quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Era uma vez "uma pequena cidade"... que só tinha uma boa escola

"Pode ser surpreendente para o país que a escola pública com a média mais alta nos exames nacionais do secundário fique numa pequena cidade, com menos de 30 mil habitantes" - é assim que começa a notícia ("Chegou a hora de Caldas da Rainha") do "Expresso" do passado sábado sobre os "rankings" de estabelecimentos de ensino onde aparece em lugar destacado a Escola Secundária de Raúl Proença, na capital do concelho de Caldas da Rainha.
O tom vagamente surpreendido e até irónico desta notícia do "Expresso" revela a verdadeira imagem de Caldas da Rainha.
Bordalo Pinheiro? A tradição brejeira da cerâmica local? A frente de mar do concelho? A Lagoa de Óbidos? Não, a cidade de Caldas da Rainha não passa de "uma pequena cidade, com menos de 30 mil habitantes".
A educação é, tradicionalmente, uma zona de más notícias e um dos elementos que para isso contribui é, por exemplo, a sombra negra de um sindicalismo que se julga proprietário das escolas.
A boa notícia da Escola Raúl Proença tem um duplo mérito: reconhece o esforço dos profissionais locais e põe Caldas da Rainha (cidade mas também concelho) no mapa, mesmo que por pouco tempo.
Não há, por estas bandas, Câmara Municipal ou outras entidades públicas e privadas, que tenham conseguido fazer algo parecido nos últimos anos. E é por isso que Caldas da Rainha continuará sempre a ser "uma pequena cidade" sem mais nada que a distinga.
Mas deve ser o que querem os caldenses...
 
 
 
O presidente da Câmara (à direita): é tudo uma questão de imagem...
 


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