Chocolate.
Compotas.
Mentolado.
Tabaco.
Couro.
Resinas.
Drops de morango.
Alfazema.
Rebuçados e drops.
Notas medicinais.
Iogurte de frutos silvestres.
Ervas secas.
Apimentado.
Notas iodadas.
Eucalipto.
Rebuçado de morango.
Estes são apenas alguns dos sabores atribuídos a várias dezenas de vinhos tintos nas respectivas "notas de prova" que ocupam doze páginas de uma revista ("Revista de Vinhos", n.º 293, Abril 2014).
É possível que haja algum motivo científico, ou técnico, para atribuir sabores alheios a vinho mas há qualquer coisa de absurdo nisto.
Aliás, conhecendo alguns dois vinhos citados, nunca lhes encontrei tão estranhas afinidades com sabores tão alheios. E repugna-me a ideia de estar a beber vinho que sabe a mentol, rebuçados, remédios, reinas ou ... iogurte de frutos silvestres!
Este tipo de escrita sobre vinhos parece-me tão apropriado como dizer que o filme "Lawrence da Arábia" é classificável como "torture porn" tipo "Hostel" porque há uma sequência de tortura em que a vítima é o próprio Lawrence ou que a série televisiva "Guerra dos Tronos" é como "O Grande Ditador", de Chaplin, porque tanto num caso noutro há engrenagens metálicas.
Mas moda é moda, claro.
Sem comentários:
Enviar um comentário