Aqui onde moro, numa povoação a que os serviços municipais pouco ligam, um vizinho fez uma obra de impacto público.
Numa rua de bermas mal cuidadas por esses serviços, e de obra deficiente (cortesia da construtora amiga do ex-presidente da Câmara Municipal), esse vizinho resolveu circundar as suas terras, que davam para essa mesma rua, com paralelepípedos em pedra, formando uma espécie de muralha que se prolonga por vários metros. O resultado é imponente e dá a esta modesta rua um aspecto completamente diferente e mais digno. De uma penada, o autor da obra mostrou que tem bom gosto e ofereceu à povoação uma rua nova, ou renovada.
Esperar-se-ia que a junta de freguesia (corporizada na União de Freguesias de Santo Onofe e Serra do Bouro) viesse acabar o trabalho na parte que lhe compete (as bermas) e, por exemplo, aproveitar esta obra para fazer um passeio. Aqui, como na generalidade das freguesias rurais, e onde há pessoas a andar a pé e por vários motivos, passeios são coisas que não existem. Mas isso já será esperar muito de quem se tem estado permanentemente nas tintas para as freguesias rurais.
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