sábado, 6 de janeiro de 2024

CTT: P. N. Santos, o PCP e o BE querem que continuemos a ser reféns dos seus sindicalistas

 

O serviço postal é, em Portugal, um serviço péssimo. E não é de agora. 

Não tem a ver com a privatização da empresa. Tem a ver, pelo menos, com a existência de um contrapoder interno que tem como núcleo os seus activistas sindicais e que existe há mais de vinte anos e onde se juntam a fome, a vontade de comer... e a vontade de não trabalhar. 

É fácil, sem memória (ou por ilusão ou mentira) atribuir à nacionalização da empresa CTT a culpa de todos os seus males. Mas os problemas vêm de muito antes e, para o leitor interessado, o seu registo (como cliente contrariado e à força dessa empresa) está aqui, com todos os pormenores relativos ao abominável serviço prestado pela empresa CTT, que é tão mau neste concelho (Caldas da Rainha) e nas suas zonas rurais como mau era nos subúrbios de Lisboa onde morei (Amadora), até há vinte anos

Correspondência atrasada, desviada e por entregar, correspondência violada, indisponibilidade para apoiar racionalmente os utilizadores e recurso quase indiscriminado à greve (contra os clientes da própria empresa, que não dispõem de alternativa) são características de um serviço cujos prestadores beneficiam de abonos e de subsídios (até para a "renovação da carta de condução"!...) que contribuam para tornar bastante mais elevadas as remunerações fixas.

O PCP e o BE, além da insistência paranoica na nacionalização de actividades económicas que só melhoram pela concorrência, têm núcleos fortes de activistas na empresa CTT, como sempre tiveram, e isso é o suficiente para quererem, indirectamente, controlar a empresa. Que, aliás, conseguem fazer com a chantagem das greves. 

O que recentemente se soube, sobre a entrada do Estado no capital da empresa CTT (sem qualquer motivo racional que o justifique), assumida pelo novo chefe do PS, mostra como aqueles que, mediante um golpe de Estado parlamentar, construíram a "geringonça" política, querem usar o Estado para seu próprio proveito e dos seus clientes político-sindicais.

Contra nós, o povo.



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