"Nos últimos quatro anos, o Ministério da Educação integrou 4197 novos professores mas perdeu 15 016. Encerramento de escolas e aceleração de aposentações ajudaram a reduzir o número de docentes. Quebra também está associada à redução do número de alunos. Desde 2011 há menos 215 mil estudantes."
Este é o texto da manchete de hoje do "Diário de Notícias" (com o título "Nuno Crato abateu onze mil professores ao quadro"). O modo como está organizado é revelador da falta de perspectiva... ou da falta de visão.
Uma questão central do sistema educativo, e das políticas educativas e das políticas "de pessoal" no que se refere aos professores, é a diminuição drástica do número de alunos, em primeiro lugar nos ensinos básico e secundário.
A diminuição do número de alunos (por geograficamente variável que seja, num Estado em que os professores ainda devem ser o sector mais pesado em termos remuneratórios e em que até o cauteloso Conselho Nacional de Educação considera que "a relação entre o número de alunos por cada professor no 2.º e 3.º ciclos e especialmente no ensino secundário continua a ser extremamente favorável") não pode deixar de condicionar o número de professores e é pena que ninguém queira atentar nisso. E, no caso vertente, é o mais importante da notícia.
Pode haver gente muito distraída, mas penso que são mais os que não querem atender à questão por medo ou por qualquer outro incómodo. E depois é sempre mais fácil dizer que não viram o sinal...
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