quinta-feira, 25 de abril de 2013

Porque não gosto dos CTT (51): como o nosso correio é sequestrado

Durante um mês, entre 25 de Março e 24 de Abril, tive o cuidado de anotar o que me chegava (e não chegava) pelo correio.
Esta observação sistemática - que está ao pormenor no quadro que publico - confirma a suspeita generalizada de que não há uma distribuição regular de correspondência por parte da empresa CTT, ao contrário daquilo a que está obrigada.
Deste registo está ausente qualquer tipo de correio prioritário (registado ou "azul"), inexistente neste período.


2.ª f,
25.03
sem correio
3.ªf.
26.03
sem correio
4.ªf,
27.03
jornal regional 1
1 aviso de recepção (assinado em 20.03)
3 cartas (expedidas em 12.03, 19.03 e 20.03)
5.ªf,
28.03
jornal regional 2
2.ªf,
01.04
sem correio
3.ªf,
02.04
sem correio
4.ªf,
03.04
jornal regional 1
5.ªf,
04.04
3 cartas (expedidas em 26.03 e 31.03)
2 folhetos sem data de emissão
6.ªf,
05.04
jornal regional 2
1 carta (04.04)
2.ª f,
08.04
sem correio
3.ºf,
09.04
2 cartas (26.03, 31.03)
4.ªf,
10.04
jornal regional 1
1 carta (31.03)
5.ªf,
11.04
sem correio
6.ªf,
12.04
jornal regional 2
3 cartas (25.03, 31.03, 5.04, 9.04)
1 aviso de recepção (assinado em 9.04)
2.ªf,
15.04
3 cartas (3.04, 8.04, 11.04)
3ªf,
16.04
sem correio
4ªf,
17.04
jornal regional 1
5ªf,
18.04
1 carta (10.04)
6ªf,
19.04
jornal regional 2
1 carta (28.03)
2ªf,
22.04
sem correio (mas houve distribuição local)
3ªf,
23.04
sem correio
4.ªf,
24.04
jornal regional 1
1 carta (12.04)
2 folhetos sem data de emissão












































É possível concluir o seguinte:
1 - Não há correio "normal" que tenha chegado num prazo inferior a 3 dias (excluindo mesmo sábados e domingos).
2 - Há correio "normal" que chega a demorar 20 dias a ser entregue desde a sua expedição.
3 - À segunda-feira e à terça-feira, em geral, não há distribuição; nas quatro terças-feiras desta semana só houve entrega numa delas e, no entanto, já estava na posse da empresa CTT há vários dias correspondência que me era destinada.
4 - O que isto revela não é um atraso generalizado da circulação da correspondência mas uma demora objectiva, possivelmente propositada, na sua entrega.
5 - Os dois jornais regionais de que sou assinante ("Jornal das Caldas", que deve chegar à quarta-feira, o "jornal regional 1", e "Gazeta das Caldas" à sexta-feira, o "jornal regional 2") chegaram no dia da semana previsto, mas muitas vezes sem a correspondência que nessa data já estava à guarda da empresa CTT e que não foi entregue. É natural que a entrega dos jornais regionais nos dias previstos se deva à pressão local sobre a empresa CTT.
6 - Objectivamente, há correio que, entregue à empresa CTT, fica imobilizado na sua posse sem ser distribuído num prazo normal e que - sem ir pesquisar - deve estar irregularmente aquém de qualquer contrato que esta empresa tenha com o Estado para a distribuição de correio em prazo razoável.
7 - Em termos concretos, o facto de a empresa CTT retardar a entrega da correspondência à sua guarda sem qualquer explicação razoável pode ser interpretado como um acto de sequestro de bens, de apropriação ilícita e/ou de abuso de confiança.
A empresa CTT não consegue refutar esta constatação.
 






Sem comentários: