"Game of Thrones" (expressão retirada de um dos diálogos mais sugestivos da primeira temporada da adaptação televisiva de "A Song of Ice and Fire", de George R. R. Martin) é um dos objectos mais fascinantes da televisão dos nossos dias. Vi a primeira temporada e confesso que não me entusiasmou. Revi-a em preparação para a segunda, que acabei de ver agora e fiquei rendido.
Em termos de história, "Games of Thrones" não é inteiramente original (tem um pouco de Tolkien, outro tanto de Robert E. Howard, recolhe alguma inspiração em Frank Herbert e até contém alguns elementos que parecem saídos das histórias de Edgar Rice Burroughs e de Emilio Salgari) mas no conjunto, graças a um estilo visual vibrante e poderoso, a um leque de bons actores em grande forma e a uma escrita quase perfeita, oferece uma experiência de televisão difícil de esquecer e é, mais uma vez, a demonstração de todas as potencialidades deste meio.
É, além disso, interessante ver como a primeira temporada se desenvolve a partir de uma personagem central (Eddard Stark, personificado por Sean Bean, quase sempre condenado à morte nos filmes em que entra), a segunda se articula em torno do pequeno Tyrion Lannister (Peter Dinklage) e as duas abrem as portas ao desenvolvimento da interessante Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) e dos seus três dragões, combinação esta que foi uma surpresa no final da primeira série. Tal como, em parte, o exército de "zombies" às portas da Muralha, no final da segunda temporada.
"Games of Thrones" (uma das grandes "aventuras" da HBO, que talvez tenha lançado o épico "Rome" cedo demais) regressa nos EUA no dia 31 de Março. Os filmes-anúncio e as fotografias da terceira temporada já circulam na internet e há mais pormenores aqui.
Tyrion Lannister (Peter Dinklage) pensa em como sair da prisão em que a irmã o meteu |
Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) prepara-se para a conquista dos 7 Reinos de Westeros |
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