domingo, 6 de outubro de 2013

A morderem o próprio rabo

Já há muitos anos que se metia pelos olhos dentro de quem olhasse para a realidade com um mínimo de inteligência e sensibilidade que o cinema em sala e o "home vídeo" não são incompatíveis.
E que considerá-los incompatíveis seria desastroso porque as duas formas de comercialização podem complementar-se e gerar mais público.
Mas só agora, quando sentem os bolsos a ficarem vazios e a insensatez a morder-lhes o rabo, é que as empresas do sector (e em especial a Zon, que nunca percebeu as potencialidades de negócio do que talvez tenha sido a melhor empresa de comercialização de cinema que existiu em Portugal) parecem perceber o óbvio:
 
As salas de cinema portuguesas continuam a perder espectadores e receitas. De 27 de dezembro de 2012 até 2 de outubro deste ano, o Instituto do Cinema e Audiovisual registou mais de 9,6 milhões de espectadores, que deram origem a receitas de bilheteira superiores a 50,4 milhões de euros.
Comparando com os primeiros nove meses de 2012, estes números significam uma perda de 686 mil espectadores. Em termos de bilheteira, a crise retirou mais de cinco milhões de euros aos operadores cinematográficos.
Valores que podem ser justificados com a crise económica, mas também com o crescimento dos serviços de Video on Demand, de operadores como a Zon e o Meo, que permitem o aluguer de filmes. ("Correio da Manhã")

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