Convidado para os domingos do blogue O Tempo Entre os Meus Livros, de Cris Delgado. Do texto, que pode ser lido na íntegra aqui, publico um pequeno excerto:
(...) Como autor da ficção escrita, reconheço em “The
Wire” a matriz da literatura “policial” contemporânea e, sobretudo, a
demonstração de que este género será – de todos os géneros literários – o que
tem os limites mais amplos e maleáveis na sua interacção com a sociedade
real.
A literatura não serve para mudar o mundo e, como escritor, se o quiser mudar, vou votar, manifestar-me da maneira que entender conveniente ou escrever um panfleto. Mas gosto de abordar, no que escrevo, os problemas sociais e políticos da nossa sociedade, combinando-os com a criação de uma narrativa ficcional que, seguindo os cânones do “thriller”, dialogue com o leitor e o chame a participar na descoberta dos enigmas subjacentes às histórias. Foi o que comecei a fazer em 2004 com “Crimes Solitários”, o meu primeiro romance. Foi o que fiz agora com “Morte com Vista para o Mar”, o meu oitavo romance, agora publicado pela TopSeller. (...)
Num país como o nosso em que há um interesse público tão generalizado pelo crime e pela justiça, acredito que há futuro para a literatura policial de qualidade. E com o apoio de alguns editores, e sem ligar ao desinteresse ignorante de outros, penso que os meus “thrillers” não servirão apenas para entreter os leitores mas também para estimular outros autores, outros projectos e o desenvolvimento da literatura e do audiovisual neste domínio, correspondendo aos interesses reais do público e sem abdicar da qualidade e da originalidade.
A literatura não serve para mudar o mundo e, como escritor, se o quiser mudar, vou votar, manifestar-me da maneira que entender conveniente ou escrever um panfleto. Mas gosto de abordar, no que escrevo, os problemas sociais e políticos da nossa sociedade, combinando-os com a criação de uma narrativa ficcional que, seguindo os cânones do “thriller”, dialogue com o leitor e o chame a participar na descoberta dos enigmas subjacentes às histórias. Foi o que comecei a fazer em 2004 com “Crimes Solitários”, o meu primeiro romance. Foi o que fiz agora com “Morte com Vista para o Mar”, o meu oitavo romance, agora publicado pela TopSeller. (...)
Num país como o nosso em que há um interesse público tão generalizado pelo crime e pela justiça, acredito que há futuro para a literatura policial de qualidade. E com o apoio de alguns editores, e sem ligar ao desinteresse ignorante de outros, penso que os meus “thrillers” não servirão apenas para entreter os leitores mas também para estimular outros autores, outros projectos e o desenvolvimento da literatura e do audiovisual neste domínio, correspondendo aos interesses reais do público e sem abdicar da qualidade e da originalidade.
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