segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mais um comentário elogioso no Segredo dos Livros a "Morte com Vista para o Mar"

Mais uma apreciação elogiosa no Segredo dos Livros, da autoria de Sónia, que pode ser lida na íntegra aqui e que transcrevo um excerto muito significativo:
 
(...) Conforme ia lendo o livro, cheguei à conclusão de que isto poderia ter acontecido na realidade. Falo da realidade de Portugal, país (ainda) de brandos costumes. Por algum motivo, na contracapa é referido o seguinte: Casos e processos solidamente baseados na realidade nacional. Neste aspeto, o autor foi exímio e penso que, só lendo, é que podem tirar as vossas próprias conclusões. A escrita é acessível, mas isso não retirou relevo às verdadeiras motivações do assassino. Conforme a narrativa vai decorrendo, com suspense em crescendo, o próprio leitor faz também esse exercício. Falo da razão pela qual o crime foi cometido, à medida que vamos tomando algumas personagens por suspeitas. Além disso, Pedro Garcia Rosado não deixa de tocar em "feridas" que, embora ficcionadas, poderiam remeter para os muitos casos de crimes de colarinho branco de que vamos tendo conhecimento. Fá-lo de forma elegante, sem recorrer à ironia/sarcasmo , deixando que nós próprios concluamos sobre a realidade/ficçã o. Permite também uma reflexão sobre quem comete esse tipo de crimes: pessoas com cargos elevados e com uma boa posição social, o que não implica, necessariamente , ser uma pessoa imaculada...
Ponto positivo também para a menção ao recurso a blogues anónimos para discutir e/ou denunciar os casos que costumam ser silenciados por ordem, directa ou não, dos envolvidos. De facto, a era digital há muito que faz o seu papel e, mais uma vez, o autor esteve de parabéns ao abordar isso. Porque a realidade é essa, de facto...
Por último, quero referir a forma soberba como foi descrita a vida da maioria dos agentes/inspect ores da Polícia Judiciária. Pessoas que retiram (bastantes) horas da sua vida familiar para poder deslindar os sucessivos casos, acabando, por vezes, por prejudicar a vida pessoal em prol do combate ao crime. O viver de perto esta realidade, através de pessoas que me são bastante próximas, permite-me atestar a forma verosímil como tudo isto é descrito. (...)

 
 

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