domingo, 20 de junho de 2021

152?!

1. A Direcção-Geral de Saúde (DGS) foi intimada pelo Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa (Processo n.º 525/21.4BELSB) a responder a vários pedidos de esclarecimento sobre várias questões relacionadas com a "declarada pandemia", nomeadamente os óbitos por covid-19, por requerimento de várias pessoas.

2. A DGS esquivou-se à maioria das perguntas, mas não conseguiu deixar de responder que houve, entre 1 de Janeiro de 2020 e 18 de Abril de 2021, 152 óbitos "cuja causa básica de morte foi devida a covid-19". Ou seja, apenas 152 mortos por covid-19 em mais de um ano. Não há outra leitura, nem outra interpretação para o texto da DGS.

3. A sentença é de 19 de Maio de 2021 e não parece ter sido objecto de recurso por parte da DGS, que foi obrigada a pagar as custas do processo (no valor de 30 000€).

4. Se a informação da DGS é verdadeira, estamos perante um escândalo gravíssimo.

5. Se a informação da DGS é falsa, estamos perante outro escândalo: uma entidade governamental mentiu a um tribunal. (E sem que se perceba qual a vantagem em mentir.)

6. Se a informação é errada, há apenas a confirmação de um escândalo continuado: a DGS confirma que é, ela própria, uma tremenda confusão... como já todos sabemos.

7. A sentença está integralmente aqui:

8. E agora, uma curiosidade: é óbvio que o jornalixo ignorará este assunto; e o jornalismo?

2 comentários:

A disse...

Caríssimo, o acórdão menciona médicos do Ministério da Justiça. Estamos a falar de médicos-legistas, não os que estão sobre a tutela do Ministério da Saúde, de onde são oriundas a larga maioria das certidões de óbito em circunstâncias de internamento, mesmo fora da pandemia.
Não saltemos sempre para conclusões precipitadas. Há que apreciar exaustivamente os factos, em vez de apressar para ver as nossas opiniões validadas - exigir a nós mesmos o nível de escrutínio que exigímos aos que de nós discordam.

Pedro Garcia Rosado disse...

Caro leitor, não tirei conclusões, a salto ou em passo. Observei apenas a ausência de um esclarecimento por parte das estruturas, quaisquer que elas fossem, do Estado. O que legítima todas as suspeitas sobre muitos procedimentos e propósitos a respeito de uma pandemia que não foi, nem de longe, o Apocalipse que alguns profetizaram.