quinta-feira, 2 de abril de 2020

Podridão: a suspensão da democracia





Marcelo Rebelo de Sousa é um ancião com medo. Está no seu direito. O pior é quando isso distorce os poderes que tem como Presidente da República.
Foi disso que tivemos um afloramento com o primeiro estado de emergência. Vem agora o segundo, com uma incrível dose de suspensão de direitos constitucionais. Haverá, se calhar, terceiro, para levar a coisa até Maio. 
Chegaremos a um ponto em que até podemos instituí-lo permanentemente, suspendendo a democracia e a Constituição, deixando a vida política entregue a políticos profissionais que têm medo da própria sombra e a vida económica reduzida a um parque de empresas nacionalizadas, e devidamente arruinadas.
O estado de emergência, de que este PR lançou mão para fazer esquecer que se refugiou em casa, e com medo, tem um objectivo unipessoal: fazer de conta que é um homem determinado e cheio de força. 
Só que não é. Porque, se fosse, não precisava de iniciar esta caminhada de suspensão de democracia, perante o qual os partidos institucionais se acobardam e que o seu padrinho Marcelo Caetano, se fosse vivo, não deixaria de aplaudir.

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