Não há dia que passe sem uma acção de agitação do PCP, directamente ou por intermédio do grande líder Arménio Carlos, seja manifestação, greve geral ou protesto ou comício.
Porque foi ontem e ainda é notícia nos jornais do dia seguinte. Ou porque há-de ser. Ou porque está a ser. Ou porque fervem as tiradas inflamadas de quem, podendo ainda controlar o que diz, já sofre de incontinência verbal, numa espécie de competição entre o querido líder da CGTP, Jerónimo de Sousa e Mário Nogueira.
Ensinam os clássicos, antigos e contemporâneos, que a multiplicação de acções e de proclamações leva a uma inevitável perda de relevância.
Aos milhares de manifestantes sucedem-se as centenas, depois as dezenas... e, por fim, meia-dúzia deles com meia-dúzia de cartazes já fazem a alegria da imprensa pró-PS (a mesma que atinge délírios orgasmáticos com cada proclamação do mesmo teor do grande líder Soares) e do "Avante!". Mas, com isso, tudo perde importância e as proclamações e os gritos transformam-se num ruído de fundo a que as pessoas pacientemente se submetem.
O MRPP, nos idos de 1975, era assim. Mas o PCP de Álvaro Cunhal nunca foi.
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