As associações de defesa dos animais têm insistido, e bem, na necessidade de esterilizar animais em risco e fazem-no com pedagogia. Mas essa pedagogia é também necessária num outro domínio: a de prevenir o abandono objectivo, praticado por omissão imbecil por muito boa gente que não cuida como devia dos seus animais.
Pelo que se vai percebendo, de tantos e tantos apelos que vão circulando, e pelo que muitas vezes se vê, há cães que passam num ápice de cães com donos a cães abandonados na versão "perdidos" - como quem perder um par de luvas, um chapéu de chuva ou uma caneta.
O que parece ser mais comum é isto: a pessoa abre a porta e o cão sai, para ir "fazer o serviço". Dá menos trabalho do que ir com ele (ou com ela).
Às vezes, o cão volta; outras vezes, já não. E a partir daí vertem-se as devidas lágrimas públicas porque o cão entra na categoria de "perdido". E, a quilómetros de distância, talvez de "abandonado". Ou de atropelado, também.
Divulgar os apelos (que às vezes parecem tão hipócritas...) dos idiotas que objectivamente abandonam os cães é, enfim, um serviço mínimo que ninguém poderá deixar de fazer, mais para bem do animal "perdido" do que deles. Mas um pouco de pedagogia também não faria mal nenhum: um cão tem de ir, e ser, acompanhado à rua. Por exemplo. É bastante simples.
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E, já agora, nunca é demais salientar a importância de um site destes: o Encontra-me (Divulgação de animais desaparecidos), que até faz recomendações úteis, sensíveis e inteligências para evitar este flagelo. Leiam-nas, que só vos fazem bem.
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