quarta-feira, 31 de janeiro de 2024

Pilates de Inverno com cheiro a bacalhau



Vinte e oito pessoas numa sala onde, à vontade, poderiam estar pouco mais de vinte. Com as janelas bem fechadas, que são amplas e por onde se faz sentir o calor do sol quando não há nuvens. É aqui, no ginásio Balance de Caldas da Rainha, que se desenrolam as mais concorridas aulas de Pilates das manhãs. E onde vai ficando o rasto de corpos mal lavados, ou por lavar, e de roupa que talvez só seja lavada à semana. Na melhor das hipóteses.

Não estou a falar de praticantes de desporto que se dedicam a correr, em máquinas de interior, a elevar esforçadamente peso e a outros esforços que fazem suar, e que assim se mantêm por uma hora ou mais. É o dia a dia dos ginásios onde, felizmente, quem não toma banho a seguir se veste com as roupas que já trazia, ou outras, e leva consigo o cheiro para onde quer que vá.

Neste caso é diferente. Falo de um número significativo de senhoras que, lá fora, se devem apresentar bem postas e arranjadas, talvez lavadas e limpas, muitas delas obviamente avós que até talvez obriguem os respectivos netos a lavar mãos e a tomarem banho.

Aqui, nas aulas superlotadas de Pilates, não é o que fazem. Já chegam, mesmo em manhãs de sol e de temperatura mais agradável, enchouriçadas em roupas grossas e anoraques. Não fazem qualquer actividade de aquecimento, limitando-se a ficar sentadas à espera do começo da aula, às vezes durante mais de quinze minutos. Trazem consigo odores corporais e espalham-nos bem, depois de despirem parte da roupa que trazem no que devia ser apenas um vestíbulo de passagem e que se transforma num vestiário, onde tudo (pessoas e cheiros) se acumula. A seguir vão para dentro da sala encasacadas, com pijamas que parecem roupa de treino e com roupas de treino que parecem pijamas. E com cheiro.

Como já aqui registei, vêem-se-lhes as meias encardidas. Terão comprado vários exemplares, todos iguais, de meias e de calças justinhas? Não me parece. As recomendações para as aulas de Pilates incluem o uso, apenas, de meias (na pior das hipóteses...) ou a sua prática com pés descalços. A ideia é garantir a melhor adesão de todas as partes do corpo, pés incluídos, ao piso onde os exercícios se desenrolam. Mas há, até, quem calce dois pares de meias para estas aulas. Mas o pior é o que não se vê.

Dirá quem me lê que eu estou a pôr-me de fora nesta descrição do pequeno inferno dos corpos sujos. Não estou. Nas minhas três idas ao ginásio por semana faço exercício numa máquinas antes da aula de Pilates. Faço a aula de Pilates e depois, durante mais de hora e meia, dedico-me a outras práticas de treino físico (incluindo bicicleta). Suo, com frequência, mas a roupa que visto é arejada e deixa-me braços e pernas livres e eu faço as aulas de Pilates descalço. E a roupa que uso no ginásio vai sempre para lavar depois de cada utilização. No fim de cada actividade o cheiro desaparece com o banho.

Não é o que acontece com essa maioria feminina das aulas de Pilates. Porque o cheiro com que fui confrontado já não era só o das meias sujas. Era um cheiro acentuado... a bacalhau. Ao bacalhau que, antes de ser demolhado, ganha alguma humidade. Até me parece que já sei de quem é. E não, não penso que ela traga o cheiro por ter estado a demolhar bacalhau antes da aula matinal de Pilates...





segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

"Corpos Estranhos": Simon Schama e os seus "negacionistas"


 


Simon Schama, historiador, é um narrador extraordinário e é isso que faz do seu livro mais recente, “Corpos Estranhos” (ed. Temas e Debates, no original “Foreign Bodies), uma obra quase extraordinária. Mas também, em certa medida, quase falhada.

Schama, de que traduzi os dois primeiros volumes de “A História dos Judeus” (ed. Temas e Debates, que foram o meu primeiro contacto com o autor) conta que estava a trabalhar noutro dos seus livros quando decidiu escrever este, inspirado pela expansão do vírus SARS-CoV-2 e da doença que lhe está associada, a covid-19. Schama, percebe-se, foi uma das pessoas que se deixou assustar pela pandemia mais sobrevalorizada de toda a história da humanidade e é com alguma bonomia que relata os pormenores da paisagem do seu confinamento. Como outras pessoas, também terá gostado.

Foi assim que nasceu “Corpos Estranhos”, que é, essencialmente, um relato do combate da vacinação contra a peste e a cólera na Índia, a partir do século XVIII, e das repercussões que teve em Inglaterra, como potência ainda dominante nessa parte do mundo.

A narrativa, que chega quase às 400 páginas (e tomo aqui por referência a edição que li, da editora Simon & Schuster), podia ser fastidiosa. Mas Simon Schama é Simon Schama e o modo como chama ao palco os protagonistas históricos destes acontecimentos é brilhante e o que lemos tem a vivacidade de um bom romance. Destacam-se dois: Waldemar Mordechai Wolff Haffkine (1860 – 1930), um dos heróis judeus de Schama, e Ronald Ross (1857 – 1932). Ambos, cabendo a Haffkine o mérito de ter começado até acabar por ser afastado pelas autoridades inglesas sob um falso pretexto, conseguiram impulsionar o esforço de vacinação contra as doenças, pondo em causa toda a política sanitária de Inglaterra na Índia. Foram, à sua maneira, verdadeiros "negacionistas".

É quando chegamos à página 390 (Simon & Schuster) que a obra derrapa. É a vez de entrar no palco a controversa, mas muito elogiada por Schama, figura de Anthony Fauci, uma espécie de ministro-sombra da Saúde de vários governos dos EUA que foi um dos principais animadores do fascismo sanitário que muitos governos tentaram incrementar em quase todo o mundo, quando a capacidade humana de raciocinar cedeu ao medo animal que se apossou de muitos políticos.

Depois, Simon Schama, como muitos autores (até Stephen King!...), abre fogo, indiscriminadamente, contra os que criticaram os confinamentos, as vacinas da covid-19 (produzidas de modo tão apressado), aqueles que outros se apressaram a classificar como “negacionistas”, Donald Trump e os seus potenciais seguidores (ou seja, todos os que duvidam dessas vacinas).

É curioso, no entanto, que Haffkine e Ross, elogiados por Schama, tenham sido combatidos pelo “establishment” britânico exactamente por duvidarem dos confinamentos, das “respostas ‘sanitárias’ às doenças infecciosas” (por oposição à “imersão de mente aberta na pesquisa científica”) e daquilo a que Ross chamou “barbarismo administrativo”. ~

“Generais e civis foram feitos ditadores de assuntos de que não tinham qualquer conhecimento e, quando as suas tácticas falharam, atribuíram a culpa aos subordinados, aos médicos cujos conselhos tinham frequentemente ignorado e cuja ciência tinham, por hábito, desprezado”, escreveu Ross.

Lembram-se das circenses “reuniões do Infarmed” onde os governantes portugueses, cheios de medo, se escudavam nas opiniões de alguns médicos, cientistas avulsos e “pop-stars” diversas, depois de terem afastado os verdadeiros epidemiologistas? O “barbarismo administrativo” era isto, mais os confinamentos e as multas passadas a quem se sentava nos bancos dos jardins.

Neste seu “Corpos Estranhos”, Simon Schama deixa, ainda, o que parece ser uma explicação, talvez involuntária, para o facto de ainda não ter aparecido o terceiro volume de “A História dos Judeus” (o segundo data de 2018). 

A propósito do regresso de Haffkine à Rússia, onde nascera, depois da sua odisseia indiana, Schama refere-se ao sionismo como “outro beco sem saída nacionalista”. O segundo volume de “A História dos Judeus” terminara com o começo da ascensão do sionismo como visão salvadora de futuro para os judeus e, na sua descrição, Schama parece demonstrar alguma simpatia por esse movimento histórico. Terá mudado de opinião e ter sentido a necessidade de reapreciar o caminho que estava a percorrer, pondo em causa esta sua magna obra? A dúvida parece-me pertinente. 



domingo, 28 de janeiro de 2024

Notas de prova (vinhos brancos)

 



António — Branco 2017 — Vinho Regional Lisboa
Vital (vinhas velhas)
Casal Figueira, Cadaval
12,5% vol.



Quinta do Escudial — Branco 2017 — D.O.C. Dão
Encruzado (45%), Barcelo (25%), Malvasia Fina (15%) e Rabo de Ovelha (15%)
Quinta do Escudial, Seia
13,5% vol.



Quinta da Fata — Branco Encruzado 2014 — D.O.C. Dão
Encruzado
Quinta da Fata, Vilar Seco, Nelas
13% vol.








Bacelo Novo — Branco 2018 e 2019 — D.O.C. Dão
Encruzado, Cerceal Branco e Malvasia Fina
Enoteca/Sociedade Agrícola Boas Quintas, Mortágua
12,5% vol.



Casal do Cerrado — Branco 2021 — Vinho Regional Península de Setúbal
Fernão Pires e Moscatel Graúdo
Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo
13% vol.



Vinho Regional Península de Setúbal — Branco 2021
Fernão Pires e Moscatel Graúdo
Intermarché/Venâncio da Costa Lima, Quinta do Anjo
13% vol.




Rabo de Ovelha — Vinha do Monte do Poço — Branco 2021
— Vinho Regional Alentejano
Rabo de Ovelha
Casa Relvas, Redondo
11,5% vol.





Sericaia — Branco 2021 — D.O.C. Alentejo
Sem indicação de castas
Lusovini, Nelas
13,5% vol.

Ler jornais já não é saber mais (203): o mal dos outros é que é notícia

O "Expresso" parece não perder pitada do que se passa no Global Media Group, a empresa proprietária do "Diário de Notícias" e do "Jornal de Notícias", entre outros títulos. Mas depois, sobre si próprio e sobre a situação catastrófica da empresa a que pertence, a Impresa, é que nada.










sábado, 27 de janeiro de 2024

A armadilha para peões montada pelo grupo Vamos Mudar



 

Inexperientes e incompetentes, os dirigentes do grupo Vamos Mudar na Câmara Municipal e nas juntas de freguesias de Caldas da Rainha entretêm-se a brincar com a mobilidade urbana e, como está bem à vista, o que fazem... fazem mal.

Mandam pintar algumas passadeiras para peões, de uma maneira que parece pura e simplesmente aleatória, e espetam com um bola de ferro, ao nível do chão, na zona onde as pessoas se posicionam para atravessar. Devendo olhar para os dois lados da via, não vá algum veículo não travar, e não para o chão... onde está a armadilha.

A quantas quedas é que isto vai dar origem? E com que gravidade?

"Protecção"? "Prevenção de acidentes"?!



quinta-feira, 25 de janeiro de 2024

Assédio, de certeza; assalto, quase; fraude talvez: "Projectos de Telecomunicações"?!

 



Uma vez até pode ser visto como, enfim, "normal". Duas já começa a ser estranho. E, à terceira, já passa a assédio. Parece um "assalto" por telefone e já estamos no domínio do assédio (comercial). Ou seja, daquilo que o Decreto-Lei n.º 57/2008, de 26 de Março, define como prática comercial agressiva.

Sem cara, nem nome, aparentemente.

Começa com um telefonema para o telemóvel, oriundo de um número que começa por "93" (da operadora NOS). A voz, no outro lado, diz que quer falar de telecomunicações e diz, parecendo saber muito, que eu tenho um contrato com a MEO que termina em Março. Como quem diz: está a acabar, é a nossa vez. 

É um erro estranho, no entanto, e o assunto ficou esclarecido, civilizadamente, no primeiro telefonema: havia um contrato com a MEO que terminou em Novembro... de 2022! E porque o serviço dessa operadora acabou por se revelar muito mau. Portanto, fui procurar outra operadora e assinei um contrato com a NOS (e não estou nada insatisfeito).

Os dois telefonemas seguintes insistem no erro: tenho um contrato com a MEO que está a chegar ao fim...

A minha refutação e a minha pergunta sobre qual é a empresa que está assim a assediar-me não são bem recebidas. No terceiro (e último?) telefonema, respondem-me que estão a telefonar de uma "Projectos de Telecomunicações". Digo que não conheço. No outro lado desligam a chamada.

Uma busca breve no Google fornece-me uma resposta: não parece haver no mercado das telecomunicações nenhuma empresa chamada "Projectos de Telecomunicações".

Este tipo de insistência é assédio e é uma prática proibida por lei. Inventar uma empresa para vender um pretenso serviço já é fraude. No conjunto... bem, já é tipo assalto. Mas, também, enganaram-se no alvo...





EDP/e-Redes - A Crónica das Trevas (106): mais um

 


Mais um apagão, dos pequenos, às 9h18. Em dia seco, soalheiro, pouco húmido, quase primaveril. Porquê? Nunca se pode saber... Uma merda, como de costume.





A verdade da mentira

 


Estas criatura, uma das mais persistentes "pop stars" do fascismo sanitário de 2020 - 2021, apresenta-se (ou deixa-se, muito confortavelmente, apresentar) como "epidemiologista", quando não o é.

Perante a reiterada mentira (própria e/ou alheia), deve concluir-se que tudo quanto diz também nada tem a ver com a verdade. 

Pelo que dele se deve dizer que tem um conflito com a verdade. E com a realidade.



terça-feira, 23 de janeiro de 2024

Porque acreditam, ou porque lhes pagam? Ou as duas coisas?


Chega a ser chocante o modo como a imprensa dita "mainstream" (e os exemplos diários mais flagrantes são a CNN de cá, o "Observador", este com jornalistas antes honestos à cabeça!, e o "Expresso") segue fielmente a "cartilha" do governo de Kiev no conflito militar que está a destruir a Ucrânia.

Os ataques da Federação Russa vitimam civis, mas nunca instalações militares, soldados ucranianos ou mercenários dos países da NATO. Os ataques da Ucrânia a civis russos nunca existiram. Os russos estão sempre a ter baixas, os ucranianos nunca. Os russos vão perder, os ucranianos vão ganhar... O quadro é este e, para ele, só há duas explicações racionais (e nem sequer são contraditórias): os que optaram por esta falta cega de ética profissional fazem-no porque acreditam e/ou são pagos, ou os respectivos órgãos de comunicação, para esse efeito.

E não é só a perspectiva. É também a intervenção directa, como foi o caso da "Sábado", a quem foi oferecida uma entrevista com um português que foi juntar-se ao infame Batalhão Azov, entrevista essa que serve para branquear o que nunca devia ser branqueado: a orientação nazi-fascista desta organização militar, que o tão incensado presidente-comediante Zelensky reabilitou.


O dinheiro paga as crendices?



*


Um acrescento: um avião russo, que parecia circular sem precauções especiais, é abatido pelo exército ucraniano. A Rússia afirma que o avião transportava prisioneiros de guerra ucranianos. A Ucrânia diz que o avião, que circulava de modo tão pouco discreto, transportava mísseis. 

A CNN tuga não faz a coisa por menos e dá a notícia com um "diz que" muito revelador de que, para aquelas bandas, a objectividade é uma treta. Acreditam só na Ucrânia... ou são pagos para isso, para "acreditarem"?










Estar na UE assim é que não!



É sacaninha associar uma eventual fragmentação da UE à "extrema-direita".

Porque, depois do Brexit e do eclodir da crise ucraniana, é a liderança política não eleita da UE, encabeçada pela Leyen das vacinas e do dinheiro para o comediante de Kiev, que usurpa a opinião e o dinheiro dos cidadãos dos vários países europeus.
Qualquer pessoa de bom senso rejeitará a pequena ditadura dos chefes não eleitos da UE.



quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Uma estranha obsessão

É politicamente pouco saudável, além de estúpida, a obsessão que, além dos seus adversários, jornalistas, comentadores e outros interventores públicos têm expressado contra o partido Chega e o seu presidente, André Ventura.

Este partido passou pelo crivo do Tribunal Constitucional e, depois disso, teve o voto favorável de 399 659 cidadãos eleitores e ganhou 12 deputados na Assembleia da República em 2022. Não se lhe vêem, nem ouvem, movimentações e/ou intervenções públicas que configurem uma ameaça à democracia. E o episódio de há poucos dias, em que um jornalista do "Expresso" fez tudo para aparecer como vítima e ganhar notoriedade, é apenas um sinal revelador dessa obsessão.

Percebe-se que os adversários políticos do Chega se atirem a ele. Já não se percebe que um dirigente de outro partido da mesma área política o tente ostracizar, quando devia reservar a sua decisão quanto a um entendimento com o Chega. O que devia dizer era, muito simplesmente, que essa decisão caberá ao eleitorado nas eleições do dia 10 de Março, de onde, aliás, deverá sair um Chega com muitos mais votos e deputados do que em 2022. A democracia é isto.

Até parece que, juntamente com essa atitude obsessiva, os críticos mais ferozes do Chega vão querer proibir a existência do Chega e o silenciamento (e prisão?) dos seus dirigentes e deputados. E, talvez mesmo, exterminar os seus votantes.

Nesta altura, todos os indicadores existentes, mesmo aqueles que não chegam aos jornais, sugerem que o Chega pode aumentar decisivamente a sua votação em 10 de Março. E alcançar um patamar que o tornará capaz de influenciar o Governo, de uma maneira ou de outra.

A confirmar-se essa situação, o Chega pode agradecer aos seus eleitores, claro. Mas deve também agradecer a todos os seus detractores, que tanto têm expressado a sua obsessão pelo partido de André Ventura: quanto mais falam sobre ele, mais o promovem.


André Ventura bem pode agradecer aos seus detractores: ao criticarem-no, estão a promovê-lo... como é o caso deste destaque do "Expresso" (de 19.01.24):




terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Vamos Mudar: do lixo é que eles gostam


Já nada de jeito se espera das criaturas do partido unipessoal do presidente da Câmara Municipal de Caldas da Rainha a não ser, com esforçada boa vontade, um módico de decência: talvez consigam fazer qualquer coisa, pode ser que corrigem as asneiras que já geraram, ainda poderão reparar o mal que ficou feito...

Mas não, nem isso. Como se pode ver por este lamentável exemplo, a cargo dos desastrados gestores da União de Freguesias de Santo Onofre e Serra do Bouro, de cujas mãos saíram umas coisas básicas com que, desprezando tudo o resto, agora se enfeitam. E que, como não podia deixar de ser, têm a ver com lixo. É disso que o Vamos Mudar gosta: do lixo.

É o "habitat" deles.



Mas há muito mais que podia, e devia, ser feito. Eis algumas situações que precisam de ser corrigidas.

A saber (e só na Serra do Bouro):


A bizarra escultura em ferro da Rotunda da Granja, que terá custado pelo menos 24 mil, inaugurada com espavento há apenas cinco meses, está podre de ferrugem. Resolve-se? Não. 



Na Rua da Escola, onde foram enfiados alguns monólitos mal cortados, 
talvez obtidos a preço de saldo, a via ficou por alcatroar. Desde Abril do ano passado.



Na Rua Maria Matos foi embargada uma obra ilegal em madeira, que ficou assim, abandonada e a degradar-se. Não é apenas a vandalização da paisagem, que os poderes públicos locais parecem abominar, mas o óbvio perigo de incêndio numa zona florestal. 



Na mesma rua há uma espécie de buraco de estimação, por onde passam, com frequência, os funcionários da União de Freguesia. Tapa-se? Não. Fazem de conta que não vêem. Não é nada com eles. Talvez pensem que é um acidente da natureza... e ninguém lhes tenha dito, ou repetido, que o buraco nasceu em 2019 com uma ruptura da rede de água.




Na povoação do Cabeço da Vela há um chafariz público que podia ser reabilitado, com qualquer elemento visual em azulejo, ganhando um aspecto mais digno. Alguém se importa? Não. O que é importante é a escultura pífia dos 24 000€. A tal que está a apodrecer.






O lixo, sempre o lixo. Para informar, tardiamente, que andam a espalhar herbicida por onde as pessoas passeiam os seus cães (e por onde passam outros animais), optam pelo lixo ou por sítios onde as mensagens em português (em zonas com residentes estrangeiros) se vêem mal.




Numa via absolutamente rústica por onde a enxurrada pluvial de 1 de Janeiro de 2023 abriu sulcos, enfiaram manilhas para fazer correr a água, acreditando que a água não segue a lei da gravidade mas tem pensamento próprio... e deixando assim que as manilhas mal enfiadas na mistura de pedras e de terra se entupissem. E limpam? Não, claro que não.





Placas toponímicas? Onde?! 








Não há como deitar a língua de fora aos problemas reais da população. É assim que se muda...



sábado, 13 de janeiro de 2024

Um ano de televisão: as minhas séries de 2023 (5 de 5)

 




Gannibal
República da Coreia, 2022
Disney+








Redemption
Reino Unido, 2022
Disney+







Seven Kings Must Die
(final da série “The Last Kingdom”)
EUA, 2023
Netflix










Trigger Point
Reino Unido, 2022 –
Disney+





Ler jornais já não é saber mais (202): futurologia disfuncional


Incapaz de recordar o passado, por falta de memória e por condicionalismos etários, e por achar que o presente já não vende, o deprimente jornalismo que se vai fazendo por cá dedica-se ao futuro. E numa escalada tentadora: do "pode" chega-se facilmente às certezas absolutas. Talvez porque, neste caso, elas estejam ancoradas noutras certezas mais íntimas: a política de quem já sabe tudo e as ideologias que são como crenças religiosas.

O "Expresso", esse fogo fátuo, dedica o seu suplemento revisteiro ao futuro e, com a certeza de que Donald Trump será eleito presidente dos EUA, afirma já o que vai acontecer:



"Expresso", Janeiro de 2024



É pena que, antes de se dedicar a tão relevante obra de futurologia, não tenha feito alguma pesquisa. Mas, lá está, esta gente não é capaz de recordar o passado.

Se o fizesse, descobriria as outras certezas absolutas que, sobre o mesmo tema, outros já tiveram. Por exemplo (e numa pesquisa muito minimalista pelo Google, que terá demorado uns dois minutos):


"Expresso", Novembro de 2016






"Flash!", Abril de 2017





sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

Um ano de televisão: as minhas séries de 2023 (4 de 5)

 




Barbarians
Alemanha, 2020 — 2022
(temporada 2, série completa)
Netflix






Beef
EUA, 2023
Netflix






Dinheiro Fácil
Suécia, 2021 —
Netflix





Dublin Murders
Reino Unido, 2019
Disney+






The Golden Hour
Países Baixos, 2022 —
Netflix






Jack Ryan
(temporada 4, série completa)  
EUA, 2018 — 2023
Prime Video






The Lincoln Lawyer
(temporada 2)
EUA, 2022 —





Mayans M. C.
(temporada 5, série completa)
EUA, 2028 – 2023
HBO Max




Nevoeiro/Kohrra
Índia, 2023
Netflix





The Night Agent
(temporada 1)
EUA, 2023 —
Netflix





Pax Massilia/A Paz de Marselha
França, 2023 —
Netflix







The Strain
(temporada 4, série completa)
EUA, 2014 – 2017
Disney+





Song of the Bandits
República da Coreia, 2023 —
Netflix






Suburra Eterna
Itália, 2023 —
Netflix






The Days
Japão, 2023
Netflix







The Tower
(temporada 2)
Reino Unido, 2021 – 2023
HBO Max






Vigil
Reino Unido, 2021
Disney+






Vikings: Valhalla
(temporada 2)
EUA/Reino Unido, 2022 —
Netflix






Yellowjackets
(temporada 2)
EUA, 2021 —
HBO Max