O PS voltou a insistir hoje, na apresentação do programa eleitoral (ou numa reapresentação, ou num novo programa, pouco interessa), na proposta demagógica da diminuição do IVA da restauração, sendo sempre conveniente lembrar que o IVA é um imposto que os prestadores de serviços cobram aos consumidores e entregam ao Estado, deduzido (quando o podem fazer) do IVA que eles próprios tiveram de pagar.
Neste mesmo dia, e segundo ouvi na televisão, a propósito do aumento de animais abandonados (quatro em cada cinco são cães), a Ordem dos Médicos Veterinários, e como uma forma de combater o abandono de animais, propôs a redução da taxa de IVA para a actividade dos veterinários (que é de 23 por cento, a taxa máxima) e a inclusão das despesas com animais domésticos no IRS.
Se esta segunda ideia é indiscutivelmente bondosa, pode ser de aplicação difícil.
Mas a diminuição da taxa de IVA nos serviços de medicina veterinária já poderia ser mais fácil e, ainda mais, ser um incentivo à protecção dos animais e uma medida civilizacional. Muito mais do que a demagógica promessa de diminuir o IVA da restauração.
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