"Observador", 27.10.22 |
Às cinco e meia de hoje acordei com uma forte trovoada que foi acompanhada por chuva de intensidade variável. É uma maçada, sobretudo quando se tem cães que estão habituados a ir lá fora (no terreno vedado em redor da casa ou, de trela, no exterior), mas não é a primeira vez que acontece.
Desde que me lembro que no Outono chove, com temperaturas que não são especialmente baixas. É o que acontece nesta altura. Não vejo aqui "alterações climáticas", mas sim oscilações do tempo, num padrão que se vai repetindo ao ritmo, sem margens fixas porque a natureza é o que é, das estações do ano: Outono, Inverno, Primavera e Verão. Vejo alterações do tempo, até aceito que se possa falar de alterações do clima relativamente a padrões que pudemos ter tido como seguros, como fixos.
Não nego a teoria geral das "alterações climáticas", aceito-a como é, como teoria. Porque, na prática, não as vejo.
O que vejo é um alarmismo onde convergem, num poço de medos quase irracionais, e medievais, uma comunicação social catastrofista e deficitária em tudo (e que pensa que o medo é que faz com que as pessoas comprem jornais...) e os mais diversos bonzos, humanos e institucionais, onde a ciência se mistura com o favoritismo pela pedagogia do medo e com o desejo de palco mediático.
Nada disto é racional. Mas, como o demonstrou o alarmismo da ex-pandemia do SARS-CoV-2, a racionalidade quase desapareceu das várias instâncias do discurso público e os que persistem em ser racionais só não parar à fogueira porque esse tipo de punição já não existe. Pelo menos, por enquanto.
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