
Os debates (?) em que participam com frenesim estão a tornar-se verdadeiras sessões de sexo em grupo com pessoas que se satisfazem em delírios onanistas pela simples possibilidade de se ouvirem falar na televisão.
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