Fui ontem às tasquinhas da Expoeste, um imenso restaurante dividido por dezenas de colectividades e outras agremiações populares do concelho de Caldas da Rainha que é considerado pela Câmara e pela misteriosa entidade que é o Turismo do Oeste como o suprassumo da promoção turística.
Dei como habitualmente a volta aos pavilhões, à procura de qualquer peculiaridade gastronómica, e fui parar, também como habitualmente, à tasquinha do Arneirense, que é o que tem um serviço mais parecido com o de um restaurante normal e uma cozinha mais dinãmica.
O que me surpreendeu, nestes tempos de rigor fiscal, foi uma conta impossível de conferir que era apenas o papel que sai de uma simples máquina de calcular.
A visita à Expoeste foi, este ano, mais penosa.
O pavilhão absorveu o calor do dia e, combinado com a atmosfera sufocante de dezenas de cozinhas em funcionamento e o calor trazido por dezenas de visitantes, ficou criado um ambiente desconfortável. E nada bem cheiroso: ao cabo de uma hora já sentia a roupa a cheirar a fritos e nem sequer me encontrava numa das zonas mais expostas.
E os restantes pavilhões, representativos de diversas estruturas e actividades? Pois lá estão, poucos e sem grandes rasgos imaginativos e alguns dos que têm coisas à venda absolutamente desertos.
Incapaz de inovar, o certame das tasquinhas da Expoeste tornou-se desinteressante e desconfortável. Como, aliás, aconteceu - como aqui escrevi - com a degradação do Mercado Medieval de Óbidos, transformado agora em mais um recinto de tasquinhas.
Sem comentários:
Enviar um comentário