segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Piratas à solta

À procura de críticas portuguesas sobre o filme "A Gaiola Dourada" (lá iremos) encontrei um blogue onde a sua autora, pelo menos vagamente identificada, pergunta a quem lhe possa responder onde é que pode encontrar o filme na internet. Não no cinema, não na televisão, não em DVD.
A pergunta tem várias respostas, de pessoas que até dizem que a qualidade da cópia obtida por essa via é boa.
A isto chama-se roubo (de direitos de autor, para começar) e pirataria. Mas é comum. 
Há maneiras de o combater e nem todas elas pelos mecanismos punitivos que um ex-inspector da PJ conseguiu vender ao Estado português. Só que cá isso não acontece.
Assume-se que a pirataria é normal e que não faz mal nenhum.
Dos distribuidores às administrações e direcções dos jornais (que promovem tudo como "obras-primas da sétima arte"), passando por muitos realizadores e produtores que dependem dos subsídios e não do público e pelas carpideiras dos cinemas de arte e ensaio fechados, não se ouve uma palavra sobre o assunto.
E depois admiram-se de que a frequência das salas de cinema vá minguando e queixam-se da "crise", que serve para tudo.

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