Fui ao Bombarral para ver o XXIV Festival do Vinho Português e a XIX Feira Nacional da Pêra Rocha. A Mata Municipal não foi difícil de encontrar. A entrada para o "festival" e para a "feira" mostrava um acesso de terra escura e poeirenta e um letreiro a anunciar churros. Uma barraquinha com um escuteiro apresentava-se como "bilheteira".
Fui mas não entrei.
Levávamos connosco a nossa Joaninha, uma cocker spaniel preta e branca (oficialmente azul-ruão) com 50 cm de comprimento,16 cm de altura , uma boa disposição inesgotável e uma educação quase irrepreensível. E não entrámos. Porque no sítio não podem entrar cães. Nem valia a pena perguntar porquê. Voltámos para trás.
Ia preparado para comprar vinho e para jantar (duas pessoas ) no local.
Mas os nossos euros não ficaram lá. Nem nunca ficarão. O vinho português e a pêra rocha não merecem esta tacanhez de espírito - os resíduos de plástico podem ficar, os seres humanos podem urinar à vontade e cuspir para o chão mas os cães não podem entrar.
Há países civilizados que dão ao turismo (interno e externo) a atenção que ele merece e que sabem acolher todo o tipo de turistas.
A atitude de gente como esta para com pessoas acompanhadas de cães revela a sua verdadeira essência: uma abjecta falta de civilização. E uma absurda insensibilidade.
Que, aliás, é completada por entradas pagas que, manhosamente, nem sequer são citadas na publicidade à coisa. Se calhar por não pagarem impostos sobre essas receitas.
Aliás, por mim, não me importaria de ter pago entrada para a Joaninha. Eles ganhavam mais. Mas também não devem precisar do nosso dinheiro. Tal como eu não preciso deles para apreciar o vinho português e a pêra rocha. Portanto: bardamerda.
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