quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Ainda há vida inteligente no PSD de Caldas da Rainha

Já aqui me tinha referido ao extravagante empréstimo que os gestores do PSD da Câmara Municipal de Caldas da Rainha querem aprovar (Brincar à política à sombra de 2 milhões de euros), com uma certa complacência da oposição.
Há dois dias, o anterior presidente da câmara, Fernando Costa pronunciou-se no Facebook sobre a mesma situação e o que escreveu merece ser lido, e na íntegra.
Controverso, Fernando Costa foi, decididamente, melhor presidente do que o seu desastrado sucessor e herdeiro, demonstrando também que, apesar de tudo, ainda há vida inteligente no PSD caldense.

Eis o texto de Fernando Costa:


UM CONTRIBUTO PARA UMA MELHOR GESTÃO FINANCEIRA.
A Assembleia Municipal das Caldas Rainha vai votar a aprovação dum empréstimo de 2 milhões de euros, com um prazo de 10 anos. Antes, em 2014, contratou um outro de 2.4 milhões ...!!!!
Quem não conhecer a situação real financeira do Município, poderá pensar que estes empréstimos poderão resultar da situação financeira do anterior mandato: nada de mais errado.
De facto, a um de 1 de Junho,de 2013, dia em que deixámos a presidência da Câmara das Caldas, o Município contava com 5 milhões de euros em depósitos a prazo e 2.2 milhões de euros à ordem, dos quais ainda se conservam 3 milhões, em depósito a prazo..
Parece-nos errada a contratação deste empréstimo, nos seus diversos fundamentos, tanto mais que a taxa de juro que vai ser paga é três vezes mais alta do que a taxa de juro que a taxa de juro que o Município está a receber daquele depósito a prazo. !!!
Perante as dúvidas e perguntas que nos têm feito, e face a esta disparidade de taxas de juro, não podemos deixar de prestar este esclarecimento, convictos que estamos a defender os interesses dos Caldenses e ajudar a Câmara a fazer uma melhor gestão financeira.
A Câmara tem estado a aumentar a despesa corrente de forma preocupante , o que está obrigar ao recurso a empréstimos : é preciso muita atenção, pois os tempos são difíceis para os munícipes, que acabam por ter que pagar a factura !
LOURES e muitos outros municípios seguem em caminho contrário: reduzem a despesa corrente e a dívida para aumentar o investimento e baixar impostos aos munícipes .
Não se devem comprar terrenos por alto preço e vender outros muito baratos, geradores de desequilíbrios financeiros evidentes.!!!
Do mesmo modo, há que ter cuidado com os custos dos festivais, ainda que louváveis e, até, vantajosos para o concelho. Só um exemplo : aumentar em seis vezes o subsídio à organização privada do festival do Cavalo Lusitano, parece-me injustificável , ou seja de 12.500 euros( 2011) para 75.000 euros(2016), para não falar dum fotógrafo, em avença, que ganha perto de 100 euros por hora de efectivo trabalho...!
É preciso rigor e ponderação para evitar derrapagens:
É UMA OBRIGAÇÃO DE TODOS NÓS, AUTARCAS, DE TODOS OS PARTIDOS E EM TODOS OS MUNICÍPIOS .

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