Este é um aspecto em que apetece ser-se pouco racional, mas é tentador dizê-lo: os vinhos dos anos ímpares da Quinta da Fata, cujos vinhos já são, só por si e em absoluto, ímpares (como aqui tenho salientado), são os melhores e os que se conhecem do ano de 2017 são um excelente exemplo.
Os que mais recentemente foram engarrafados são os tintos reserva e "colheita" desse ano.
O reserva, magnífico, foi feito com as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen e estagiou em barricas de carvalho francês e americano antes de ser distribuído por apenas 10 mil garrafas numeradas com uma graduação de 14% de vol.
Quanto ao "colheita", que à abertura da garrafa parece estar preguiçoso no gosto, tem a Touriga Nacional como predominante e partes menores de Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen com estágio de um ano em barricas de carvalho francês e 13,5%, e promete ser também um belíssimo vinho.
Por curiosidade, no que se refere ao ano de 2017, abri uma garrafa do branco, exclusivamente feito de Encruzado (com fermentação em inox durante cinco meses, 4100 garrafas numeradas e 13%) e dele o mínimo que se pode dizer é que... infelizmente, já não há mais!
E, já agora, nos tempos mais recentes não foi apenas o ano de 2017 a revelar-se muito auspicioso. Ainda cá estão, em excelente recordação e em garrafa, o Touriga Nacional - Talhão do Alto de 2015 e o Conde de Vilar Seco (a segunda edição depois da estreia do de 2010) do mesmo ano. E, com prova directa na adega em Junho passado, um Touriga Nacional de 2019, magistralmente promissor...
Todos os pormenores sobre a Quinta da Fata podem ser encontrados no seu site.
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