sexta-feira, 8 de setembro de 2017

A dinâmica das ilusões (4): serviços mínimos, comunicação da treta




Faltam pouco mais de três semanas e não vi, além das várias entrevistas dos candidatos aos dois jornais locais e uma intervenção pública tonta de um candidato de freguesia, um único programa, esboço programático ou linhas programáticas ou o que quer que seja, das candidaturas autárquicas em Caldas da Rainha.
É possível que haja qualquer coisa "on line" (e que eu até poderia encontrar se fosse à procura) mas ponho-me na pele dos eleitores que deviam, de uma forma ou de outra, ser contactados. E nada. Não há nada.
Num concelho onde o partido político hegemónico, que controla a Câmara Municipal e outras estruturas, quase nem precisa de se mexer para ganhar outra vez (e sem mérito nenhum), o trabalho político não se faz em três semanas, nem em quatro nem em dois meses.
Pensar que basta andar a pôr "outdoors" por aí, ou tentar dizer aquilo que durante quatro anos nunca se preocuparam em dizer, é fazer dos eleitores parvos. E revelador do que pensam sobre os eleitores, cuja abstenção talvez até, secretamente, desejam.

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