Equipamentos para a prática livre de exercício físico, dois parques de merendas, um conjunto de zonas desportiva e zona verde para crianças e adultos, um fontanário, obras no parque de recreio de uma escola básica, iluminação e sinalização de rotundas e duas zonas (em meio urbano) para projectos agrícolas dos cidadãos - é este o resultado do Orçamento Participativo, ainda de 2014 e de 2015, em Caldas da Rainha.
Estas intervenções urbanas fazem em geral parte das competências municipais (Câmara Municipal e juntas de freguesia), embora se possa admitir, com alguma maleabilidade, que não lhes caberia arranjar espaços para hortas e pomares a explorar, supõe-se que para uso próprio, pelos cidadãos.
Há quem embandeire em arco com isto do Orçamento Participativo, defendendo que é um ponto positivo da intervenção dos cidadãos.
Não é, como se pode ver pela lista (os pormenores estão aqui, no "Jornal das Caldas"), e, como assinalei na devida altura (pode ser tudo lido aqui), os projectos que reflectiriam de maneira útil essa intervenção foram recusados.
O Orçamento Participativo é uma treta e isto é um punhado de coisas que, a terem intervenção dos cidadãos, deveriam ter sido asseguradas pela Câmara Municipal de Caldas da Rainha. Que, num gesto de esperteza saloia, vai chamar a si e inaugurar solenemente
É bem feito, infelizmente, até porque confirma a pobreza da "classe política" local. Uns dedicam-se a brincadeiras de crianças e não crescem, os outros deitam mão ao que não é seu. Ao pé dos primeiros, a "nova dinâmica" é um bando de gente fina...
É evidente a tentação de aproveitar o Orçamento Participativo
para tentar resolver os problemas que a Câmara Municipal não resolve. Mas é um erro grave.
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