Uma das chaves de uma série de televisão de êxito é a existência de uma ou várias personagens capazes de prenderem a atenção dos espectadores (e, mesmo, de permitir que se identifiquem com ela, ou elas) durante as muitas horas de narrativa que se vão seguir.
Como em toda a ficção, os espectadores seguirão com interesse as peripécias, as aventuras, os dramas, os perigos e os humores de uma dada personagem. E de episódio em episódio, de temporada em temporada, renovam-se os laços de interesse.
É aqui que "The Walking Dead", nesta temporada (que fechou para um intervalo na semana passada), começa a falhar.
Depois de diálogos intermináveis e de não ter conseguido, com êxito, substituir a emoção da ameaça dos "zombies" por outros elementos de interesse, a narrativa dispersou-se por várias personagens, desviando-se da personagem fundamental que é o xerife Rick Grimes, que só parece servir para criar situações de clímax no final de cada temporada.
A sequência final do episódio da semana passada, com a morte da jovem Beth (situação apresentada como grande reviravolta), foi uma surpresa daquelas de encolher os ombros e de perguntar: que interessa?
E quando uma série chega a este ponto... que interessa, verdadeiramente, que continue ou que lhe ponham fim, ao começar a perder espectadores?
Com Rick Grimes (Andrew Lincoln) afastado do centro do palco e zombies já banais, "The Walking Dead" começa a decepcionar |
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