domingo, 14 de dezembro de 2014

Pai extremoso ou manipulação da justiça?


António Campos deve ser um pai extremoso e só isso justificará as suas declarações portentosas ("bomba atómica da justiça"?!) à porta da versão eborense da Capelinha das Aparições onde foi preencher a vaga deste sábado na romaria do PS ao endeusamento do ex-primeiro-ministro ora detido.
António Campos é pai de Paulo Campos, o secretário de Estado do anterior governo do PS que era o interlocutor do Estado com as empresas de construção e outras (como o Grupo Lena, onde esteve o também detido amigo do ex-primeiro-ministro) em matéria de autoestradas, do qual já se disseram coisas na imprensa (em versão "alegadamente") que não abonam muito a seu  favor.
E se não se aplicar a explicação da condição paterna para este delírio de António Campos (que estará a defender o filho... preventivamente), o que temos é uma coisa muito pior e muito mais grave.
Reiteradamente, um partido que já foi governo, de onde saíram muitos ministros, primeiros-ministros e presidente da República e cujo actual secretário-geral foi ministro da Justiça e é advogado, está, já com carácter de campanha, a dizer que o sistema judicial está a actuar mal e com preconceito político no "caso Sócrates".
A mensagem do PS, a ser isso, é muito clara: quando regressar ao Governo, o PS vai condicionar a justiça para fazer apenas como e aquilo que lhe convier.



Paulo Campos, com o seu superior Mário Lino (ministro das Obras Públicas),
 de quem José Sócrates também era superior hierárquico
António Campos na romaria eborense a defender o filho...
ou a manipulação dos juízes?
 

2 comentários:

Anónimo disse...

e tu achas mal? não gostavas que o teu pai te ajudasse? mais a mais sendo do mesmo partido...

Pedro Garcia Rosado disse...

Não posso responder a isso, caro anónimo, porque o meu pai biológico nunca se interessou, sequer, por este filho.