Uma das coisas que fiquei a saber quando há sete anos traduzi "O Homem, a Orquídea e o Polvo", de Jacques Cousteau e Susan Schiefelbein, foi que havia espécies marítimas ameaçadas de extinção e por dois motivos evitáveis: a massificação das técnicas de pesca, que não só apanham as espécies visadas como tudo o resto, incluindo os juniores, e a sujidade mortífera que vai enchendo os oceanos.
É por isso que não me surpreende que, como muitas outras espécies, as sardinhas estejam em risco de extinção e que haja quotas para a sua apanha no espaço da União Europeia.
A situação presta-se, naturalmente, ao conflito e ninguém que goste de sardinhas (e eu gosto) pode ficar indiferente: de um lado, os armadores e os pescadores, que olham para a sardinha pela perspectiva do lucro (quanto mais venderem, mais ganham), e as autoridades governamentais, que olham para a sardinha pela aplicação das regras quanto às quotas de pesca.
Como, nestas coisas, uns protestam e os outros pouco mais dizem, o problema adquire um aspecto mais complexo e seria útil que os ambientalistas lusos, habitualmente tão rápidos a disparar as suas opiniões, dissessem alguma coisa.
Mas, entre o lucro e a ordem institucional, poderão ter alguma coisa a dizer-nos? Infelizmente parece que não.
Mas, entre o lucro e a ordem institucional, poderão ter alguma coisa a dizer-nos? Infelizmente parece que não.
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