Parece que está a decorrer, aqui ao lado, um "festival" literário, ou de vaidades, dos vários que se realizam em Portugal, onde toda a gente é "escritor" e poucos livros de ficção portuguesa se lêem.
Com onze livros publicados, e nenhum em edição de autor, nunca fui convidado a ir a um desses certames que, suspeito, funcionam com base em pactos de compadrio, amizades e "amizades".
Em contrapartida, e apenas por ter dois desses romances publicados em França ("Ulianov e o Diabo"/"Mort sur le Tage" e "O Clube de Macau"/"Le Club de Macao", Chandeigne/Le Livre de Poche), já fui a um festival (Toulouse Polars du Sud) nesse país, fui convidado para ir a dois outros (onde não pude ir, devido às regras do fascismo sanitário e a uma incompatibilidade pessoal) e irei agora, também convidado, ao festival Littératures Européennes de Cognac, igualmente em França.
Apesar da chatice das viagens, ficamos (eu e a minha obra) melhor servidos.
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Actualização, em 17.11.22:
Infelizmente, não fui. Uma doença passageira, mas a requerer acompanhamento, da minha familiar mais próxima, tornou impossível a minha deslocação. A organização do festival (na pessoa de Sophie Léonard, que não conhecerei pessoalmente) foi, em todo o processo de preparação, de uma enorme amabilidade, paciência e cortesia, não se poupando a esforços para garantir uma viagem confortável e uma estadia agradável, e tenho pena de não ter podido corresponder. O dever familiar teve precedência.
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